domingo, 19 de novembro de 2017

O Natal Que Eu Queria


As luzes coloridas se acendem,
Chegou o Natal!
As vitrines se iluminam.
Promoções!
Vendas,
Crediários,
Anúncios,
Cartões,
Árvore enfeitada,
Presentes,
Bebidas, muita bebida.
É festa, sim, é festa!
Mas, festa carnal,
Bacanal,
Carnaval,
Comercial,
Promocional,
Grito de carnaval.
Chegou o Natal!
Não o Natal de Cristo,
Mas o Natal de Papai Noel.
Velho bonachão,
Complacente,
Que engana a gente,
Que enriquece os venais,
Que usurpou o sentido do Natal.
Chegou o Natal!
Não o Natal que eu queria,
Mas, o Natal criado,
Deturpado,
Materializado,
Forjado,
Comercializado,
Paganizado,
Mistificado,
Explorado.
Chegou o Natal!
Natal sem Cristo,
Sem louvor no coração,
Sem ação de graças,
Sem adoração.
Sem Encarnação!
Sem Reconciliação,
Sem Perdão,
Sem Redenção,
Sem Vida Eterna,
Sem Salvação!
O Natal que eu queria...
O Natal que eu queria...
É Natal de paz, de harmonia.
Natal sem guerras,
Sem tiranias.
Natal sem mortandade!
Sem epidemias,
Sem crimes,
Sem correrias,
Sem lágrimas nem gritarias.
O Natal que eu queria!
É Natal de fé,
De alegria.
Natal de compreensão.
Sem hipocrisia.
Natal de amor!
De cântico!
De fraternidade.
Natal de criança, da orfandade.
O Natal que eu queria!
É o Natal de Cristo,
Do Cristo Vivo,
Do Cristo Eterno,
Ressurreto.
O Natal que eu queria!
É o Natal do Cristo Amparo,
Do Cristo Amor,
Do Cristo Afeto.
Esse é o Natal que eu queria!
Natal sem fantasia,
Natal da realidade,
Natal do dia a dia,
Natal da gente rica,
Natal da gente pobre.
Natal do povo do sul,
Natal do povo do norte.
Natal da massa sofredora.
NATAL DO CRISTO DE DEUS.
NATAL DA MANJEDOURA.

MAURO RAMALHO. Pastor da Igreja Presbiteriana de Japeri.

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