“Há
tantos anos que te sirvo… e nunca ma deste um cabrito sequer para
alegrar-me com meus amigos”
(Lucas 15.29).
O
caminho da conciliação revela um filho que vivia como escravo. O
filho vivia dentro da casa, com os pais, tinha todos os direitos,
contudo, sua relação com o pai era de escravo. Ele afirmou: “Há
tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua”. O
filho não se via como filho. Suas palavras revelam não uma relação
de família, mas um relacionamento profissional: “eu te sirvo”.
Ele era apenas o empregado e o pai era o patrão.
Ele
afirmava em seus méritos pessoais, se achava no direito de exigir
não porque era filho, mas porque
se fazia merecedor pelos seus serviços prestados. Ele usa a
expressão cabrito como uma forma de deboche, pois o cabrito era um
animal desprezível. Ele não percebia que como filho seus méritos
eram maiores, seus direitos melhores e garantidos. Preferiu se firmar
em seus méritos pessoais do que nos méritos de filiação.
O
que percebemos é que ele estava mais perdido dentro de casa do que o
outro que saiu de casa. Estava cego, cheio de si mesmo, com o coração
amargurado. Vivia como escravo e renunciava os seus direitos de
filiação. Muitos vivem
assim. Estão na igreja, se declaram filhos, são herdeiros das
promessas, mas vivem na escravidão. Vida sem graça, sem unção,
sem frutos,
cheios de si mesmos, vazios de Deus.
Extraído
do livreto Cada Dia
– 11/04/18
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