“Tens
visto a um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior
esperança há no insensato do que nele” (Provérbios
26.12).
A
sabedoria é adornada pela humildade. O sábio jamais toca trombetas
para anunciar suas virtudes nem para destacar seu refinado
conhecimento. O sábio jamais enaltece a si mesmo. Jamais se coloca
no pedestal para dizer que é melhor do que os outros. Um homem que
se julga sábio aos seus próprios olhos matricula-se na escola da
insensatez. Um homem que drapeja as bandeiras da autoexaltação não
desfilará garbosamente na passarela da aprovação popular.
Ao
contrário, torna-se pior que o insensato. O autoelogio é consumada
tolice. Salomão é categórico em dizer que maior esperança haverá
para o insensato do que para esse sábio de araque. A falsa sabedoria
é pior do que a tolice, pois o falso sábio além de ser tolo, ainda
pensa que não o é. O autoengano é o pior dos enganos. É a
cegueira autoimposta.
Para
este não há esperança, pois se fecha por completo ao aprendizado.
Associa à sua ignorância a arrogância. Atrela à sua estultícia
uma confortável, mas perigosa sensação de sabedoria. Que quadro
patético é este! Que engano fatal! O ignorante, sendo humilde, pode
aprender e tornar-se sábio, mas o ignorante que se julga sábio, do
alto de sua falsa sapiência, blinda-se a toda sorte de aprendizado e
perece no alto do mastro, isolado em sua desdita.
Extraído
do livreto Cada Dia 21/06/18
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