domingo, 14 de outubro de 2018

DE NOITE CHAMEI À LEMBRANÇA O MEU CÂNTICO

De noite chamei à lembrança o meu cântico.
Salmo 77.6

Li em algum lugar, de um passarinho que não canta o que o dono deseja, se a sua gaiola estiver em plena claridade. Aprende um trechinho disto, outro daquilo, mas nunca uma melodia inteira, até que a gaiola seja coberta e impedidos ali os raios da manhã.
Muitas pessoas nunca aprendem a cantar, até que as sombras caiam sobre a sua vida. O lendário rouxinol canta comprimindo o peito contra um espinho. O cântico dos anjos foi ouvido à noite. Foi à meia-noite que veio o grito: “Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro”.
É realmente difícil acreditar que alguém possa conhecer como o amor de Deus é rico e completo para satisfazer e consolar, se o céu da sua vida nunca se escureceu.
A luz surge nas trevas, a manhã surge do seio da noite.
Numa de suas cartas, James Creelman descreveu sua viagem através dos estados dos Bálcans à procura de Natalie, a rainha exilada da Sérbia.
Nessa memorável viagem”, diz ele, “fiquei sabendo que o suprimento de essência de rosas para o mundo vem das montanhas dos Bálcans. E o que mais me interessou”, continua ele, “é que as rosas precisam ser colhidas nas horas mais escutas. Os colhedores começam a apanhá-las à uma da madrugada e param às duas.
A princípio pareceu-me uma refinada superstição; mas investiguei o pitoresco mistério e aprendi que testes científicos haviam provado que na realidade quarenta por cento da fragrância das rosas desaparecia com a luz do dia”.
E na vida e cultura do homem isto não é um conceito imaginoso ou fantasioso; é um fato. – Malcolm J. McLeod

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 21/05

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