Sucedeu
depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que este falou a
Josué,
filho de Num, servidor de Moisés,dizendo: Moisés, meu servo,
é
morto; dispõe-te agora, passa este Jordão, tu e todo este povo,
à
terra que eu dou aos filhos de Israel.
Josué
1.1,2
A
tristeza entrou em seu lar deixando ali um vazio. Seu primeiro
impulso agora é desistir de tudo e sentar-se em desespero entre os
destroços de suas esperanças. Mas você não se atreve. Está no
campo de batalha, e a crise está às portas. Fraquejar um momento
seria pôr em perigo algum interesse santo. Outras vidas seriam
prejudicadas por uma demora sua, interesses santos ficariam
prejudicados se você cruzasse os braços. E você não pode parar,
nem para sofrer um pouco a Sua própria dor.
Um
general relatou uma história dramática vivida por ele no tempo da
guerra. Seu filho era tenente de bateria. Processava-se um assalto. O
pai comandava sua divisão num ataque; enquanto avançava no campo,
seus olhos de repente caíram sobre um tenente morto, bem à sua
frente. De um relance percebeu que era seu filho. O impulso do
coração de pai era parar junto do morto querido e dar vazão à sua
dor, mas o dever do momento ordenava que ele prosseguisse no ataque;
assim, roubando às pressas um beijo, aos lábios mortos, avançou
rápido, liderando seu grupo ao assalto.
O
choro inconsolável à beira do túmulo não poderá restituir-nos
aquele que amamos, nem tampouco bênção alguma virá dessa
tristeza. A dor faz cicatrizes profundas; ela grava seus registros
indelevelmente no coração dos que sofrem. Na verdade, nós nunca
nos recuperamos inteiramente de nossas grandes dores; nunca somos os
mesmos depois que passamos por elas. No entanto, na dor que foi
devidamente aceita e suportada com ânimo, há uma influência
humanizadora e fertilizadora. Aliás, são pobres os que nunca
sofreram e não trazem marca de sofrimento. O gozo que nos está
proposto deveria brilhar sobre as nossas dores, como o sol brilha
através das nuvens, dando-lhes glória. Deus estabeleceu as coisas
de tal forma que, prosseguindo no dever, encontraremos a mais rica e
verdadeira consolação. Se nos sentamos para acalentar as nossas
dores, a escuridão cresce à nossa volta e penetra em nosso coração,
e nossa força muda-se em fraqueza. Mas se voltarmos as costas à
sombra e tomarmos as tarefas e deveres a que Deus nos chama, a luz
novamente voltará e ficaremos mais fortes. – J.
R. Miller
Extraído
do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman
11/03
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