Foi-me
bom ter sido afligido,
para
que aprendesse os Teus estatutos.
Salmo
119.71
É
muito curioso que as plantas de mais vivas cores sejam encontradas
nas mais altas montanhas, nos lugares expostos ao tempo mais rude.
Os mais brilhantes liquens e musgos e as mais encantadoras
florinhas encontram-se em exuberância na altura de picos
vergastados pelo vento e tempestades.
Uma
das mais pródigas exibições de colorido que já contemplei no
mundo vegetal encontrava-se perto do cume do monte C., de mais ou
menos três mil metros de altura. Toda uma face da extensa rocha
estava coberta de um líquen do mais vibrante amarelo, que
resplandecia à luz do sol como se fosse a amurada de um castelo
encantado.
Ali
naquelas alturas, no meio de um cenário de desolação, exposto à
fúria das tempestades, esse líquen ostentava tons gloriosos como
jamais apresentava nas regiões abrigadas do vale. Tenho diante de
mim, enquanto escrevo, dois espécimens do mesmo líquen: um da
montanha, outro dos muros de um castelo escocês,ensombreado entre
sicômoros. A diferença entre eles, em forma e cor, é notável.
O
espécimen que se desenvolveu por entre as fortes tempestades da
montanha é de um lindo matiz amarelo-pálido, e é macio em
contextura e completo na forma: enquanto o espécimen cultivado ao
ar suave e às brandas chuvas do vale é de um fosco tom de
ferrugem e de contextura escamosa e formato irregular.
E
não é assim com o crente que é afligido, açoitado pelas
tempestades e desprovido de consoladores? Enquanto não é batido
e rebatido pelas tempestades e vicissitudes da previdência de
Deus, seu caráter mostra-se como que rude e obscurecido. As
aflições, porém, vão removendo a obscuridade, aperfeiçoam as
formas de sua disposição interior e dão brilho e bênção à
sua vida. – Hugh Macmillan
Extraído
do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman
01/10
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terça-feira, 1 de outubro de 2019
FOI-ME BOM TER SIDO AFLIGIDO
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