Estando
eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar,
se
abriram os céus, e eu vi visões de Deus...
e
ali esteve sobre ele a mão do Senhor.
Ezequiel
1.1,3
Não
há comentarista da Escritura que seja tão valioso como o
cativeiro. Os velhos Salmos soam com profundidade e paixão aos
nossos ouvidos, quando nos sentamos junto aos rios da Babilônia;
vibram para nós com nova alegria, quando saímos do nosso
cativeiro “como as correntes no sul”.
O
homem que passou por muitas aflições não abrirá mão
facilmente do seu exemplar da Bíblia. Aos olhos dos outros o seu
livro poderá parecer idêntico a outros livros, mas não para
ele. Pois sobre as páginas da sua velha Bíblia marcada de
lágrimas, ele escreveu, com caracteres visíveis só a seus
olhos, o registro de suas experiências. E aqui e ali ele chega às
colunas de Betel ou às palmeiras de Elim, que são para ele
memoriais de algum capítulo crítico de sua história.
Para
sermos beneficiados através do nosso cativeiro, precisamos
aceitar a situação e torná-la no melhor meio possível de
lucro. Ficar indignado porque uma coisa nos foi tirada ou porque
fomos tirados daqui ou dali não irá melhorar nada, irá, sim,
impedir-nos de melhorar o que nos resta. Se esticarmos a linha, o
nó ficará ainda mais cego.
O
cavalo que não se submete ao cabresto, acaba estrangulando-se na
própria baia. O animal muito fogoso, que se agita sob o jugo,
apenas fere o dorso.
É
conhecida a diferença entre o impaciente estorninho, que bate as
asas contra a gaiola, gritando, como a dizer: “Não consigo
sair! Não consigo sair!”, e o dócil canário, que canta na sua
prisão.
Nenhuma
calamidade poderá ser vista como somente um mal para nossa vida,
se a levarmos diretamente a Deus em fervente oração. Pois assim
como alguém que se abriga sob uma árvore pode encontrar nela
inesperados frutos, assim quem se refugia sob as asas de Deus
sempre encontrará nEle muito mais do que já tinha visto ou
conhecido.
É
assim que, através das nossas provas e aflições, Deus nos dá
novas revelações de Si mesmo; e o vau de Jaboque nos leva a
Peniel, onde, como resultado da luta ali travada, vemos a Deus
“face a face” e a nossa vida é salva. Você que está em
algum cativeiro, tome isto para si; e o Senhor lhe dará “cânticos
na noite” e mudará “a sombra da noite em manhã” – Wm.
Taylor
Submissão
à vontade do Senhor é o mais macio travesseiro.
Extraído
do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman
04/11
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segunda-feira, 4 de novembro de 2019
ESTANDO EU NO MEIO DOS CATIVOS
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