terça-feira, 12 de maio de 2020

O FILHO AMADO DO PAI


      E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o Meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mateus 3.17).

Comparando os registros deste incidente nos três primeiros evangelhos, nós descobrimos que as palavras do Pai foram dirigidas ao próprio Filho, bem como àqueles a quem o Filho foi revelado. As variações não se devem a qualquer imperfeição na narrativa, mas em cada caso o Espírito Santo preserva o significado das palavras do Pai de modo apropriado para Seu propósito no Evangelho onde elas ocorrem. Os registros não são contraditórios, mas complementares.
A narrativa de Mateus nos apresenta a revelação feita pelo Pai acerca do Filho, mas ela não é dirigida para os “sábios e prudentes”, mas para as “crianças”. Essas últimas são instruídas no conhecimento de Cristo: foi para o pequenino rebanho que o Pai disse: “Este é o Meu Filho amado”.
Em Marcos e Lucas a declaração tem a forma duma expressão de comunhão entre o Pai e o Filho. As palavras são o reconhecimento do Pai acerca do Seu agrado e prazer em Seu Filho amado, e foram dirigidas diretamente para o próprio Filho: “Tu és o Meu Filho amado em quem me comprazo (Marcos 1.11; Lucas 3.22). Além disso, essa afirmação está registrada com o intuito de aprofundar nossa própria comunhão com o Pai e o Filho.
A graça e a perfeição de Jesus Cristo fizeram com que o céu se abrisse sobre Ele, e a voz do Pai expressasse Seu agrado acerca de Seu Filho sobre a terra. Quando Deus viu o primeiro homem. Adão, recém-criado, Deus declarou: “muito bom”. Mas quanto ao segundo Homem, o último Adão, o Pai encontrou nEle o Seu “prazer”. Tal prazer nAquele que foi enviado não deve nos surpreender, pois é inconcebível que o Pai tivesse Seu Filho Unigênito em Seu seio, e não tivesse prazer nEle.

Extraído do livreto Boa Semente – 12/mai

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