“Então as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: Senhor, aquele a quem amas está doente… ” João 11.3-5. Ninguém gosta de sentir dor. Mas, uma das marcas da sociedade ocidental orientada pelo prazer, é a busca por querer evitar o sofrimento a qualquer custo. Somos a geração dos analgésicos. Criamos sensibilidade desproporcional a qualquer nível de sofrimento. O problema é que esse desejo só gera mais dor. Isso me lembra uma canção da banda Legião Urbana: “Tudo é dor. E toda dor vem do desejo de não sentirmos dor.” Esse desejo de não sentir dor foi incorporado ao discurso religioso: “Venha a Jesus e todos os seus problemas serão resolvidos.” Viver sob o amor de Deus não é garantia de vida indolor. A informação da doença de Lázaro, ao lado da afirmação do amor de Jesus por ele, me leva à conclusão de que Jesus ama aquela família, mas ainda assim não evita o sofrimento dela. Jesus ama você e não impede a sua dor. No momento da dor a gente precisa abandonar noções simplistas de que pessoas boas têm boas vidas e pessoas más têm vidas difíceis. As pessoas que Jesus ama ficam doentes, ficam desempregadas, passam pela experiência da morte de alguém que amam, veem o valor da empresa cair e o casamento enfrentar tensões. As pessoas que Jesus ama não são atendidas por ele do jeito e na hora em que elas querem. Jesus ama você, mas nem sempre impede o seu sofrimento. Extraído do livreto Cada Dia – 19/08/20 |
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