domingo, 20 de fevereiro de 2022

UMA ESTRANHA NO NINHO

 

    “Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os 
desobedientes, porque acolheu com paz aos espias.” (Hebreus 11.30,31).

O capítulo 11 da carta aos Hebreus é historicamente conhecido como a galeria da fé. No entanto, se coubesse a cada um de nós fazer uma lista desse gênero, quais nomes escreveríamos? Talvez mencionássemos apenas os nomes mais ilustres da narrativa bíblica e, provavelmente, Raabe, uma prostituta, moradora de Jericó, não estaria incluída.

Contudo, se assim pensássemos, cometeríamos uma contradição, pois uma vez que a fé é um dom de Deus, os méritos não poderiam ser critério para essa galeria. Por isso que nomes como o de Raabe, da mulher siro-fenícia, do centurião romano, de Zaqueu, de Maria Madalena, do ladrão da cruz e tantos outros pecadores e meretrizes que, de acordo com Jesus, precederiam os fariseus no Reino dos céus, não deveriam nos surpreender ao figurar numa galeria da fé.

A razão descrita no caso de Raabe é: ela acolheu com paz os espias enviados por Josué, ou seja, reconheceu sua situação de dependência de Deus. O mesmo pode ser dito para todos os demais nomes, como Abraão, Moisés e Davi. Logo, o nivelamento não foi pelo que sobrava e sim pelo que faltava. Por isso, não deveríamos estranhar nomes como o de Raabe ao lado do nosso nome. Neste ninho o que temos são pecadores salvos pela graça, mediante a fé, e ninguém mais além dessa condição.

Extraído do livreto Cada Dia – 20/02/22

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