“Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.” (Lucas 18.14). Os fariseus formavam a mais rígida, mais conservadora e mais legalista de todas as facções dos judeus. Eles eram admirados pela sociedade judaica. Os publicanos eram oficiais judeus do Império Romano que faziam a coleta de impostos. Tinham fama de pelegos e desonestos. O fariseu dessa história se acha bom demais. A justiça dele excede até os mandamentos. O tempo todo na oração o fariseu fala: eu, eu, eu.. Não por acaso Jesus diz que o fariseu “orava de si para si mesmo.” Em outras palavras, ele estava falando com ele, não com Deus. Ele cultua seu ego inflado pelo seu bom desempenho religioso. O publicano, por sua vez, sequer levanta a cabeça aos céus de tão sobrecarregado que está por conta de sua culpa. Ele bate com o punho no peito, num gesto espontâneo de agonia sobre o seu pecado. Ele apenas diz… “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador.” Enquanto a religião pode me educar a bater no peito afirmando: “como eu sou bom”, o Evangelho me ensina a bater no peito, confessando: “Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador.” Como disse o escritor norte-americano Brennan Manning: “Jesus vem não para o superespiritual, mas para o vacilante e o enfraquecido que sabe que não tem nada a oferecer, e que não é orgulhoso demais para aceitar a esmola da graça admirável.” Extraído do livreto Cada Dia – 28/06/22 |
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