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“Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (João 19.28).
Jesus estava sozinho, totalmente desamparado. A sua dor era intensa e contínua, estava absolutamente desidratado depois de todo o sofrimento ao qual foi exposto. O escritor brasileiro Augusto Cury comentou: “As sessões de tortura e os sangramentos que Jesus teve em seu julgamento já o haviam desidratado. A caminhada em direção ao Calvário o desidratou ainda mais. Para completar, a crucificação e o calor do sol até ao meio-dia espoliavam mais água do seu debilitado corpo”.
A sede de Jesus nos ensina que ele era perfeitamente humano, era um homem que estava pendurado naquela cruz e não um fantasma. Não era uma sede qualquer, era uma sede profunda, angustiante, severa e agônica. Jesus teve sede porque era humano e assumiu a sua humanidade até as últimas consequências por amor de nós.
A sede também nos ensina sobre a humildade e total resignação de Jesus, pois, a despeito da intensidade da sua sede, não exigiu água, não pediu para que a sua sede fosse saciada, apenas disse: “Tenho sede”. Cury relatou: “Após seis horas de crucificação, sua língua, gengiva e palato estavam fissurados. Seus lábios estavam rachados. A sede era profunda”. Mesmo assim, Jesus nada exigiu. Jesus sentiu a sede mais aguda para poder dessedentar a sede mais profunda da nossa alma.
Extraído do livreto Cada Dia – 28/03/23
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