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“Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (João 19.28).
É impressionante sabermos que o homem que transformou água em vinho, que alimentou multidões, que curou enfermos, que libertou possessos e deu paz aos oprimidos; o homem que sempre, e em todos os momentos, antecipou-se às dores do outro, mesmo estando em profundo sofrimento, extremamente desidratado depois de horas inteiras de sofrimento, não pediu para que alguém aliviasse a sua sede.
Por outro lado, é assustador perceber a maldade do ser humano. Quando Jesus disse que estava com sede, foi o pretexto necessário para que os soldados romanos pudessem piorar ainda mais a sua dor. Não lhe deram água, deram-lhe vinagre. Imaginemos o quanto isso deve ter sido angustiante. O vinagre, ácido acético, queimou profundamente os lábios, a gengiva e a boca de Jesus. Pior, ele não tinha nem como se abanar para refrescar um pouco as queimaduras produzidas, pois suas mãos estavam cravadas nos braços daquela cruz.
Mais uma vez se cumpriu a escritura que diz: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens”. Nem um copo de água lhe foi dado. Aquele que se deu por todos nós. Aquele que ao tomar o pão e o cálice disse: “Isto é o meu corpo partido por amor de vós. Isto é o meu sangue derramado em favor de vós”, não teve o direito nem a um simples copo de água.
Extraído do livreto Cada Dia – 29/03/23
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