domingo, 7 de maio de 2023

QUEM AMA, SE ENTREGA

 


Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...” (Cânticos 6.3).

Aurélio Agostinho, o mais conhecido pai da igreja, disse certa feita: “Quanto mais escravo de Cristo eu sou, mais livre eu me sinto”. Essa frase paradoxal retrata, também, o relacionamento conjugal. Quanto mais o marido pertence à esposa e quanto mais a esposa se entrega ao marido, mais livres e felizes eles são. A esposa proclama seu pertencimento ao marido e reivindica seu marido como sua propriedade particular.

Isso jamais poderia trazer liberdade e leveza no relacionamento se esse pertencimento fosse por imposição. Isso não passaria de consumada escravidão e gritante opressão. Mas, entregar-se por amor e ser o destinatário da entrega da pessoa amada é o mais alto nível da liberdade, o mais profundo sentimento de felicidade. É nessa entrega plena que se evidencia o cuidado mais generoso, o desvelo mais abnegado, a relação mais estável.

O amor conjugal é altruísta e não egoísta. É outrocentralizado e não egocentralizado. Busca o interesse do cônjuge antes do seu próprio interesse. Entrega-se primeiro na certeza de que beberá o refluxo de seu próprio fluxo. O amor semeia com generosidade, com segura garantia de que colherá com abundância. Você tem se dedicado ao seu cônjuge? Tem investido no seu casamento? Você pode dizer que ama e é amado?

Extraído do livreto Cada Dia – 07/05/23

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