sexta-feira, 23 de junho de 2023

APARÊNCIA

 


... Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” (Marcos 9.24).

Há uma aparente contradição. É possível crer e ter falta de fé? O pai do menino possesso afirma que crê, mas pede a Jesus ajuda em sua falta de fé. Parece-nos que confundimos fé com algumas coisas. Fé não é apenas conhecimento teológico. Os discípulos discutiam com os escribas (Mc 9.14), mas lhes faltou poder. Fé não é solução humana. “Roguei a teus discípulos que o expelissem, e eles não puderam.” (Mc 9.18). As soluções humanas são incapazes de suprir nosso anseio de fé.

Fé não convive com condicionantes. “Se tu podes alguma coisa” disse o pai do menino para Jesus (Mc 9.22). Quando se trata de Jesus não estamos diante de limitações ou ressalvas. Tudo o que Jesus quer, ele pode. Não existe “se” para Jesus. Essa conjunção subordinativa condicional não é aplicável ao Verbo que se fez carne.

Fé não é aparência. “Como se estivesse morto...” é o que dizem do menino (Mc 9.26). A ação poderosa de Jesus foi de potência tal que pareceu que o filho estava morto. Mas, apenas pareceu. Fé não tem a ver com aparência. Não se preocupe com aquilo que aparenta acontecer. A fé é tão sólida quanto uma rocha. Pois bem. Aquele pai crê, mas sua fé podia ser aprimorada. Jesus, antes de operar o milagre, diz ao homem algo que até hoje ecoa em cada coração: “Se podes! Tudo é possível ao que crê.” (Mc. 9.23).

Extraído do livreto Cada Dia – 23/06/23

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