“Comeram e se fartaram; e dos pedaços restantes recolheram sete cestos.” (Marcos 8.7). A primeira multiplicação dos pães e peixes (Mc 6.30-43) foi no território de Israel; a segunda, em ambiente gentio. Na primeira, havia lugar próximo que, segundo os discípulos, quem quisesse poderia comprar algo para comer. Na segunda, o deserto é implacável. Nesse cenário, Jesus sabia que se despedisse a multidão, desfaleceriam no meio do caminho. É impressionante a capacidade dele de discernir o que pode abater um ser humano. A ele nada passa despercebido, sua sensibilidade é, literalmente, divina. Por mais que momentos de escassez sejam pedagógicos, há um limite que pode custar a própria vida. A fome é uma violência. Quando sua abrangência é de uma multidão, o caos fica instaurado. Jesus, ao ver tamanha concentração de pessoas, mostra-se compassivo. Não se trata de uma compaixão meramente sentimental. A dele é sinônimo de ação. Ele repete algo já feito. Multiplicar é sua especialidade. Quando se trata de Jesus, ele sempre tem algo a fazer. A caminhada com ele é surpreendente. Será que ele consegue de novo? Pode ter sido o pensamento de alguns. Será que ele também faz no território gentio? Perguntariam os novos na fé em Cristo. O incomparável Senhor entra em ação, a multidão se farta e ainda recolhem sete cestos. Eis uma santa conclusão: quem multiplicou alimentos uma vez, pode fazer de novo. Extraído do livreto Cada Dia – 21/06/23
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário