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“O qual vivia nos sepulcros, e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo;” (Marcos 5.3).
Poucos relatos dão conta de uma situação tão deplorável. O homem vivia nos túmulos, era companheiro da morte, seu cheiro era cadavérico, seu olhar era fúnebre. Ele representava um caos social. Por sua causa, todo ambiente em que ele estava se tornava impossível de transitar. Tentaram, sem êxito, prendê-lo com grilhões. Uma ameaça para os outros, um perigo para si mesmo, pois se feria com pedras. Estamos falando de um fantoche do diabo, uma marionete da maldade.
Sua história é conhecida em todo o mundo, trata-se do endemoninhado geraseno. Legião era o nome da força maligna que o tomou. Uma legião enumera-se em seis mil. Essa inexplicável opressão é o retrato do caos. Mas, quando todos já haviam desistido desse homem, o Senhor Jesus atravessa uma tempestade e chega na margem do mar, à terra dos gerasenos.
Jesus liberta aquele homem. Nosso Salvador não fez uso de pirotecnia, não houve alarido de autopromoção. Ele não transformou a libertação daquele homem em palco de negócios. Pelo contrário, bastou uma ordem direta: “Espírito imundo, sai desse homem!” (Mc 5.8) e uma derrota visível das trevas se consolidou (Mc 5.13). Jesus é especialista em mudar retratos do caos. Quando ele chega, o relato se modifica: o homem está assentado, vestido e em perfeito juízo.
Extraído do livreto Cada Dia – 15/06/23
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