“Passado o luto, mandou buscá-la e a trouxe para o palácio; tornou-se ela sua mulher...” (2 Samuel 11.27). A decisão de Davi mandar buscar a viúva Bate-Seba e fazer dela sua mulher, a princípio, parecia ser um gesto de bondade. Estava demonstrando compaixão a uma mulher desamparada pela morte do marido. Porém, o verdadeiro motivo desse casamento era para encobrir o pecado de Davi. A gravidez de Bate-Seba não seria mais motivo de rumores em Jerusalém. Do ponto de vista humano, as evidências contra Davi estavam eliminadas, as provas que manchariam seu nome estavam apagadas. Houve uma completa queima de arquivo. A narrativa bíblica passa por alto quaisquer sentimentos de Bate-Seba. Não há sequer uma palavra dela em todo o processo doloroso do adultério, viuvez e novo casamento. Mesmo que aos olhos humanos estivesse tudo resolvido, o coração do rei estava perturbado. Ele escondeu seu pecado dos olhares humanos, mas não do conhecimento de Deus. Davi continuava despachando em seu palácio, mas seu coração era um campo de guerra. Tinha no leito conjugal uma bela mulher, mas os horrores da culpa o assustavam. Assentava-se à mesa real para degustar fartos banquetes, mas seus ossos definhavam. A música que ressoava em sua alma era seus próprios gemidos. Os licores doces que bebia eram suas próprias lágrimas. Ah, o pecado é uma fraude! O pecado é maligníssimo. Fuja dele! Extraído do livreto Cada Dia – 16/09/23 |
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