“Senhor […] não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim.” (Salmo 131.1). É preciso reconhecer que vivemos em uma sociedade vaidosa. Ser alvo de holofotes é desejado e a notoriedade é reverenciada por muita gente. Muitos buscam avidamente visibilidade, reconhecimento público e fama. É assim em todas as esferas da sociedade, inclusive entre os religiosos. Entre estes, alguns se autointitulam bispos ou apóstolos, com evidente altivez. Os bem-aventurados, no entanto, se recolhem em íntima comunhão com o Senhor e experimentam a graça que é habitar no esconderijo do Altíssimo. Aqueles que podem fazer, com sinceridade, a mesma oração acima que fez o rei Davi, entendem o valor de viver escondido em Deus. Com temor e reverência, se aquietam aos pés do Pai. Sabem que a sombra do Onipotente é o melhor lugar para se estar. Ainda que vivam no anonimato diante dos homens, são reconhecidos diante de Deus. É para eles que o Senhor se revela. “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.” (Sl 25.14). Ainda que Deus queira fazer algo grande através da nossa vida, não seja isso que ocupe o nosso coração. Ser usado por Deus com verdade e poder no mundo é a consequência de viver abrigado nele, na intimidade do quarto de oração. Que a nossa alma permaneça calada e sossegada em Deus, como a criança no colo de sua mãe. Extraído do livreto Cada Dia – 03/11/23 |
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