-
“Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal...” (1 Reis 19.18).
O processo de tratamento de Deus em nossa vida envolve o confronto divino. O Senhor não apenas conforta, ele também confronta. Verdades precisam ser ditas. Por vezes, Elias afirmou estar sozinho na caminhada profética. “Só eu fiquei dos profetas do Senhor...” (1Rs 18.22), disse ele no Monte Carmelo. No imaginário de Elias, ele era a única pessoa fiel ao Senhor na terra, julgava no seu íntimo que todos os demais haviam abandonado a Deus. Quando o Senhor o encontra numa caverna, a justificativa do profeta beira o vitimismo: “Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida” (1Rs 19.10). Primeiro, Deus o sustentou e o protegeu em todo tempo. Segundo, ele experimentou o poder do céu. Terceiro, ele nunca esteve só. Deus, então, adverte Elias e o informa: conservei sete mil que não se dobraram a Baal. Longe dos holofotes existe muita gente boa servindo a Deus. A obra de Deus é realizada por inúmeros anônimos, mas que mantêm uma vida digna. Elias foi muito temente a Deus, mas não foi o único. Não podemos cair no erro de achar que apenas nós fazemos a obra do Senhor, uma vez que ele tem levantado muitas pessoas para servi-lo.
Extraído do livreto Cada Dia – 07/03/24
Nenhum comentário:
Postar um comentário