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“Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe.” (Salmo 126.4).
Depois de olhar para o passado com gratidão, o salmista, em nome da coletividade, olha para o presente com um clamor por restauração. As vitórias do passado não eram mais suficientes para alegrá-lo no presente. Eles reconhecem que quando o deserto está instalado em nossa vida, a solução não é desesperar-se, mas clamar ao Senhor. Dele vem a nossa cura e a nossa restauração.
A oração é o instrumento que Deus usa para nos colocar de pé, para nos dar poder e para nos fazer caminhar vitoriosamente. O salmista pede ao Senhor o mesmo milagre que ocorre na natureza. O Neguebe é o maior deserto da Judeia. As areias esbraseantes e as pedras pontiagudas ferem os pés dos transeuntes e peregrinos. Porém, ocasionalmente, no período das chuvas, as águas descem em correntes impetuosas pelas encostas dos montes rumo aos vales. Por onde essas águas passam, renovam o cenário. Tudo reverdece e o deserto fica engrinaldado de flores.
O salmista deseja que o mesmo aconteça com o povo. Ele clama para que os rios caudalosos do Espírito fluam na vida de Israel e que as areias escaldantes da alma sejam regadas pelas chuvas restauradoras de Deus. Essa é, também, a nossa necessidade. Carecemos desse derramamento do Espírito de Deus, dessa restauração da nossa sorte, desse tempo de refrigério.
Extraído do livreto Cada Dia – 14/03/25
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