terça-feira, 22 de abril de 2025

ADORAÇÃO SÁBIA

 


Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus...” (Eclesiastes 5.2).

Três livros das Sagradas Escrituras possuem autoria atribuída ao rei Salomão. Cada um deles delimita uma fase bem peculiar da história do autor. Impossível dissociar nossas experiências de nossas obras. Sim, todos temos obras. Alguns escrevem livros, outros constroem edifícios, outros abraçam e confortam. Salomão resolveu, além de edificar, escrever.

Em sua juventude nos apresentou Cantares, registro precioso de um coração apaixonado por uma bela moça. Seus sentimentos são arrebatados pelo fascínio, suas palavras entregam-se ao charme. Tempos depois, já crescido, em sua fase adulta, o rei escreve Provérbios, maior compêndio de sabedoria já editado. Lições preciosas de peculiar maturidade.

Por fim, ele produz sua obra mais emblemática. Não estamos mais diante de um jovem apaixonado, tampouco só de um adulto maduro. Salomão agora já possui cabelos brancos, seu rosto está sinalizado pelo tempo, suas memórias são fortes e sua experiência reforçada. Eclesiastes se apresenta como um mapa do homem que percorreu todos os caminhos possíveis da vida, planejou diversas caminhadas, pegou alguns atalhos e, respaldado por sua experiência, convida seus leitores a observar seu percurso. Esse homem nos ensina que adoração a Deus não pode ser de qualquer maneira, tampouco precipitada (Ec 5.1).

Extraído do livreto Cada Dia – 22/04/25

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