Tenho
3 filhos muito amados, queridos e também com defeitos e qualidades,
como todo ser humano. Mas hoje vou falar um pouco sobre o Daniel, o
mais velho e já casado. Vou falar apenas sobre as suas peraltices.
Desde bebê, já dava para se notar que seria tão palhaço quanto a
mãe; e isso ninguém consegue mudar. Já tentei, mas por fim, tive
que me aceitar. Mas vamos ao Daniel: desde que ele tinha 1 aninho,
comecei a colocar vasos de plantas dentro de casa e explicava que não
podia mexer, que podia ser venenosa e ele nunca me deu problema.
Lógico que não eram, mas eu achava melhor avisá-lo, para não
correr riscos. Mas um dia ele, não sei porque, ficou bravo comigo e
arrancou uma plantinha que era o meu xodó. Quando cheguei na sala
fiquei muito brava, replantei a mesma e disse-lhe que se repetisse,
iria apanhar e voltei tranquilamente ao que estava fazendo, já que
ele era levado, mas não desobediente. Quando voltei, ele estava me
olhando desafiadoramente e olhou para o vaso. A plantinha e a terra
novamente no chão. Dei-lhe 3 tapas em cada mão e após mais alguns
avisos, saí. Quando voltei, pela 3ª vez, a mesma coisa. Perdi
totalmente a paciência, refiz tudo de novo e o coloquei sentado no
sofá, bem pertinho do vaso e disse num tom muito baixo;-"Veja
bem seu moleque: se você fizer isso de novo, pego aquela faca que
corto carne e vou cortar suas mãos". Assim que falei, senti a
gravidade do que tinha dito, mas não voltei atrás. Pedi perdão a
Deus e fiquei pensado como desfazer aquilo, sem perder a autoridade,
foi quando ele chegou atrás de mim, me deu um puxãozinho na saia, e
com os olhinhos cheios de lágrimas me disse:-"Mamãe, me
perdoa, mas não corte as minhas mãozinhas, pois eu vou sangrar até
morrer e eu sou muito jovem pra morrer". Naquele momento, nem
sei o que senti; uma mistura de dor, arrependimento, carinho, mas
também muita vontade de rir. Então o abracei, conversei muito com
ele. Mas quando contava aos vizinhos e família, longe dele, é
claro, ninguém conseguia deixar de rir, mas sentir-se emocionado.
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