Jó
5.26
Escrevendo
sobre o aproveitamento de velhas embarcações, um entendido no
assunto afirmou que não é só a idade que faz melhorar as fibras de
madeira de um velho navio, mas ainda as pressões e embates que o
barco sofre no mar, bem como a ação química da água e de muitas
espécies de carga que se acumulam no seu fundo.
Algumas
pranchas e compensados feitos de uma viga de carvalho que havia sido
parte de um navio de oitenta anos foram exibidas numa boa casa de
móveis na Broadway, em Nova York, e atraíram a atenção geral por
seu raro colorido e textura perfeita.
Igualmente
notáveis foram algumas vigas de mogno tiradas de uma embarcação
que cruzou os mares há sessenta anos. O tempo e o tráfego lhes
haviam contraído os poros e aprofundado a cor de tal modo, que esta
se apresentava tão magnífica em sua intensidade cromática como um
vaso chinês da antigüidade.
Com
elas fez-se um armário que figura hoje em lugar de destaque na sala
de visitas de uma família rica, em Nova York.
Fazendo
um paralelo, há uma grande diferença entre as pessoas de idade que
tiveram uma vida indolente, foram inúteis e indulgentes consigo
mesmas, e aquelas que navegaram por todos os mares da vida e levaram
todo tipo de carga como servos de Deus e ajudadores de seus
semelhantes.
Não
somente os embates e pressões da vida, mas também algo da doçura
das cargas transportadas penetra na vida dessas pessoas e nas fibras
de seu caráter. – Louis Albert Banks
Depois
que o sol desaparece no horizonte, o céu ainda brilha por uma hora
inteira. Quando um homem bom desaparece, o céu deste mundo ainda
continua iluminado por muito tempo, depois de sua partida. A figura
de um homem assim não se apaga deste mundo. Quando vai, deixa na
terra muito de si. Estando morto, ainda fala. – Beecher
Extraído
do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 31/05
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