terça-feira, 17 de outubro de 2017

QUANDO EU TIVER QUE CHORAR

Quando eu tiver que chorar, não haverá ninguém para ouvir meu pranto.
Quando as lágrimas correrem pelo meu rosto, não haverá ninguém para secá-las. A me rodear estarão apenas as paredes, os móveis, discos, livros... Objetos, coisas mortas, sem sentimentos.
Talvez eu venha a sentir dores e nem mesmo hajam remédios que as façam parar.
Talvez eu tenha muito medo e não ouça nenhuma palavra que me dê coragem.
Talvez eu esteja sempre entre estas paredes, talvez... não sei ao certo.
Talvez venham muitas lembranças tristes... alegres... algumas muito distantes, e me tragam muitas saudades e cheguem até a doer, mas talvez sejam menos doloridas do que as minhas dores físicas.
Talvez eu me lembre de todos os que estão longe, os que já amei e os que ainda amo, os que já se foram e os que ficarão.
Mas em meio a tudo isso, quero que permaneça em mim uma certeza: que não me abandonastes, Senhor. E quero que me dês a certeza de que continuas sendo meu Redentor e de que vives. Quero ser como Jó e dizer: “Bendito seja o nome do Senhor!”. Quero lembrar da cruz no Calvário e de Jesus, Teu filho, subindo em glório e de Jesus, Teu filho, subindo em glentor e de que vives. e nao ria, e sempre ter a certeza que está à minha espera, na cidade dourada.
Quero ouvir Tua voz me dizer: "A Minha graça te basta".
Mas a minha maior bênção será quando uma intensa luz me rodear e eu perceber que não há mais dores e nem lembranças, porque suavemente meu corpo sobe pelos ares, conduzido pelas mãos de anjos. Não este corpo, mas o corpo glorificado que me deste, Senhor!

Dora S. Antoniasse

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