“...ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30.5b)
O homem entra no mundo chorando, passa pela vida com lágrimas nos olhos e, via de regra, desce à sepultura no meio de muito choro. O choro é, muitas vezes, o nosso alimento todo o dia. Choramos pelos nossos pecados e também pelas nossas fraquezas. Choramos pelas nossas vitórias e até pelas nossas alegrias. Choramos quando descemos aos vales e quando subimos ao cume dos montes. O choro é o nosso cardápio diário e a nossa agenda do dia. Não passamos ilesos do choro.
As lágrimas que rolam pelo nosso rosto, algumas vezes, como torrentes, inundam nossa alma. Mas, o choro não dura para sempre. As lágrimas, muitas vezes, lavam nossa alma, umedecem nosso coração e regam o solo para a bendita semeadura. O choro não vem para nos levar ao naufrágio, mas para nos quebrantar. O choro é pedagógico. Faz parte da nossa jornada entre o berço e a sepultura.
Choramos por nós mesmos. Choramos pela nossa família. Choramos pelos nossos irmãos. Choramos até mesmo pelos nossos inimigos. Mas, chegará um dia em que o choro será página virada em nossa história. Quando entrarmos na cidade santa, na casa do Pai, na bem-aventurança eterna, Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. Então, não haverá mais pranto, nem luto, nem dor, porque as primeiras coisas já terão passado.
Extraído do livreto Cada Dia – 24/02/21
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