“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós... e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” (João 1.14). O Verbo eterno, pessoal, divino, criador e sustentador da vida, encarnou-se. A encarnação do Verbo foi, segundo Atanásio, o grande campeão da ortodoxia no Concílio de Nicéia em 325 d.C., o maior mistério do cristianismo. Aquele que nem o céu dos céus pode contê-lo, esvaziou-se a si mesmo. Ele não foi esvaziado. Ele se esvaziou a ponto de se tornar um zigoto, um embrião, um feto, um bebê, que nasceu de uma virgem, foi enfaixado e colocado numa manjedoura. Ele, sendo Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus. Sendo o Senhor dos céus e da terra, se fez servo. Sendo revestido de majestade e glória, se humilhou. Sendo o autor da vida, suportou a morte de cruz. O esvaziamento daquele que antes dos tempos eternos desfrutava de plena comunhão com o Pai, sendo da própria essência do Pai, é o próprio conteúdo e sentido do Natal. Porque Deus nos amou, o Filho veio. Porque Deus colocou o seu coração em nós, o Pai o entregou. Porque Deus amou ao mundo tão profundamente, deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. A humildade de Jesus reprova nossa altivez. Seu inigualável amor nos constrange. Que a abnegação daquele que era, é, e há de vir nos desperte para uma vida de entrega a Deus e ao próximo. Extraído do livreto Cada Dia – 24/12/24 |
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