“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?” (Salmo 121.1).
Na
jornada da vida, subimos montes altaneiros e descemos a vales
profundos, cruzamos desertos inóspitos e atravessamos rios
caudalosos. Enfrentamos o frio gelado da noite e o calor escaldante
do dia. Nessa peregrinação somos fuzilados por tempestades
medonhas. O sol esconde de nós seu rosto. As trevas nos cobrem com
suas asas. Nosso coração, então, é assaltado pelo medo. Nossa
alma geme sob o peso cruel da dor. Nossas forças acabam. Nosso corpo
é surrado pela fraqueza.
Olhamos
ao redor e não vemos nenhuma ajuda. Então, erguemos os olhos para
os montes e perguntamos: “De onde nos virá o socorro?”. A
resposta vem retumbante: “O nosso socorro vem do Senhor, que criou
os céus e a terra”. Ele faz forte ao cansado e multiplica as
forças ao que não tem nenhum vigor. Ele enxuga as lágrimas, cura
as feridas, tonifica as musculaturas da alma e remove as cinzas para
nos ungir com o óleo da alegria. Ele nos tira do vale, apruma nossos
pés e firma-os sobre uma rocha. Toma-nos em seus braços e nos
carrega quando se esvaem nossas forças.
Para
Ele não tem causa perdida nem problema sem solução. Ele nos
socorre em nossa aflição, consola-nos em nossa dor, firma nossos
pés numa rocha e coloca em nossos lábios um cântico de louvor,
mesmo nas noites mais escuras da alma.
Extraído
do livreto Cada Dia – 06/01/18
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