quarta-feira, 30 de abril de 2025

As vaca feias à vista

 



As vaca feias à vista, e magras, comiam as sete formosas à vista, e gordas... As espigas mirradas devoravam as sete espigas grandes e cheias. Gênesis 21.4,7

Há uma advertência para nós neste sonho: os melhores anos da nossa vida, as melhores experiências, as melhores vitórias conquistadas, o melhor serviço prestado, podem ser devorados por tempos de fracasso, derrota, desonra e inutilidade no Reino de Deus. Algumas vidas, que tanto prometiam e já realizavam bastante, terminaram dessa maneira. É doloroso pensar, mas é verdade. Contudo, não é necessário que seja assim.

Como disse S. D. Gordon, a única certeza de segurança contra essa estratégia é “um sempre renovado contato com Deus”, diariamente, de momento a momento. As experiências benditas, frutíferas e vitoriosas de ontem não só não valem para mim hoje, como na verdade serão devoradas ou anuladas pelos fracassos de hoje, a menos que sirvam de incentivo para experiências melhores e mais ricas.

A única maneira de conservar fora de minha vida as vacas magras e as espigas mirradas é permanecer em Cristo, num “sempre renovado contato com Deus. – Messages for The Morning Watch


Perto de Deus –

Andando todo o dia

Perto de Deus, na Sua companhia.

Trazendo os fardos para Deus levar;

E os meus caminhos, para Deus guiar;

Trazendo as dores, falhas e pecados;

Nele esperando, nEle só firmado;

Dele escutando que sou filho amado!...

Andando em meu viver,

Perto de Deus.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 30/04

EM ESPÍRITO E EM VERDADE

 



Deus é espírito; e importa que os seus adoradores
o adorem em espírito e em verdade.” (João 4.24).

Existiam entre Jesus e a mulher samaritana várias barreiras, tanto no aspecto cultural quanto no social e no religioso. 
O sublime encontro do Senhor com o ser humano quebra todos os obstáculos para que haja pleno resgate. Ele é o autor da salvação. Ele a garantiu e a consumou. O famoso encontro junto ao poço, em que a referida mulher buscava água, enseja várias lições, dentre as quais uma se destaca: a verdadeira adoração.

A adoração não é restrita a lugares (Jo 4.21). A sacralidade não está no ambiente e, sim, na disposição da vida do adorador. Não é onde estou, é como estou e a quem adoro. A adoração não é ignorante (Jo 4.22). Os samaritanos adoravam o que não conheciam, nós adoramos a quem conhecemos. Ele é a verdade, sabemos em quem temos crido e por isso lhe tributamos a devida honra.

A adoração é em espírito e em verdade (Jo 4.24). Deus é espírito. Nós o adoramos de todo coração, com sinceridade e intensidade. O grau do comprometimento da vida e da autenticidade da entrega testifica a verdade do adorador. O que nos credencia é o que o Senhor verifica dentro de nós por meio da graça. Somos chamados ao fervor espiritual e ao sólido fundamento bíblico para expressar adoração, posto que não fomos criados para qualquer tipo de vida. Existimos para adorar a Deus em espírito e em verdade.

Extraído do livreto Cada Dia30/04/25

terça-feira, 29 de abril de 2025

 



Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós. Tiago 5.17

Graças a Deus por isso! Ele deitou-se em baixo de um zimbro, como você e eu já fizemos tantas vezes; queixou-se e murmurou, como nós também fazemos tantas vezes; foi incrédulo, como tantas vezes temos sido. Mas, quando realmente tocou a Deus, não foi isso que aconteceu. Embora “homem sujeito às mesmas paixões que nós”, “ele orou em coração”. É interessante observar que o original não diz “fervorosamente”, mas “ele orou em oração”. Ele continuou orando. Qual a lição aqui? Precisamos continuar orando.

Venha ao cume do Carmelo e veja aquela admirável lição de fé e vista. O necessário agora não era a descida de fogo, mas água; e o homem que pode ordenar a vinda de um, pode ordenar a vinda de outro, pelos mesmos meios e métodos. Lemos que ele se prostrou com o rosto entre os joelhos; isto é, fechou-se de tudo o que entrasse pela vista ou pelos ouvidos. Colocou-se numa posição em que, sob seu manto, não podia ver nem ouvir o que se passava em volta.

E disse ao servo: “Sobe, e olha”. O servo foi, e voltou e disse: “Não há nada”.

Dizemos: “É exatamente como eu pensei!”. E desistimos de orar. Foi o que Elias fez? Não, ele disse: “Volta”. O servo voltou e veio outra vez, dizendo: “Nada!” “Volta”. “Nada!”

Mas uma vez ele voltou, dizendo: “Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem”. A mão de um homem estivera erguida numa súplica, e em breve caiu a chuva; e Acabe não teve tempo de voltar até à porta de Samaria com todos os seus rápidos cavalos. Eis uma lição de fé e vista – a fé, fechando-se a sós com Deus; a vista, observando e nada vendo; a fé, prosseguindo, e “orando em oração”, ainda com as desesperançosas notícias da vista.

Você sebe como orar dessa maneira, como orar prevalecendo? Traga a vista as desanimadoras notícias que trouxer, não lhes dê atenção. O Deus vivo ainda está nos céus, e mesmo a demora é parte da Sua bondade. – Arthur T. Pierson

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 29/04

ADORAÇÃO COMPLETA

 



Exultai, ó justos, no Senhor!
Aos retos fica bem louvá-lo.” (Salmo 33.1)

Somos chamados para adorar ao Senhor. O Salmo 33 traduz nitidamente esse chamamento. Somente nos três primeiros versos, vários verbos são usados: exultar, celebrar, louvar, entoar e tanger. Exultar é sinônimo de regozijo, de expressão de grande alegria. Celebrar é como promover, comemorar, acolher com festejos. Louvar é a simples e profunda expressão de musicalidade e inspiração. Entoar é enunciar em alta voz. Tanger é extrair o som de algo, tocar, executar, arpejar, dedilhar

Toda criação se reúne em adoração ao único que é digno de receber a adoração. Ele se fez exaltado sobre todos. Antes dele, nenhum houve e depois, jamais haverá. Seu reinado não terá fim. “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Ap 22.13), disse o Senhor. Sua palavra é reta com proceder fiel (Sl 33.4), ele ama a justiça e o direito
(Sl 33.5). Ele é criador e sopra vida a todos (Sl 33.6). Sua vontade trouxe tudo à existência, sua soberania é inquestionável (Sl 33.9).

Diante de toda essa grandeza surge a adoração completa. Tudo o que tem fôlego deve louvá-lo (Sl 150.6), seus excelentes feitos são admiráveis eternamente. De eternidade em eternidade ele é Deus; quão doce é aprender seus caminhos e viver na plenitude de seu Santo Espírito; sem metades, mas com integridade.

Extraído do livreto Cada Dia29/04/25


segunda-feira, 28 de abril de 2025

ADORAÇÃO ENTRE AS GERAÇÕES

 


e outra geração após eles se levantou,
que não conhecia o Senhor...” (Juízes 2.10).

A cada geração que passa há um grande risco de as pessoas se distanciarem do Senhor. O livro de Juízes relata a triste constatação de que entre uma geração e outra surge o desconhecimento de quem o Senhor é. Temos visto a sociedade investir de forma radical nas crianças, adolescentes e jovens. Vivemos tempos difíceis e as perspectivas (do mundo) não são boas.

Surge, portanto, uma necessidade urgente: investir, com profundo quebrantamento espiritual, nas novas gerações. Não podemos perder nossas crianças. Não podemos esquecer dos nossos adolescentes. Precisamos lutar pelos nossos jovens. Herança do Senhor são os filhos (Sl 127.3); cremos numa descendência forte, que permanece na palavra de Deus e que é capaz de vencer o Maligno (1Jo 2.14).

Na agenda diária do crente deste nosso tempo deve haver espaço para o clamor pela nova geração. É provável que você conheça alguém que esteja distante do Senhor. Temos, portanto, um pedido: vamos formar um exército de intercessores para que os filhos, netos, bisnetos do povo de Deus vivam firmes na presença do Eterno. Deus está fazendo algo novo, é perfeitamente possível a convivência plena entre as gerações. Leia, por exemplo, o que o Senhor dos Exércitos disse em Zacarias 8.4,5. Esteja pronto para um resgate das novas gerações em adoração ao Senhor.

Extraído do livreto Cada Dia – 28/04/25


E os filhos de Israel clamaram

 

E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou aos filhos de Israel um libertador, e os libertou... irmão de Caleb, mais novo do que ele. E veio sobre ele o Espírito do Senhor. Juízes 3.9,10

Deus está preparando os Seus heróis; e quando a oportunidade chega, Ele pode colocá-los em seu lugar, num momento; e o mundo se admira, pensando de onde terão vindo.

Deixemos que o Espírito Santo nos prepare através das disciplinas da vida; e quando tiver sido dado ao mármore o toque final, será fácil para Deus colocar-nos no pedestal e ajustar-nos em nosso nicho.

Vem vindo um dia em que, como Otniel, nós também julgaremos as nações e governaremos e reinaremos com Cristo na terra, no milênio. Mas até à chegada daquele dia glorioso, precisamos deixar que Deus nos prepare – como fez com Otniel em Quariate-Sefer – entre as aflições e as pequenas vitórias da presente vida, cujo significado talvez nem sonhemos. Estejamos seguros disto, e se o Espírito Santo tiver um Otniel pronto, o Senhor do céu e da terra terá um trono preparado para ele. – A. B. Simpson



Toda estrada da vida humana desce de vez em quando ao vale. Todo homem tem que atravessar o túnel da tribulação antes de poder viajar pela estrada elevada do triunfo”.


Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 28/04

domingo, 27 de abril de 2025

Eu sou aquele que vive

 


Eu sou aquele que vive e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Apocalipse 1.18

As árvores, as flores, as borboletas, a primavera, as vozes de natureza nos falam da ressurreição.

Meditemos e deixemos a nossa alma impregnar-se desta esperança, desta certeza. Até que, como Paulo, mesmo caminhando para a morte, sigamos triunfantes, em certeza de fé e com o rosto sereno e brilhante. Ele vive! – Adaptado

Um pastor estava em seu escritório escrevendo um sermão de Páscoa, quando um pensamento tomou conta dele: seu Senhor estava vivo! Pôs-se de pé num salto, alegremente, e, andando de lá para cá, repetia para si mesmo: “Pois Cristo está vivo, Ele não é o quem ‘Eu era’, mas o grande ‘Eu sou’!” Sim, Ele não é apenas um fato, mas um fato vivo. Gloriosa verdade da Páscoa!

Nós cremos num Senhor ressurreto. Não nos voltemos para o passado para adorá-LO junto ao túmulo, mas olhemos para cima e para a Sua presença em nós, para que adoremos o Cristo vivo. E porque Ele vive, nós também viveremos. – Abbott

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 27/04

ADORAÇÃO SEM IDOLATRIA

 



E, assim, este homem, Mica,
veio a ter uma casa de deuses...” (Juízes 17.5).

O nome Mica testemunha que só há um Deus, “quem é como o Senhor nosso Deus” é derivado do nome. Porém, no caso da família de Juízes 17, apenas o nome conferiu esta santa verdade; a conduta, porém, não. Esse homem da região montanhosa de Efraim construiu uma casa de falsos deuses, um centro de idolatria. Ele furtou a própria mãe e não foi por ela repreendido (Jz 17.2)

O período dos Juízes na Bíblia foi marcado por extrema instabilidade, tanto no governo, quanto na fé. Degeneração moral, ameaças estrangeiras e desunião nacional davam o tom daquele tempo. O povo de Deus vivia um relacionamento cíclico com ele: ora se afastava, ora se aproximava. Os valores morais e espirituais foram abandonados e Mica fez parte dessa corrupção. Aprendemos com essa família os malefícios da idolatria.

Esse é um problema muito atual. No Novo Testamento, João já havia identificado o pecado e aconselhado: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21). Torna-se um ídolo tudo o que ocupa o lugar primeiro em nossa vida, posição esta que deve ser exclusiva do próprio Deus. A tendência humana, desde Gênesis, é cair nessa armadilha. Registra-se que Raquel furtou ídolos de seu pai (Gn 31.19). Um adorador não tem espaço para ídolos em sua vida. Somente ao Deus a glória.

Extraído do livreto Cada Dia – 27/04/25

sábado, 26 de abril de 2025

Na verdade tenho

 

Na verdade tenho também como perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo, meu Senhor. Filipenses 3.8

Brilhar custa sempre alguma coisa. A luz só brilha às custas daquilo que a produz. Uma vela não produz luz se não for acesa. Ela precisa arder, para brilhar. Nós não podemos ser de grande utilidade para os outros sem que isso nos custe. Arder sugere sofrimento. E sempre nos retraímos à idéia de sofrer.

Somos inclinados a pensar que estamos fazendo o maior bem ao mundo, quando somos fortes e capazes para o dever ativo e quando temos o coração e as mãos cheios de bons serviços.

Quando somos chamados de parte e nos sobrevém o sofrimento, quando estamos doentes, quando estamos consumidos de dor, quando todas as nossas atividades têm que ser deixadas, sentimos que não temos utilidade alguma, que nada estamos fazendo.

Mas, se formos pacientes e submissos, é quase certo que somos maior bênção para o mundo em nosso tempo de sofrimento e dor, do que nos dias em que pensávamos estar fazendo o máximo do nosso trabalho. Estamos ardendo, agora, e brilhando, porque estamos ardendo. – Eveling Troughts

A glória de amanhã tem suas raízes no sofrimento de hoje”.

Muitos querem a glória sem a cruz, o brilho sem a queima; porém, antes da coroação vem a crucificação.

Com Tua mão ferida.

Quebra a dureza deste coração!

Unta com Óleo esta cerviz erguida,

Dobre-a de todo sob a Tua mão!

Quero provar a Cruz em minha vida;

Provar a vida de ressurreição;

Provar as glórias da alma remida;

A plenitude desta salvação!

És meu. Sou Teu. Eu sei que foi ouvida

De Ti, Senhor, a minha petição.

Ao pé da Cruz, minha alma jê rendida.

De fé em fé, siga na tua unção!


Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 26/04

ADORAÇÃO SEM BRECHAS

 



... serás chamado reparador de brechas e restaurador
de veredas para que o país se torne habitável.” Isaías 58.12

O capítulo 58 do livro do profeta Isaías conjuga confronto e conforto, exortação e consolação, juízos e promessas. Há, por exemplo, uma promessa para os filhos (Is 58.11). Eles edificarão as antigas ruínas. Sim, na vivência familiar pode ser que nos deparemos com alguns escombros. Por isso Deus levanta quem seja reparador de brechas e restaurador de veredas. Esse texto bíblico é muito mais animador que Ezequiel 22.30: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.”

O que faz um reparador de brechas? 1. Despedaça a opressão (Is 58.6). Está comprometido com a libertação dos oprimidos, é cônscio da dinâmica do mundo espiritual em desfavor de quem lutamos. 2. Cuida da dor do outro (Is 58.7). Trata-se do fim do egoísmo, da capacidade de não se esconder do semelhante, da bênção de ser generoso. 3. Pratica justiça (Is 58.8). Está arraigado com os valores do reino de Deus e sabe que é sal da terra e luz do mundo.

Este é o chamado do adorador. O capítulo inicia com a censura divina de uma adoração sem sinceridade e termina com uma promessa gloriosa: a alma do adorador será farta, seus ossos fortificados e ele será como um manancial cujas águas jamais faltam (Is 58.11).

Extraído do livreto Cada Dia – 26/04/25

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Achavam-se ali

 


Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria. (Mateus 27.61).

Que coisa sem sentido é a mágoa. Ela nos impede de aprender e conhecer, e até mesmo de quer aprender. Quando aquelas mulheres sentaram-se tristes junto ao sepulcro de Filho de Deus, acaso viram os dois mil anos de triunfo que chegaram até nós? Não. Elas nada viram senão isto: “Nosso Cristo se foi!”.

O nosso Cristo veio daquela perda que elas sofreram! Milhares de corações que choram têm tido ressurreição, no meio de sua tristeza; mas os observadores chorosos olham para o prenúncio de vida que ali desponta, e nada vêem. O que as mulheres contemplavam como o fim da vida era exatamente a preparação para a coroação: pois Cristo estava em silêncio, para que pudesse viver outra vez com toda a exuberância de poder.

Elas não viam isto. Lamentaram, e choraram, e foram-se; depois voltaram ao sepulcro, movidas pelo coração. Ainda não passava de um sepulcro – sem futuro, sem mensagem, sem significado.

Conosco também é assim. O homem senta-se em frente ao sepulcro no seu jardim, e diz: “Esta tristeza é irremediável. Não vejo nela benefício algum. Não tirarei dela consolação”. Contudo, muitas vezes é nas piores adversidades que está o poder de Cristo, esperando o momento de entrar em cena para nos livrar.

Onde parece estar a nossa morte, está o nosso Salvador. Onde termina a esperança, ai está o mais promissor começo dos frutos. Onde a treva é mais densa, ai está para raiar a fulgurante luz que não conhece ocaso. Quando a experiência toda está consumada, nós descobrimos que o jardim não é desfigura pela presença do sepulcro. Nossas alegrias se tornam melhores se há tristeza no meio delas. E as nossas tristezas são iluminadas pelas alegrias que Deus plantou à nossa volta. As flores podem não ser as de que mais gostamos, mas são flores do coração – amor, esperança, fé, alegria, paz – estas são as flores plantadas ao redor de cada sepultura cavada no coração do crente.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 25/04

ADORANDO NAS CIRCUNSTÂNCIAS

 


tudo posso naquele
que me fortalece.” (Filipenses 4.13).

O legítimo adorador sabe que o favor divino o alcançará.
A provisão divina gera oportunidade (Fp 4.10): “o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.” Significa que os filipenses queriam já ter exercido generosidade na vida de Paulo, mas não houve o momento adequado. Falta de recursos, os meios limitados de transporte e comunicação da época. No entanto, para que o caminho da provisão chegue na vida de alguém, Deus cria oportunidades. Todos os dias o Senhor cria oportunidades para exercermos desprendimento na vida de alguém e – igualmente – para que exerçam bondade em nossas vidas.

A provisão divina é supracircunstancial (Fp 4.11,12). Significa que Paulo sabe o que é passar por restrições e, portanto, sabe enfrentá-las. Humilhado ou honrado, na fartura ou na escassez, ele sabe que pode passar por tudo, pois há alguém que o fortalece. É o Senhor quem nos ensina a rever prioridades, a ajustar o coração, a estabelecer critérios e a viver em contentamento.

A provisão divina tem uma fonte exclusiva (Fp 4.13). Significa que toda provisão tem uma origem máxima. É quem nos fortalece. É quem nos provê. É quem chama à existência o que não existe. É o Jeová Jireh. Dele vem toda boa dádiva e todo dom perfeito. Confiantes no provedor, seguimos adorando em qualquer circunstância.

Extraído do livreto Cada Dia – 25/04/25

quinta-feira, 24 de abril de 2025

A fé é

 



A fé é... a convicção de fatos que não se veem. Hebreus 11.1

A fé verdadeira coloca a sua carta na caixa do correio e a deixa ir a desconfiança a segura por uma ponta, e fica imaginando por que a resposta não vem. Eu tenho algumas cartas na minha escrivaninha, escritas já há semanas, mas, como não havia muita certeza quanto ao endereça ou ao conteúdo, não foram postas no correio. Ainda não cumpriram nada, quer a meu favor, quer dos outros. E nunca terão nenhuma finalidade, enquanto não saírem das minhas mãos e não forem entregues ao correio.

Assim acontece quando temos fé verdadeira. Entregamos o problema a Deus; e Ele então opera. É tão boa aquela passagem no Salmo 37: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”. Mas Ele nunca poderá fazer nada, se não Lhe fizermos a entrega. Fé é tomar para si as dádivas oferecidas por Deus. nós podemos crer, entregar e descansar; mas não compreendemos todo o alcance da bênção que é nossa, enquanto não começarmos a receber, e assumirmos a atitude de permanecer ali e tomar posse. – Days of Heaven Earth

Um servo de Deus, Dr. Payson, quando jovem, escreveu a uma mãe idosa, oprimida por grande ansiedade a respeito da condição de um filho seu: “A senhora se angustia demais por ele. Depois de ter orado por ele, como tem feito, e de o ter entregado a Deus, não deveria então parar de sentir ansiedade? O mandamento: ‘Não estejais inquietos por coisa alguma’ é ilimitado; e assim também a palavra: ‘Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade’. Se lançamos as nossas cargas sobre outra pessoa, será que elas continuam pensando sobre nós? Se voltamos com elas do trono da graça, é evidente que não foram deixadas lá. Com referência a mim mesmo, tenho feito disto um teste para minhas orações: se depois de entregar qualquer problema a Deus eu posso, como Ana, voltar com um semblante que já não está triste, um coração que não está mais sob peso e ansiedade, tomo isto como prova de que orei com fé; mas se trago comigo o meu fardo, concluo que a fé não foi posta em prática”.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 24/04

ADORAÇÃO E JUSTIÇA

 



Bem-aventurado o homem que
não anda no conselho dos ímpios...” Salmo 1.1

O legítimo adorador não frequenta qualquer ambiente e sabe se posicionar em toda situação. Há, no primeiro salmo das Escrituras, uma progressão de ideia: andar, deter e assentar 
(Sl 1.1). Ninguém começa assentado na roda dos escarnecedores. O primeiro maléfico passo é andar no conselho dos ímpios; em seguida, estacionar, parar, deter-se no caminho dos pecadores. Tudo isso acontece de forma rápida. O que era uma caminhada, transforma-se em comunhão com as trevas.

O adorador precisa apresentar-se em busca da justiça divina. Necessita, portanto, de prazer na lei do Senhor, meditando nela de dia e de noite (Sl 1.2). É evidente que essa postura acarretará benefícios: fertilidade, produtividade, estabilidade e provisão. “Ele é como árvore plantada junto à corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido” (Sl 1.3). Ao revés, os que percorrem a injustiça são como a palha que o vento dispersa.

Sempre é tempo de autorreflexão. A leitura e a aplicação do primeiro dos salmos revigora a alma de um adorador. Ao mesmo tempo que exorta, conforta, corrige e promete. Façamos dessas palavras sagradas nossa sincera oração e que não venhamos a andar, nos deter, ou nos assentar em qualquer lugar que não seja o centro da vontade de Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 24/04/25

quarta-feira, 23 de abril de 2025

 



Andando eu no meio da angústia Tu me revivificarás. Salmo 138.7

A idéia no hebraico é: “Quando estou andando no centro, mesmo, da tribulação...” como essas palavras descrevem bem a situação! Nosso coração clamou a Deus no meio da angústia; clamamos por suas promessas de libertação, e nenhuma libertação veio; o inimigo continuou oprimindo, até nos encontrarmos no meio da peleja, no centro da tribulação e da angústia. Por que incomodar mais o Mestre?

Quando Marta disse: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”, o Senhor respondeu à sua falta de esperança com mais uma promessa: “Teu irmão há de ressuscitar”. Quando andamos “no centro da tribulação” e somos tentados a pensar como Marta que o tempo do livramento já passou, Ele vem ao nosso encontro também, com uma promessa da Sua Palavra. “Andando eu no meio da angústia, Tu me revivificarás”.

Embora Sua resposta esteja demorando tanto, embora possamos ainda continuar “andando” no meio da angústia, o centro da angústia é o lugar onde Ele nos revivifica, não o lugar em que Ele falha para conosco.

Quando estamos num lugar sem esperança, esse lugar sem esperança é a ocasião em que Ele estende a mão contra a ira dos nossos inimigos e aperfeiçoa o que nos concerne; é a ocasião em que Ele fará malograr e cessar o ataque. Então, por que desanimar? – Aphra White

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 23/04

UNIDOS PARA ADORAR

 


Oh! Como é bom e agradável
viverem unidos os irmãos!” (Salmo 133.1).
O salmista nos lembra com júbilo: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!” (Sl 133.1). Pertencer à igreja de Jesus é um sublime privilégio ofertado pela graça divina. Como não se emocionar com as palavras do Filho de Deus? Sobre unidade, ele ora ao Pai: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos...” (Jo 17.21,22).
Somos um. Nos ensina a palavra de Deus que “há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.5,6). Todos nós somos alcançados pela provisão divina. Neste ambiente de unidade, o Senhor tem prazer em ordenar a bênção e a vida para sempre (Sl 133.3). Desde a antiguidade Deus prova seu amor e fidelidade conosco. De tal modo, ele sustentou o povo quarenta anos no deserto, nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram e os seus pés não se incharam (Ne 9.21).
Unidade e provisão. Esses são os convites de Deus para os adoradores. Essas são as marcas da vida de quem adora ao Senhor em unidade. Ele é o Deus de toda provisão, fonte inesgotável de bênçãos, rio de água viva.

Extraído do livreto Cada Dia – 23/04/25

terça-feira, 22 de abril de 2025

Ele sabe o meu caminho

 


Ele sabe o meu caminhoJó 23.10

Crente! Que gloriosa segurança! Esse seu caminho – talvez torcido, misterioso, emaranhado – esse caminho de provação e lágrimas – Ele o conhece. A fornalha aquecida sete vezes – Ele a acendeu. Há um Guia todo-poderoso conhecendo e dirigindo os nossos passos, seja às águas amargas de Mara, seja ao gozo e refrigério de Elim.

Aquele caminho, escuro para os egípcios, tem seu pilar de nuvem e fogo para Israel. A fornalha é quente, mas não somente podemos confiar na mão que a acendeu, como também estar seguros de que o fogo está aceso não para consumir, mas para refinar; certos de que, terminado o processo de refinamento (não mais cedo, nem mais tarde), Ele tira para fora o Seu povo, como ouro.

Quando os Seus pensam que Ele não está tão perto, muitas vezes Ele está ainda mais perto.

Será que nós conhecemos a visita, em nosso quarto, já com os primeiros raios da manhã, dAquele que é mais fulgente que o esplendor do sol? E conhecemos um olhar cheio de compaixão, que nos acompanha por todo o dia e sabe o nosso caminho?

O mundo, com seu vocabulário frio, na hora da adversidade fala da “Providência” – “a vontade da Providência” – “os golpes da Providência”. Providência! O que é isso?

Por que destronar da Sua soberania na terra um Deus que vive e governa? Por que substituir um Jeová pessoal, operante, controlador, por uma abstração inanimada e fúnebre?

Se encarássemos as grandes provações como Jó o fazia, isso tornaria o sofrimento suportável: nas horas de dor mais profunda, quando toda a esperança terrena se desvanecia a seus pés, ele viu a mão divina, e não outra. Ele viu aquela mão, atrás das espadas dos sabeus; ele a viu, atrás do fogo; ele a viu, atrás do temporal; ele a viu, no terrível silêncio de sua casa saqueada.

O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!”

Assim, vendo a Deus em tudo, sua fé alcançou o clímax quando este príncipe do deserto, uma vez poderoso, sentou-se sobre a cinza e disse: “Ainda que ele me mate, nele esperarei.”

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 22/04

ADORAÇÃO SÁBIA

 


Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus...” (Eclesiastes 5.2).

Três livros das Sagradas Escrituras possuem autoria atribuída ao rei Salomão. Cada um deles delimita uma fase bem peculiar da história do autor. Impossível dissociar nossas experiências de nossas obras. Sim, todos temos obras. Alguns escrevem livros, outros constroem edifícios, outros abraçam e confortam. Salomão resolveu, além de edificar, escrever.

Em sua juventude nos apresentou Cantares, registro precioso de um coração apaixonado por uma bela moça. Seus sentimentos são arrebatados pelo fascínio, suas palavras entregam-se ao charme. Tempos depois, já crescido, em sua fase adulta, o rei escreve Provérbios, maior compêndio de sabedoria já editado. Lições preciosas de peculiar maturidade.

Por fim, ele produz sua obra mais emblemática. Não estamos mais diante de um jovem apaixonado, tampouco só de um adulto maduro. Salomão agora já possui cabelos brancos, seu rosto está sinalizado pelo tempo, suas memórias são fortes e sua experiência reforçada. Eclesiastes se apresenta como um mapa do homem que percorreu todos os caminhos possíveis da vida, planejou diversas caminhadas, pegou alguns atalhos e, respaldado por sua experiência, convida seus leitores a observar seu percurso. Esse homem nos ensina que adoração a Deus não pode ser de qualquer maneira, tampouco precipitada (Ec 5.1).

Extraído do livreto Cada Dia – 22/04/25

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Estando plenamente convicto

 



Estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera. (Romanos 4.21).

Lemos que Abraão, embora vendo seu corpo já amortecido, não desanimou, porque não estava olhando para si, mas pra o Todo-poderoso.

Ele não vacilou ante a promessa, mas ficou firme, e não se deixou esmagar pela grandeza da bênção a ele prometida; e quanto mais dificuldades surgiam, em vez de fraquejar, ele se fortalecia, robustecendo-se ainda mais; glorificando a Deus por Sua suficiência, e estando “plenamente convicto” de que Ele era não apenas capaz, mas... abundantemente capaz, generosamente capaz, capaz com recursos ilimitados, infinitamente capaz de “cumprir o que prometera”

Ele é um Deus de recursos infinitos. Nós é que somos limitados. O nosso pedir, o nosso pensar e o nosso orar são muito pequenos; nossas expectações são muito limitadas. Ele quer elevar-nos a uma noção mais alta e atrair-nos a uma expectação maior e uma apropriação maior dos Seus recursos. Ah, e trataremos a Deus com descaso? Não há limite para o que podemos pedir e esperar do nosso glorioso El-Shaddai; só uma medida dada para a Sua bênção, e é “segundo o poder que em nós opera”. – A. B. Simpson

Suba à casa do tesouro das bênçãos, pela escada feita de promessas divinas. Com uma promessa, como se fosse uma chave, abra a porta das riquezas da graça e favor de Deus”.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 21/04

ADORADORES DESCANSAM EM DEUS

 



Elevo os olhos para os montes;
de onde me virá o socorro?” (Salmo 121.1).

Um adorador sabe que pode descansar em Deus. As belas palavras do salmista nos inspiram: “É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121.4). Nosso Pai tem cuidado de nós diariamente, sua incomparável graça nos sustém na jornada da vida. Ocorre que, não poucas vezes, nossa jornada pesa, a bagagem fica quase insuportável, o trabalho fica árduo, o coração temeroso. Em momentos de crise, às vezes não nos lembramos do protagonista do Salmo 121.

Sabendo que a maldade humana tentaria nos alcançar, a palavra do Eterno nos aquece: “O Senhor te guardará de todo mal” (Sl 121.7). Ciente de que nossa alma poderia esmorecer em meio às crises, ficando vulnerável, o sábio Senhor revela que: “guardará a tua alma” (Sl 121.7). Sabedor de que teríamos de cumprir horários e que às vezes haveríamos de passar por lugares sombrios e perigosos, ele prossegue: “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre” (Sl 121.8).

Quando estamos prestes a falir, desistir de nossos anseios, ele não permite que nossos pés vacilem (Sl 121.3). Quando estamos necessitados de um lugar de descanso, ele nos dá sua sombra (Sl 121.5). Por isso mesmo ele continua a nos inspirar através do salmista e nos ensina que: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl 121.2).

Extraído do livreto Cada Dia – 21/04/25