Assopra
no meu jardim, para que se
derramem
os seus aromas.
Cântico
4.16
Algumas
das especiarias mencionadas neste capítulo são bastante sugestivas.
O aloés era uma especiaria amarga, e fala-nos da doçura das coisas
amargas, o doce-amargo, que quem já provou, sabe bem quanto agrada
ao paladar. A mirra era usada para embalsamar os mortos, e fala-nos
de morrermos para alguma coisa. É a doçura que vem ao coração
depois que ele morreu para a vontade-própria, o orgulho e o pecado.
Oh,
o encanto inexprimível que paira em torno de alguns crentes,
simplesmente porque trazem no semblante açoitado pela disciplina e
no espírito dulcificado, as marcas da cruz; a santa evidência de
terem morrido para o que uma vez foi orgulho e força, mas que agora
está para sempre aos pés do Senhor. É o encanto celeste de um
espírito quebrantado e um coração contrito, a música que brota de
uma tonalidade menor.
E
ainda, o incenso, com a fragrância que procedia do toque de fogo.
Era aquele pó queimado que se erguia em nuvens de doçura do seio
das chamas. Fala-nos do coração cuja doçura tem-se desprendido
talvez através das chamas da aflição, até que o lugar santo da
alma é cheio das nuvens de oração e louvor. Amado leitor, estamos
nós derramando as especiarias, os perfumes, os aromas suaves do
coração? – The Love-Life of our Lord
Extraído
do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman
15/09
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