O “EU” FAKE

“Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.” (Mateus 23.28). O pastor escocês George MacDonald escreveu: “Metade da miséria do mundo vem de tentar parecer, em vez de tentar ser, o que não é”. Concordo, Jesus chamou de hipócritas os que tentam parecer o que não são. A palavra hipócrita veio de grego e designava apenas um ator, um comediante. Jesus Cristo condenou o falso bom religioso, o devoto fingido. Não devemos pensar que falhar ou errar é hipocrisia, ninguém vive de acordo com tudo o que sabe. A hipocrisia é um engano deliberado, tentando fazer as pessoas pensarem que somos mais espirituais do que realmente somos para obter algum benefício. Isso abrange o conceito de pecado. Pecado não é simplesmente fazer o que é errado. Pecado também é fazer o que é certo com más intenções. Precisamos nos arrepender do mal que cometemos tanto quanto precisamos nos arrepender do bem que praticamos com as motivações erradas. “Existe uma obsessão dentro de nós em conseguir a aprovação das pessoas para rudo o que fazemos, queremos reconhecimento, queremos marcar pontos, provar que nós não somos inúteis.” (Brennan Manning, escritor norte-americano). Para ter a aprovação, somos capazes de criar um personagem, um eu fake, falsificado. Cuidado para não fazer o que for preciso para “parecer bem” diante dos outros. Isso gera mentira, falsificação e hipocrisia. Extraído do livreto Cada Dia – 11/09/19