quinta-feira, 19 de setembro de 2019

QUEM EU SOU

Mas, pela graça de Deus, sou o que sou...” (1 Coríntios 15.10a).

Gosto dessa ideia de não ser definido ou rotulado pelo que as pessoas pensam de mim. Tem gente que só enxerga através das lentes da opinião alheia. Compra, se veste, se comporta, fala, sente, no embalo do que as pessoas vão pensar e dizer sobre ele ou ela. Isso pode escravizar e revelar falta de personalidade. Mas deixar a definição de quem sou sob o próprio julgamento é extremamente perigoso. Diante de uma falha grotesca com consequências amargas, isso pode sepultar minha identidade no túmulo da autopiedade e da autopenitência.
Por outro lado, achar que quem me define sou eu pode gerar uma postura orgulhosa diante dos meus erros, do tipo “eu errei, o problema é meu e não me importo com o que você pensa a meu respeito.” Às vezes as pessoas têm razão sobre quem somos. A autodefinição de quem eu sou pode me colocar na sepultura da autocomiseração ou no pedestal do orgulho.
O Evangelho, por sua vez, é o eixo de equilíbrio que nos mantém distantes dos extremos da soberba e da autocomiseração. É o melhor espelho de nós mesmos. Ele nos faz subir da sepultura da autopiedade e nos faz descer do pedestal da altivez. Ele nos liberta do orgulho farisaico e da autocomiseração depressiva. Por meio do Evangelho aprendemos que somos pecadores salvos pela graça.

Extraído do livreto Cada Dia – 19/09/19

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