terça-feira, 31 de outubro de 2023

SÚPLICA POR AVIVAMENTO

 


... aviva a tua obra, ó Senhor,
no decorrer dos anos...” (Habacuque 3.2b).

Hoje comemoramos o 506º aniversário da Reforma Protestante do século XVI. Foi no último dia do mês de outubro de 1517 que o monge agostiniano Martinho Lutero fixou na porta da igreja do castelo de Wittenberg, na Alemanha, as famosas 95 teses, dando assim início a um intenso movimento em favor da reforma teológica, espiritual, moral e ética da igreja cristã no Ocidente.

Lutero e os demais reformadores não desejavam a criação de denominações, antes, lutaram bravamente para afugentar os grotescos erros doutrinários que infestavam a igreja em seus dias. Os reformadores lutaram pela pureza doutrinária, pela simplicidade do culto, pela valorização de um santo proceder em todas as áreas da vida. O coração da Reforma pode ser apresentado por meio dos seguintes princípios: Somente a Escritura, Somente a fé, Somente a graça, Somente Cristo e Somente a Deus toda glória.

Passados mais de cinco séculos, precisamos suplicar ao Senhor por uma nova Reforma ou, se você preferir, por um novo avivamento espiritual. Vivemos dias difíceis no cenário evangélico nacional. Distorções doutrinárias, superstições, novas formas de comercialização de indulgências, escândalos e indiferença para com a santificação. Necessitamos, com a máxima urgência, suplicar ao Senhor por um vigoroso despertamento espiritual.

Extraído do livreto Cada Dia – 31/10/23

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA

 


...pois teu é o reino, o poder
e a glória para sempre.” (Mateus 6.13c).

Nós cristãos cremos em um só Deus, que subsiste em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Deus todo-poderoso, criador do céu e da terra. Aquele que tem a vida em si mesmo (Jo 5.26), que não pode ser confinado a uma edificação e não depende de nenhuma de suas criaturas (At 17.24,25), que livremente resolveu revelar-se para o total deleite dos que lhe pertencem (Mt 11.27).

Nosso Deus não pode ser comparado aos ídolos pagãos, que são obras das mãos dos homens, imóveis e completamente desprovidos de vida (Sl 115). Nosso Deus é relacional e tem total interesse por tudo que acontece conosco. Ele vê a aflição, ouve o clamor e conhece o sofrimento dos que são seus e age para conceder o livramento e a vitória (Êx 3.6-8). O Senhor trabalha em favor dos que esperam na sua providência (Is 64.10) e jamais retira a sua misericórdia ou remove a sua firme aliança (Is 54.10).

Em face da majestade do Senhor, nossas orações devem expressar sua inigualável grandeza e esplendor. Devemos sempre declarar que seu reino é inabalável e eterno, que seu poder não pode ser comparado a nenhum outro e que sua glória não pode ser ofuscada ou ser compartilhada com qualquer de suas criaturas. O ser de Deus e seus atributos são o maior estímulo à nossa vida de oração. Só o Senhor é Deus! Aleluia!

Extraído do livreto Cada Dia – 30/10/23


domingo, 29 de outubro de 2023

A VIDA DE ORAÇÃO DO ESPOSO

 


... para que não se interrompam
as vossas orações.” (1 Pedro 3.7c).

O correto relacionamento com Deus nos conduz ao adequado relacionamento com o nosso próximo. O amor ao Senhor nos leva a amar ao nosso semelhante (Mt 22.36-40). Muitas pessoas se esforçam por praticar disciplinas espirituais tais como: leitura e meditação de longos trechos das Escrituras, jejuns prolongados, retiros para se dedicar à oração, generosas contribuições para o trabalho missionário e para o exercício da misericórdia.

Contudo, apesar de tais práticas, que são bíblicas, são pessoas ríspidas e grosseiras no trato com os semelhantes. Muitas vezes proferem palavras que ofendem ou dispensam um tratamento caracterizado pelo desprezo e indiferença para com aqueles que estão sob os seus cuidados. Não podemos imaginar que exista uma dicotomia entre nossa vida espiritual e a forma como tratamos as pessoas.

O apóstolo Pedro alerta aos maridos sobre a necessidade de adequado cuidado para com a esposa. Eles devem agir como provedores, protetores e líderes da vida devocional de sua família. Um homem que se identifica como discípulo de Cristo e causa sofrimento à sua esposa, tem suas orações rejeitadas pelo santo e amoroso Deus. Um homem que deseja ser ouvido pelo Senhor precisa tratar bem a sua esposa. Dispensar a ela amor, respeito, atenção e companheirismo.

Extraído do livreto Cada Dia – 29/10/23

sábado, 28 de outubro de 2023

ORAÇÃO E ALTRUÍSMO

 

... orai uns pelos outros...” (Tiago 5.16b).

A prática do egoísmo é um sinal evidente de descompasso com a vontade de Deus, e uma maneira muita eficaz de identificar se pertencemos ao grupo anteriormente mencionado é o conteúdo de nossas orações. Elas muitas vezes se assemelham a uma lista de compras, onde somente os assuntos pessoais são registrados. Não há espaço para as necessidades dos que estão ao nosso redor, dos que estão geograficamente distantes e muito menos para aqueles que são considerados adversários.

O altruísmo é o contrário, sendo uma marca dos discípulos de Cristo. Em nossas orações devemos interceder pelos nossos familiares, vizinhos, colegas de trabalho, da cidade onde moramos, do nosso País e também das demais nações. Ao intercedermos por pessoas amadas, pouco conhecidas e até estranhas, estamos demonstrando empatia e solidariedade.

No exercício da oração intercessória nos afastamos deliberadamente dos nossos interesses e passamos a cuidar dos interesses daqueles por quem intercedemos. Estamos investindo o nosso tempo diante do trono da graça movidos por amor e pelo desejo de que outras pessoas sejam abençoadas por Deus. “Mais bem-aventurado é dar que receber.” (At 20.35), tal princípio também se aplica à oração; não desperdice tão abençoador privilégio, ore em favor do seu próximo.

Extraído do livreto Cada Dia – 28/10/23

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

EM FAVOR DAS AUTORIDADES

 


... a prática... de orações... em favor... de todos
os que se acham investidos de autoridade...” (1 Timóteo 2.1,2).

Creio que a falta de afeição e de entusiasmo para com a maioria das autoridades de nosso País seja algo bem presente no seio da sociedade. Em todas as regiões, camadas sociais, nos mais diversos setores, há desânimo, e não pequena decepção para com parcela significativa dos encarregados de bem servir à população de nossa nação.

Uma autoridade pública precisa ser exemplo de honestidade, de competência, de imparcialidade no cumprimento da lei, do zelo para com o patrimônio público, além de possuir outras tantas qualificações. As informações que diariamente recebemos pelos mais diversos meios de comunicação nos mostram um quadro bem diferente. Os escândalos são constantes e até parece que há uma competição acerca de quem consegue causar maior prejuízo aos cofres públicos.

Apesar de nossas decepções e contrariedades para com significativa parcela das autoridades, não podemos deixar de orar por elas. É nosso dever e privilégio suplicar a Deus que conceda misericórdia para os nossos dirigentes, independentemente de suas predileções políticas ou ações, muitas vezes discriminatórias para com a fé cristã. Não devemos proferir palavras inconvenientes, antes, devemos suplicar ao Senhor todo-poderoso que graciosamente revele aos nossos líderes a salvação em Cristo Jesus.

Extraído do livreto Cada Dia – 27/10/23

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

TRABALHO MISSIONÁRIO

 


...Orai por nós, para que a
palavra do Senhor se propague...” (2 Tessalonicenses 3.1a).

A adoração a Deus que é realizada pelo seu povo deve resultar no impulsionamento do trabalho missionário. Devemos nos empenhar para que mais pessoas conheçam a Deus e ele seja adorado. Quanto maior for a nossa consciência da grandeza e da majestade do Criador, Senhor, Provedor e Redentor dos eleitos, maior será nosso ardor missionário.

Para a realização adequada do trabalho de missões é necessário obreiros vocacionados e bem preparados, apoiadores financeiros para o sustento do campo e perseverantes intercessores. A oração é fundamental para o êxito do trabalho de propagação do evangelho. Jesus ensinou que eles deveriam pedir ao Senhor que enviasse trabalhadores para a sua seara (Mt 9.38). O apóstolo Paulo, experiente missionário, escrevendo aos tessalonicenses, expressa a necessidade das orações por parte de seus filhos na fé.

Não podemos esquecer, um segundo sequer, que o trabalho missionário tem caráter espiritual e requer ferramentas espirituais para sua execução. Apesar de tantas qualificações, o humilde pregador tem de saber que sem a bênção de Deus todo o seu trabalho será em vão. Saber também que será alvo das empreitadas dos terríveis opositores. Portanto, suplica que o povo de Deus, seus irmãos, sejam diligentes na prática da oração em favor do trabalho missionário.

Extraído do livreto Cada Dia – 26/10/23

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

NÃO POSSUI CONTRAINDICAÇÃO

 

Orai sem cessar.” 1 Tessalonicenses 5.17

A vida de oração do servo de Deus deve ser constante, dinâmica e cheia de doce expectativa quanto ao agir do Senhor em resposta às súplicas que lhe foram apresentadas. Um cristão que só ora em dias específicos, locais definidos e em circunstâncias excepcionais, não compreendeu o ensino bíblico sobre a correta utilização do meio de graça que é a oração.

Objetivando afastar um entendimento inapropriado sobre o dever e o privilégio de buscar a face de Deus em oração, o apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes da pujante igreja de Tessalônica, determinou que a prática da oração fosse algo corriqueiro. Ele disse: “Orai sem cessar” (1Ts 5.17). A diretriz apostólica, autoritativa em decorrência de sua origem (1Ts 2.13), precisa ser corretamente interpretada. Ela não significa que o cristão negligenciará suas lícitas ocupações em virtude da execução ininterrupta de uma vida contemplativa.

O ensino visa afugentar a preguiça, o orgulho e a desastrosa ação de viver de forma independente e alheia da vontade expressa de Deus. Não há tema, local, horário ou circunstâncias impeditivas para nos restringir ao exercício da oração. Ela pode ser audível ou silenciosa, longa ou breve, com os olhos abertos ou fechados, em momentos tranquilos ou em meio aos maiores ruídos, de pé, de joelhos, sentado ou deitado.

Extraído do livreto Cada Dia – 25/10/23

terça-feira, 24 de outubro de 2023

O EXEMPLO ARRASTA

 


Tendo-se levantado alta madrugada, saiu,
foi para um lugar deserto e ali orava.” (Marcos 1.35).

Certamente você já deve ter ouvido o ditado popular: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Embora muito conhecido e até mesmo praticado por alguns, a mensagem transmitida não deve fazer parte da vida de alguém que se apresenta como discípulo de Jesus Cristo. Nosso Senhor e salvador, conforme registrado nos evangelhos, sempre rejeitou com ênfase a hipocrisia (Mt 23.13-36).

Hipocrisia pode ser definida como uma postura desprovida de sinceridade e apenas motivada pelo desejo de promoção pessoal. Quando uma pessoa ensina sobre oração, recomenda que as pessoas ao seu redor pratiquem a oração, censura quem não ora e ela mesma não é praticante, podemos acertadamente classificar tal pessoa como alguém hipócrita.

O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos por meio da Oração do Pai Nosso a forma e o conteúdo da oração que agrada a Deus. Ele também incentivou seus seguidores a uma vida de oração. Seu ensino sempre foi ratificado por seu exemplo. Mesmo tendo trabalhado exaustivamente no dia anterior (Mc 1.32-34), lemos que na alta madrugada do dia seguinte ele procurou um local solitário com o objetivo de desfrutar de profunda comunhão com o Pai por meio da oração. O grau de importância que você atribui à oração deve ser aferido principalmente através de suas ações.

Extraído do livreto Cada Dia – 24/10/23

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

A IMPORTÂNCIA DA PERSEVERANÇA

 


Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e
achareis; batei, e abrir-se-vos-á.” (Mateus 7.7).

A perseverança é uma virtude que deve ser cultivada. Ela sempre se fez presente na base dos grandes e arrojados projetos que produziram incontáveis benefícios para a humanidade. Quem a despreza está fadado ao fracasso, à estagnação, a privar-se de conquistas e realizações, de contribuir positivamente para os que estão ao seu redor e também para as futuras gerações.

No que diz respeito às coisas espirituais, não é diferente. No chamado Sermão do Monte, o Senhor Jesus encorajou sua audiência a se portar perseverantemente no exercício da oração. A instrução “pedi...buscai...batei”, deixa claro um movimento crescente e marcado pelo esforço. A prática da oração não pode ser algo esporádico, vago, desinteressado, sem objetivo ou desprovido de expectativa quanto ao agir de Deus.

O empenho de quem orar deve firmar-se na bondade de Deus. Ele conhece com perfeição as necessidades de seus servos e tem prazer em atender a seus filhos. A oração apresentada em conformidade com a vontade de Deus revelada em sua palavra, jamais será rejeitada, antes, soberanamente será respondida conforme o querer santo do nosso maravilhoso benfeitor. Há uma promessa para o perseverante: “pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Mt 7.8).

Extraído do livreto Cada Dia – 24/10/23

domingo, 22 de outubro de 2023

DEPENDENTES DA AJUDA DIVINA

 

... livra-nos do mal...” (Mateus 6.13b).

O cristão possui naturalmente três implacáveis adversários. Isso não significa que outros não possam aparecer ao longo da vida e o número aumentar consideravelmente, porém, sempre serão ramificações ou emissários dos “naturais”. Os três inimigos são: o mundo, o maligno e a nossa velha e corrompida natureza (Ef 2.1-3). Eles atuam para nos afastar da comunhão com Deus por meio do desestímulo a uma vida diária de oração, leitura, meditação e prática da palavra do Senhor.

O mundo tenta nos convencer que seus valores são mais úteis e oportunos para nossa realização pessoal. Satanás, por meio de suas tentações, busca nos conduzir à desobediência da vontade de Deus. Sua estratégia é nos convencer que somos sábios e capazes de tomar as nossas decisões e proceder de forma independente na escolha do que seja melhor para nós. A velha natureza, ou carne, como também é conhecida, clama pela prática do que é extremamente destrutivo (Mc 7.20,21).

Em nossa vida diária devemos manter o padrão de vigilância e oração. Em nossas súplicas devemos rogar ao nosso Pai celestial que nos conceda livramento em meio às investidas dos nossos oponentes. Não devemos ser ingênuos e imaginar que temos em nós mesmos as condições para resistir aos embates. Sejamos humildes e sujeitemo-nos a Deus (Tg 4.7,8a).

Extraído do livreto Cada Dia – 22/10/23

sábado, 21 de outubro de 2023

ORAÇÃO POR PROTEÇÃO

 


... e não nos deixes cair em tentação;” (Mateus 6.13a).

Deus conhece todas as nossas necessidades (Mt 6.8b), porém, determinou em sua palavra que devemos apresentar submissa (Mt 6.10b) e perseverantemente (Mt 7.7) ante o trono da graça tudo o que carecemos. A oração ensinada por Jesus nos instrui a buscar em primeiro lugar os temas relacionados à glória de Deus (Mt 6.9,10), sem negligenciarmos nossas carências físicas e espirituais.

Dentre nossas necessidades espirituais, devemos destacar, com significativa relevância, o agir protetivo de Deus. Não importa quanto tempo temos de convertidos, quantas vezes já concluímos a leitura da Bíblia, quantos livros teológicos já estudamos ou mesmo a denominação a que pertencemos. Todos nós carecemos da proteção de Deus. Não somos suficientes em nós mesmos. 
A última petição é composta de duas partes, e a primeira suplica ao Senhor que não venhamos sucumbir diante das tentações.

Podemos ser provados por Deus (Dt 8.2), porém, jamais tentados (Tg 1.13). A provação tem como objetivo o nosso crescimento espiritual (Tg 1.2,3), já a tentação objetiva nosso enfraquecimento na fé e a ruptura da comunhão com Deus (Tg 1.14,15). Oremos diariamente suplicando a Deus que nos conceda paciência na provação e livramento da tentação. “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Extraído do livreto Cada Dia – 21/10/23

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

PERDOADO PARA PERDOAR

 


... como nós temos perdoado aos nossos devedores;” (Mateus 6.12b).

Ainda na adolescência, escutei o relato de um pastor acerca de uma senhora que frequentava uma igreja evangélica com certa assiduidade. Notando a presença frequente da senhora, o pastor a convidou para se tornar membro, porém, a gentil senhora recusou alegando como razão impeditiva o fato de não poder realizar a Oração do Pai Nosso.

Tendo sua curiosidade despertada pela resposta, o pastor imediatamente perguntou o motivo para que ela não pudesse proferir a oração modelo. Sem titubear ela disse ter sofrido uma traição e não estava disposta a perdoar ao seu ofensor. Que situação lastimável a da pobre senhora! Na oração deixada por Jesus, não só somos ensinados a pedir perdão por nossas faltas, como também somos solenemente alertados sobre a necessidade de perdoar os nossos ofensores.

Todos nós experimentamos decepções com pessoas, sofremos ofensas, somos feridos e magoados, porém, não podemos tornar o nosso coração um depósito de ressentimentos. Não devemos envenenar a alma com recordações amargas. Não podemos permitir que nossa comunhão com Deus seja interrompida por nutrirmos amarguras ou maquinarmos vingança contra quem nos ofendeu. Perdoar aos nossos ofensores é o caminho para uma vida abundante na presença de Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 20/10/23

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

SÚPLICA POR PERDÃO

 


... e perdoa-nos as nossas dívidas...” (Mateus 6.12a).

A oração modelo ensinada por Jesus Cristo apresenta, na seção que trata das necessidades humanas, um pedido da mais alta importância, o perdão das dívidas para com Deus. Pecamos por atos, palavras e pensamentos. Também ofendemos a Deus quando deixamos de praticar o que é correto, o chamado pecado por omissão. “Não há justo, nem um sequer” (Rm 3.10b).

O objetivo da petição é conduzir o suplicante a uma profunda reflexão sobre sua condição diante do Pai. Embora seja filho, tenha experimentado o novo nascimento e sendo portador de uma nova condição de vida, o cristão ainda sofre as consequências da velha natureza. Ele não é perfeito na sua conduta diária e carece humilhar-se diante da face do Senhor e confessar as suas transgressões.

Não podemos nos apresentar diante de Deus numa posição de arrogância e perfeccionismo. Quanto maior for a nossa consciência acerca da santidade do Senhor, maior será nosso senso de indignidade. Devemos nos portar como o publicano da parábola registrada em Lc 18.9-14, que “estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador”. “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13).

Extraído do livreto Cada Dia – 19/10/23

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

SUPRIMENTO DIÁRIO

 


... o pão nosso de cada dia dá-nos hoje:” (Mateus 6.11).

Somos ensinados pelas Escrituras que a glória de Deus é o fim supremo e principal do homem (Rm 11.36). Fica evidente, pela estrutura dos Dez Mandamentos e também da Oração do Pai Nosso, que a glória de Deus precede e é a causa da felicidade humana. Os quatro primeiros mandamentos dizem respeito aos nossos deveres para com Deus, os seis últimos para com o nosso próximo. Na oração modelo as três primeiras petições dizem respeito a Deus e sua glória, as três últimas falam sobre as nossas necessidades.

Discorrendo sobre as necessidades materiais, o Senhor Jesus nos incentiva, por meio da quarta petição, a apresentar a Deus em oração o que há de mais básico para nossa subsistência diária. Devemos suplicar em favor da alimentação, do vestuário, da saúde, da segurança, do emprego e de todos os demais itens necessários para a nossa manutenção.

A súplica: “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje” nos afasta da ansiedade e do egoísmo. À semelhança do sustento proporcionado ao seu povo no deserto (Êx 16.1-21), diariamente Deus tem suprido as nossas necessidades e não precisamos viver atemorizados (Mt 6.25-34). Também somos protegidos da avareza e do egoísmo. Nossa petição alcança nossos interesses e também os interesses do nosso próximo (Hb 13.5). Deus se importa com todas as áreas do nosso viver.

Extraído do livreto Cada Dia – 18/10/23

terça-feira, 17 de outubro de 2023

SEJA FEITA A TUA VONTADE

 


... faça-se a tua vontade,
assim na terra como no céu;” (Mateus 6.10b).

Todo cristão cheio do Espírito Santo tem como objetivo de vida conhecer e obedecer a vontade de Deus. As Escrituras apresentam a vontade do Senhor como “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2c). Podemos afirmar, tendo como base nossa experiência de vida, que excetuando a vontade do Senhor, nem tudo que é bom é, ao mesmo tempo, agradável. Há circunstâncias que, embora momentaneamente agradáveis, têm consequências desastrosas.

Nossa vida de oração não deve ter como objetivo a satisfação de nosso querer pessoal; devemos submeter ao nosso Pai celestial todas as nossas aspirações na certeza de que ele sabe o que é melhor para nosso viver. A oração ensinada pelo nosso Salvador reflete como devemos humildemente nos portar ao apresentar nossas petições. É verdadeira tolice e arrogância imaginar que somos mais sábios que o Deus todo-poderoso.

Por mais difícil e complexa que seja a situação por nós enfrentada, devemos confiar na vontade soberana do nosso Deus. Diante do iminente sofrimento que aguardava o Senhor Jesus, ele confiantemente orou: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres” (Mt 26.39b). Jesus é o nosso melhor e maior exemplo. Façamos então conforme nos ensinou nosso irmão mais velho!

Extraído do livreto Cada Dia – 17/10/23

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O MELHOR REINO

 


... venha o teu reino;” (Mateus 6.10a)

No último dia 6 de maio, o príncipe Charles foi coroado rei do Reino Unido, recebendo na ocasião, dentre outros símbolos do seu reinado, a coroa de St. Edward. A cerimônia de coroação ocorreu na famosa Abadia de Westminster, em Londres. O espetáculo transcorreu em clima festivo e acompanhado por milhões de espectadores ao redor do mundo. Ao término do pomposo ato, todos retornaram para suas atividades exatamente da mesma maneira que chegaram, ou seja, nenhuma transformação substancial ocorreu aos participantes e espectadores.

Antes de sermos redimidos por Cristo Jesus estávamos mortos nos nossos delitos e pecados (Ef 2.1), “separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12). Éramos guiados pelo curso do mundo e gemíamos escravizados pela carne e por Satanás (Ef 2.2).

Aprouve ao Rei dos reis nos salvar mediante o sacrifício perfeito de seu amado Filho, transformando radicalmente o nosso viver e nos tornando novas criaturas (2Co 5.17). Agora não só experimentamos os efeitos do reinado de Deus em nosso viver diário, como também suplicamos que outras pessoas sejam alcançadas pelo poder transformador e restaurador do Soberano Senhor de todo o universo, cujo reinado não teve princípio e jamais terá fim.

Extraído do livreto Cada Dia – 16/10/23

domingo, 15 de outubro de 2023

O FIM PRINCIPAL DO HOMEM

 


... santificado seja o teu nome;” (Mateus 6.9c).

A qualidade do conhecimento bíblico de alguém pode ser avaliada por meio da maneira que esse conhecimento é utilizado. Algumas pessoas gostam de alardear seu pretenso saber teológico através de ação beligerante para com seus semelhantes, vivem fazendo provocações nas redes sociais e buscam notoriedade. Outros, de forma consciente, buscam glorificar a Deus e almejam que seu saber produza adoração ao Pai.

A primeira petição da oração modelo expressa nossa necessidade de receber do alto a ajuda para glorificar ao Senhor, através de nossos pensamentos, atos e palavras. Devemos conduzir o nosso proceder de forma a exaltar ao Senhor. Não importa se nos afazeres domésticos, profissionais, acadêmicos ou sociais, tudo deve ser realizado para a glória de Deus (1Co 10.31)

A santificação do nome de Deus deve ser a nossa prioridade. O assunto que envolve nossos pensamentos, o tema que inflama nosso coração e a motivação principal para nossa atuação onde quer que estejamos. Todo nosso conhecimento deve nos conduzir à obediência do que ensinou Jesus: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33). Quando santificamos o nome do Senhor experimentamos o suprimento de todas as nossas necessidades (Sl 68.19).

Extraído do livreto Cada Dia – 15/10/23

sábado, 14 de outubro de 2023

CREIO EM DEUS PAI, TODO-PODEROSO

 


... Pai nosso, que estás nos céus...” (Mateus 6.9b).

A concepção que temos a respeito de Deus nos desestimula ou nos impulsiona na vida de oração. Se cremos que o Senhor é limitado, inconstante e regido pelas circunstâncias externas, então, não temos real disposição para uma vida intensa de oração. Contudo, se nossa fé está posta naquele que é onipotente, onipresente, onisciente, eterno, imutável e fonte de onde provém o suprimento para todas as nossas necessidades, então nos sentimos encorajados a orar.

A oração modelo nos apresenta os atributos incomunicáveis de Deus, ou seja, seu glorioso poder e majestade através da afirmação: “que estás nos céus”. Não podemos nos aproximar de Deus imaginando que ele sofre qualquer tipo de limitação ou experimenta qualquer necessidade. Não é correto deduzir que Deus é limitado ou carente como o são suas criaturas.

Devemos nos achegar diante de Deus sabendo que para ele nada é difícil ou impossível “porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1.37). Não importa a extensão ou duração dos nossos problemas, nosso Pai celestial deseja que depositemos aos seus pés o nosso fardo e confiemos em seu eterno poder. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8.32).

Extraído do livreto Cada Dia – 14/10/23

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

PAI NOSSO

 


Vede que grande amor nos tem concedido o Pai,
a ponto de sermos chamados filhos de Deus;” (1 João 3.1a).

A oração modelo ensinada por Jesus começa de forma extraordinária ao apresentar que aquele que se dirige a Deus tem plena consciência de sua condição de filho. Fomos adotados por Deus no exato momento em que reconhecemos a Cristo como nosso Senhor e salvador pessoal (Jo 1.12,13). Poder chamar a Deus de Pai é o maior privilégio que uma pessoa pode desfrutar. Nada pode ser comparado ao fato de sermos membros da família de Deus (Ef 1.3-5).

A consoladora verdade que somos filhos do Eterno nos assegura que como Pai misericordioso, o Senhor tem total interesse por tudo o que acontece conosco. Como Deus pessoal e relacional, ele não está indiferente aos nossos conflitos existenciais, nossas lutas e dores. Ele conhece a nossa estrutura, sabe que somos frágeis e carentes. Desfrutamos não somente da bênção de que nossas necessidades são do conhecimento de Deus, temos também a garantia de que ele permanece ao nosso lado, nos protegendo e suprindo todas as nossas necessidades (Sl 23).

Nossa vida de oração deve ser pautada pela gloriosa promessa: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem” (Sl 103.13). Corramos em direção “ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16).

Extraído do livreto Cada Dia – 13/10/23

quinta-feira, 12 de outubro de 2023

ORAÇÃO MODELO

 


Portanto, vós orareis assim...” (Mateus 6.9a).


Você conhece alguém que não consegue expor o que pensa? Que tem dificuldade de se expressar ou possui limitações para a apresentação lógica de suas ideias? Geralmente tais pessoas iniciam um diálogo com determinado assunto e passam para outro sem a finalização do tema inicial. Creio que não seja exagero afirmar que tal experiência não é algo agradável.

Há uma concepção equivocada, porém, muito comum no cenário evangélico, de que a oração que agrada a Deus é uma apresentação de crenças, sentimentos, petições e agradecimentos, oração essa desprovida de qualquer ordem lógica. Segundo os defensores da chamada “espontaneidade espiritual”, qualquer apresentação de estrutura ou forma, para a prática da oração, causaria esfriamento espiritual.

Visando livrar seus discípulos do erro, Jesus ensinou um modelo de oração que deve pautar a vida de seus seguidores. A oração tem de ser direcionada exclusivamente a Deus (Mt 6.9a). Os primeiros assuntos a serem apresentados devem versar sobre a glória do Senhor (Mt 6.9b,10), somente então os assuntos de interesse pessoal devem ser mencionados 
(Mt 6.11-13). O modelo apresentado pelo nosso Salvador não deve ser reproduzido de forma automática e irrefletida, porém, com correta compreensão dos princípios apresentados.

Extraído do livreto Cada Dia – 12/10/23