domingo, 31 de março de 2024

ELIAS, O HOMEM

 


Elias era homem semelhante a nós,
sujeito aos mesmos sentimentos...”
 (Tiago 5.17).

Você já ressuscitou alguém? Já derrotou um exército sozinho? Já fez fogo descer do céu? Todos esses feitos foram realizados pelo profeta Elias. Tiago está afirmando que o profeta era homem semelhante a nós. Como assim? Ora, precisamos entender alguns princípios: 1) Deus usa quem ele quer, a soberania dele é inquestionável. Ao longo da história ele tem levantado pessoas para ministérios específicos; 2) De fato, Elias esteve sujeito aos mesmos sentimentos que nós. Ele teve medo, angústia e depressão. 
Tiago quer ressaltar não apenas a humanidade de Elias, mas também a nossa. Somos gente! Carne e osso. O profeta era um homem justo, porém, não perfeito. Assim como nós. Ele, no entanto, conhecia o ministério da oração. “E orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.” (Tg 5.17,18). 
Precisamos aprender que nossa humanidade não é obstáculo para as orações, e sim combustível. Ao longo da história Deus tem feito coisas extraordinárias a partir de pessoas comuns. Ele continua ouvindo orações de fé e respondendo, conforme sua santa soberania. Guarde essa verdade sagrada: Elias era como nós. Estamos sujeitos às mesmas coisas e, ainda assim, o Senhor quer nos usar.

Extraído do livreto Cada Dia – 31/03/24

sábado, 30 de março de 2024

ELIAS, PARTE DO REMANESCENTE

 


Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.”
 (Romanos 11.5).

A carta aos romanos é preciosíssima para nosso entendimento e fé. Nela, o apóstolo Paulo lembra também do profeta Elias. A razão de tal citação foi para sustentar a firme convicção de que Deus não rejeita o seu povo, a quem de antemão conheceu. Quando o profeta, no apogeu de sua angústia, afirma para Deus que o juízo deve vir sobre Israel, ele usa essas palavras lembradas por Paulo: “Senhor, mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, e só eu fiquei, e procuram tirar-me a vida” (Rm 11.3 e 1Rs 19.10-24). 
Paulo acrescenta a resposta divina: sete mil não dobraram os joelhos diante de Baal. Deus preservou um remanescente. Ao contrário do que pensava Elias, ele nunca esteve sozinho. Você também nunca está ou estará. Elias não era o único remanescente, mas parte deles. A mania exclusivista deve dar lugar para a ampliação da visão. Deus tem feito coisas lindas em lugares que nossos olhos nunca viram. Neste exato segundo o Espírito Santo está agindo em todos os extremos da Terra. 
João, nesse sentido, viu uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro (Ap 7.9). Quantas surpresas existirão no céu! Deus tem reservado para si um remanescente e que, assim como Elias, você possa fazer parte dele.

Extraído do livreto Cada Dia – 30/03/24

sexta-feira, 29 de março de 2024

ELIAS, O REPRESENTANTE

 


E eis que lhes apareceram Moisés
e Elias, falando com ele.” (
Mateus 17.3).

O relato bíblico conhecido como a transfiguração é repleto de gloriosos mistérios. Nosso Senhor foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João. O rosto dele resplandecia como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Muitas lições podem ser tiradas desse evento. Jesus foi previamente consolado (Lc 9.31), pois falavam sobre a partida dele, que estava para se cumprir em Jerusalém. Os discípulos se encantaram com a notável manifestação espiritual e se esqueceram do ministério deles na terra, eis que quiseram preparar três tendas. 
O destaque, no entanto, que aqui nos cabe é o que simboliza cada um deles: a figura de Moisés representa a lei, enquanto a de Elias representa os profetas. Que esplêndida cena espiritual: lei, profeta e a própria graça juntos. A grande verdade de que hoje podemos desfrutar, em pleno entendimento: Jesus é maior do que a lei e maior do que os profetas. 
Quando Pedro apresentou a ideia das tendas, uma nuvem luminosa os envolveu. E da nuvem, o Pai disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.” (Mt 17.5). Como é precioso ler sobre a história do grande profeta Elias! Melhor ainda é discernir que toda Escritura Sagrada aponta para o Senhor Jesus. Portanto, Elias é o representante dos profetas e o Senhor Jesus é o dono de todos eles.

Extraído do livreto Cada Dia – 29/03/24


quinta-feira, 28 de março de 2024

ELIAS, O NOTÁVEL

 


... Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e
outros: Jeremias ou algum dos profetas.”
 (Mateus 16.14).

O Senhor Jesus ia para os lados de Cesareia de Filipe quando resolveu fazer uma pesquisa de opinião: quem o povo dizia ser o Filho do Homem. Tal expressão é messiânica, apontava para o Cristo prometido. Jesus sabia plenamente quem ele era, aprouve-lhe saber o que pensava o povo. Feita a pesquisa, apareceram três nomes, dentre os quais, Elias. 
É comum as pessoas depositarem expectativas em homens que são usados por Deus. Alguns pensavam que depois de tantos milagres, Elias poderia ser o esperado das nações. Ledo engano! Elias sabia quem ele era: o vaso e não o oleiro; o instrumento e não o soberano. Profetas não são deuses. Não depositamos esperança eterna neles. Elias foi um gigante, mas não somos salvos pela obra dele. 
Após as respostas da investigação entre o povo, o Senhor Jesus dirige-se aos seus próprios discípulos. “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.15). Não importa mais a opinião geral, mas a dos discípulos. Não é o que o povo diz, mas o que testemunham aqueles que andam com Jesus. Pedro tomou a vanguarda de todos e respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” (Mt 16.16). Que gloriosa afirmação. Elias foi, de fato, notável, mas quem dividiu a história foi o Senhor Jesus Cristo. A ele glória e honra pelos séculos dos séculos.

Extraído do livreto Cada Dia – 28/03/24

quarta-feira, 27 de março de 2024

ELIAS E ELISEU

 


Então, levantou o manto que Elias lhe deixara
cair e, voltando-se, pôs-se à borda do Jordão.”
 (2 Reis 2.13).

Elias foi um grande profeta. Quando Jesus perguntou aos seus discípulos quem diziam ser o Messias, Elias estava na seleta lista de respostas (Mt 16.14). É ele quem aparece no Monte da Transfiguração ao lado do representante da lei e do autor da graça (Mt 17.3). Seu legado foi misteriosamente lembrado na vida de João Batista, o precursor do Messias. 
O apóstolo Paulo citou o profeta Elias na carta aos Romanos 11.2-4. Da mesma forma, Tiago, no capítulo 5, versículo 17, fundamentou-se no profeta para ser assertivo na necessidade de fervorosa oração. Não pode ser esquecida a citação em Lucas 4.25, palavras do próprio Senhor Jesus. Eliseu também é lembrado em Lucas 4.27, quando Jesus cita o milagre realizado em Naamã, comandante sírio, que foi curado de lepra. 
Para Eliseu, a grande honra da vida foi ser chamado por Deus como sucessor de Elias. Uma transição sobrenatural, unção dobrada, o bastão foi passado em obediência ao Senhor. Ambos terminaram bem, com dignidade no ministério. Eis um grande alerta: começar bem é fácil, terminar bem é desafiador. Elias e Eliseu foram gente como a gente. Qual a grande habilidade? Obedientes e submissos ao Senhor. Ainda hoje Deus está à procura de pessoas para serem usadas por ele. Você está preparado? Podemos aprender com o exemplo dos profetas.

Extraído do livreto Cada Dia – 27/03/24

terça-feira, 26 de março de 2024

PROFETA MORTO, DEUS VIVO

 


... então, lançaram o homem na sepultura de Eliseu;
e, logo que o cadáver tocou os ossos de Eliseu...”
 (2 Reis 13.21).

Deus tem diferentes formas de intervir e agir na experiência humana. Elias foi arrebatado. Eliseu, por sua vez, morreu e foi sepultado. Os profetas bíblicos foram pessoas profundamente usadas pelo Senhor, porém, todos passaram e o Eterno continua. Deus é maior do que todos os profetas. Eles tombam na terra, o Pai Celeste permanece firme. Era chegado o dia da conclusão da obra de Eliseu. 
 O último milagre realizado por Deus através de Eliseu não foi visto pelo próprio profeta. Durante um serviço fúnebre, ao avistarem um bando, algumas pessoas acabaram jogando o corpo de um homem morto na sepultura de Eliseu. Quando o cadáver tocou os ossos do profeta, foi ressuscitado. É evidente que não foi obra de Eliseu, mas sim de Deus. Não há misticismo nisso, há claro sinal milagroso promovido pelo Eterno. 
 A lição que nos apresenta é: você nem sempre verá tudo o que Deus fez por meio de você. Eliseu não poderia imaginar tal ressurreição, ele já não estava vivo para ver. Mas, mesmo assim aconteceu. As promessas de Deus sempre se cumprirão, ainda que não estejamos mais aqui. Alguns propósitos veremos cumpridos diante de nossos olhos; outros, não veremos, mas serão protagonizados pelo Senhor. Eis a lição: mesmo que você não veja, há muito milagre acontecendo. Profetas morrem; Deus permanece.

Extraído do livreto Cada Dia – 26/03/24

segunda-feira, 25 de março de 2024

PORTUNIDADE PERDIDA

 

Então, o homem de Deus se
indignou muito contra ele...”
 (2 Reis 13.19).

Jeoás, rei de Israel, recebeu uma boa orientação de Eliseu. Tal diretriz foi dividida em etapas. Quase todas foram obedecidas. O profeta mandou que o rei tomasse um arco e flechas; assim foi feito. Mandou que o arco fosse esticado, e aconteceu. Determinou que o rei abrisse a janela para o oriente, e assim o fez; e que atirasse, e o governante obedeceu.
Firmes nesse compasso, Eliseu proclamou: “Flecha da vitória do Senhor! Flecha da vitória contra os siros!” (2Rs 13.17). Quando chegou o momento da última orientação do profeta, qual seja “atirar contra a terra”, o rei fez apenas três vezes e cessou. 
O comando era ininterrupto, o rei parou antes da hora. As flechas restantes deveriam ser lançadas ao chão até acabarem. A primeira flecha lançada em obediência, garantiu uma vitória, mas as demais garantiriam a quantidade de vitórias que o Senhor daria.
Jeoás perdeu a oportunidade de fazer mais, de ir mais longe. Todos nós podemos chegar em algum lugar, mas para irmos mais distante ainda precisamos obedecer a cada letra da palavra do Senhor. Muitos sonhos deixaram de ser concretizados por desobediência ou desatenção. Convido você a não perder oportunidades. Mesmo diante de uma vitória, o Senhor tem uma estrada de aprendizado para você. O caminho está repleto de possibilidades, cabe-nos avançar.

Extraído do livreto Cada Dia – 25/03/24

domingo, 24 de março de 2024

CINGIR OS LOMBOS

 


Então, o profeta Eliseu chamou um dos discípulos
dos profetas e lhe disse: Cinge os lombos...”
 (2 Reis 9.1).

Israel e Judá finalmente somavam esforços para resgatar a terra das mãos dos siros. Dentro dos desígnios divinos Jeú precisava ser ungido rei de Israel. O profeta Eliseu comissiona um de seus discípulos para ungir o futuro rei. O destino é Ramote-Gileade, o ambiente é temerário, o perigo está no ar. A ordem de Eliseu para o encarregado da missão foi: cingir os lombos.
O verbo cingir indica rodear, circundar, usar ao redor de uma parte do corpo. Nos tempos bíblicos, as roupas eram leves e bem largas. Quando um cinturão envolvia a cintura, criava-se uma notória facilidade para correr e batalhar. Assim, evitavam-se quedas. Cingir os lombos é enunciação comum nas Escrituras, por exemplo: Pv 31.17, Jr 1.17, Lc 12.35 e Ef 6.14.
O teólogo inglês John Wycliffe, no célebre Dicionário Bíblico, afirma que a expressão vem da necessidade de juntar na cintura a longa e flutuante veste dos orientais antes de participar de qualquer esforço ou atividade. As palavras de Eliseu podem também ser traduzidas como: “Ponha a capa por dentro do cinto” (NVI), “apronte-se” (NTLH), “prepare-se (NAA). 
A direção é: esteja pronto. Esse convite se estende a você: busque a palavra de Deus e prepare-se para as batalhas da vida. Em Cristo somos mais que vencedores (Rm 8.37), então, é tempo de cingir os lombos e avançar com fé.

Extraído do livreto Cada Dia – 24/03/24

sábado, 23 de março de 2024

IMPIEDADE

 


Olhou Eliseu para Hazael e tanto lhe fitou
os olhos, que este ficou embaraçado...” 
 (2 Reis 8.11).

Os dicionários definem o ímpio como aquele afastado dos valores da retidão. Impiedade, portanto, é sinônimo de incorreção e crueldade. A natureza humana, em razão do pecado, é tendenciosa ao censurável. As Escrituras Sagradas afirmam categoricamente que “todos pecaram e carecem da glória de Deus...” (Rm 3.23). Tal lógica vale para todas as camadas da sociedade, sem distinção. Existem governantes impiedosos, Ben-Hadade, rei da Síria, foi um retrato disso.
Quando, no entanto, uma doença o atinge, ele procura o profeta Eliseu, manda presentes e clama por alguma ação. Hazael, oficial do rei, foi o interlocutor dessa conversa. Eliseu disse que o rei seria sarado, porém morreria. Outra profecia foi que Hazael seria o próximo rei. Como toda relação ímpia impõe deslealdade, o oficial decidiu antecipar a morte do seu chefe. Sufocou o rei até o falecimento.
Traição e deslealdade são decorrências da reiterada prática ímpia. Por piores que sejam as ações, um dia a conta chegará. Ao longo da história, muitos reis subiram e desceram do trono, Deus continua intacto. Muitos palácios foram erguidos e derrubados, o céu continua resoluto. É tempo de pregarmos arrependimento, porque “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm. 6.23).

Extraído do livreto Cada Dia – 23/03/24

sexta-feira, 22 de março de 2024

DIA DE RESTAURAÇÃO

 


... Faze restituir-se-lhe tudo quanto era
seu e todas as rendas do campo...”
 (2 Reis 8.6).

A mulher que generosamente acolhia Eliseu em Suném volta à cena das escrituras bíblicas. Dessa vez para ser alertada pelo profeta que haveria sete anos de fome na terra. Nem sempre os profetas falam o que o povo quer ouvir. A profecia não era de abundância, mas de escassez. “Levanta-te, vai com os de tua casa e mora onde puderes...” (2Rs 8.1). Essa foi a ordem que a mulher acatou. Às vezes vamos para onde queremos, outras para onde podemos.
Ultrapassado o período da fome, a mulher volta e clama por sua casa e terras. Paralelo a esse pedido, Geazi contava ao rei os feitos de Eliseu, inclusive sobre a ressurreição do filho da sunamita. Foi quando imediatamente ela entrou, alcançando o respeito do rei. Como não acreditamos em coincidência, só pode se tratar de divina providência. O rei, então, determinou que fossem a ela devolvidas todas as terras e as rendas obtidas.
A sunamita experimentou a restauração. Não apenas resgatou o que tinha, mas também o que deixou de ganhar desde que saiu das terras. Eis a lição: ninguém fica em prejuízo por obedecer ao comando de Deus. O Senhor é generoso e justo. Quem serve ao Eterno, embora não tenha imunidade às crises, tem garantias para o futuro. Que Deus reserve para você dias de restauração, portanto, obedeça sempre a palavra dele.

Extraído do livreto Cada Dia – 22/03/24

quinta-feira, 21 de março de 2024

DIA DE BOAS NOVAS

 


Então disseram uns para os outros: Não
fazemos bem; este dia é dia de boas-novas...”
 (2 Reis 7.9)

Samaria, a capital do reino do norte de Israel, estava cercada, o impiedoso exército dos siros não permitia que nada ou ninguém saísse ou entrasse. Caos e miséria definem esse momento da história. Na entrada da porta da cidade, o texto bíblico lança luz sobre quatro homens. As Escrituras não declinam os nomes, mas sim a condição: leprosos. Um diálogo entre eles é estabelecido, a pauta era a vontade de viver.
“Para que estaremos nós aqui sentados até morrermos?” (2Rs 7.3). Essa é a direção do coração deles. Estavam doentes e famintos, porém, com um inquestionável gosto pela vida. Tiveram a ideia de ir até o arraial dos siros. Se entrassem na cidade, morreriam de fome. Se ficassem parados, seriam capturados. Decidiram, então, avançar. Deus, por sua vez, honrou a esperança daqueles homens e produziu um grande ruído que afugentou os siros.
Quando os leprosos chegaram no arraial, já sem perigo, eles se fartaram, encontraram prata, ouro e vestes. Ao irem embora, a consciência foi tomada por um prenúncio do Evangelho. Estavam alimentados, mas o povo em Samaria estava faminto. Lembraram-se que aquele era um dia de boas-novas e foram anunciar que havia suprimento para todos. Eis o nosso papel: não guardar a provisão divina de forma egoísta, mas proclamar para o mundo inteiro que o Pão da Vida está entre nós.

Extraído do livreto Cada Dia – 21/03/24

quarta-feira, 20 de março de 2024

OLHOS ABERTOS

 


Orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te
que lhe abras os olhos para que veja.”
 (2 Reis 6.17)

A guerra do rei da Síria contra Israel estava intensa, as estratégias de guerra eram astutas. No entanto, o Senhor sempre avisava Eliseu qual era o cronograma dos sírios e, assim, o rei de Israel era alertado. O líder da Síria chegou a pensar que havia um traidor em seu próprio exército, pois o vazamento de informações era enorme. Quando disseram que, na verdade, Eliseu era o grande informante, o rei da Síria mandou prendê-lo.
O profeta estava em Dotã e para lá, o rei inimigo enviou cavalos, carros e fortes tropas. A cidade foi totalmente cercada com alto poderio bélico. O auxiliar de Eliseu entrou em desespero. De fato, era impossível saírem dali livres, as forças inimigas eram inigualáveis. É nesse momento que Eliseu encoraja seu discípulo: “Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.” (2Rs 6.16).
Como assim? É visivelmente lógico que eles estavam em franca desvantagem. Eliseu e seu moço eram presas fáceis. Trata-se, porém, da visão espiritual. Os olhos do moço precisavam ser abertos para contemplar as realidades sobrenaturais. Havia ao redor de Eliseu cavalos e carros de fogo enviados pelo Senhor. Precisamos decidir se vamos confiar na visão humana ou na visão celestial. Que você tenha olhos abertos para perceber o agir de Deus hoje e sempre.

Extraído do livreto Cada Dia – 20/03/24


terça-feira, 19 de março de 2024

O MACHADO FLUTUANTE

 


... então Eliseu cortou um pau, e
lançou-o ali, e fez flutuar o ferro.”
 (2 Reis 6.6).

Eliseu investiu seu ministério na formação de discípulos, ele liderava escolas de profetas. Houve expressivo crescimento na atuação acadêmica e o diagnóstico dos alunos foi: “eis que o lugar em que habitamos contigo é estreito demais para nós.” (2Rs 6.1). Surge a necessidade de expandir. Não devemos nos acostumar com o aperto. Os aprendizes poderiam ficar acomodados, mas propuseram avançar.
Com um belo trabalho em equipe, cortaram madeira, tomaram vigas para o início da construção. Um dos alunos, porém, enquanto derribava um tronco, deixou o machado cair na água. Surge o desespero: o machado era emprestado. Não apenas o instrumento de trabalho foi para o fundo do rio, como ficou notório o prejuízo. Já pensou perder algo emprestado? Já aconteceu com você? Não é a melhor sensação.
Perder o machado significava eliminar o elemento essencial para dar sequência ao projeto de expansão. Algumas perdas ocorrem enquanto estamos envolvidos em empreitadas dignas e justas. Para nós, crentes no Senhor, há um elemento extra: o sobrenatural. Eliseu perguntou onde caiu o machado, cortou um pau, lançou-o ali e fez flutuar o ferro. Contrariando a lei da física, o machado é recuperado e o projeto segue. Nos propósitos da vida convido você a deixar espaço para milagres acontecerem.

Extraído do livreto Cada Dia – 19/03/24

segunda-feira, 18 de março de 2024

MERGULHOS DIVINOS

 


Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes,
consoante a palavra do homem de Deus...”
 (2 Reis 5.14).

Quando Jesus pregou em Nazaré, afirmou que “havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.” (Lc 4.27). De fato, um milagre protagonizado por Deus, através do profeta e da menina israelita que servia a esposa do comandante. O soberano Senhor sempre desenha formas para alcançar você.
Quando Naamã conseguiu acesso a Eliseu, o mensageiro do profeta disse: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo” (2Rs 5.10). O enfermo, porém, ficou indignado, pois esperava que o profeta simplesmente usaria as mãos e efetivaria a cura. A história se repete: muitos querem definir o modo de Deus agir. No entanto, o Senhor não está reduzido a métodos e formas, ele age como e quando quer. Inquestionável é a soberania divina.
Havia no comandante traços de orgulho, recusava-se a mergulhar no Jordão, ao julgar que Abana e Farfar, rios de Damasco (Síria), eram melhores do que as águas de Israel. Nada obstante, convencido pelos seus auxiliares, resolveu efetuar os sete mergulhos, afogou seu orgulho e ficou curado. Quão divinos foram aqueles mergulhos, quão poderoso é o Deus de Israel. Ele age de múltiplas formas, cabe a nós a humildade de obedecer aos comandos divinos.

Extraído do livreto Cada Dia – 18/03/24

domingo, 17 de março de 2024

A MENINA E O DIVINO

 


... e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.”
(2 Reis 5.2).

As enfermidades podem chegar em qualquer lar. Naamã era comandante do exército de Ben-Hadade II, rei da Síria. Mesmo sendo o segundo na escala do poder, o oficial foi acometido de lepra – doença terrível e incurável nos padrões da época. Havia, no entanto, em sua casa uma menina israelita que servia sua esposa. Essa moça, cujo nome não sabemos, tinha sido capturada na guerra. Lamentavelmente presa por fora, mas gloriosamente livre por dentro.
Convicta do poder do Deus de Israel e da autoridade do profeta Eliseu, disse ela à sua senhora: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.” (2Rs 5.3). Essa simples frase carregou notória compreensão de fé e dividiu a história de Naamã. Deus usa os anônimos. Aqueles que a sociedade despreza são profundamente amados pelo Senhor.
Dentro dos desígnios divinos, Deus usa pessoas – de diferentes histórias, condições e lugares. Precisamos notar algo: o que tinha essa menina para ser levada a sério? Pouca idade, estrangeira e cativa: um prato cheio para o descrédito. Porém, ao se pronunciar, imediatamente Naamã foi providenciar o que a menina havia dito. Resposta: essa menina foi instrumento de Deus e totalmente sensível à voz dele. Seja também assim. O Senhor quer usar você como resposta para este mundo.

Extraído do livreto Cada Dia – 17/03/24

sábado, 16 de março de 2024

FARTURA DIVINA

 


Então, lhos pôs diante; comeram, e ainda
sobrou, conforme a palavra do Senhor.”
 (2 Reis 4.44).

Deus sempre foi especialista em alimentar seus filhos. Desde sempre ele é perito na arte de multiplicar. Nas páginas do Novo Testamento isso ficou muito claro para todos. A primeira multiplicação dos pães e peixes (Mc 6.30-43) foi no território de Israel; a segunda, em ambiente gentio (Mc 8.1-10). Na primeira, havia lugar próximo que, segundo os discípulos, quem quisesse poderia comprar algo para comer. Na segunda, o deserto era implacável.
Engana-se quem pensa que relatos de provisão alimentar ocorreram apenas no conteúdo do Novo Testamento. Nas linhas do Antigo Testamento, Deus também usou Eliseu para tal feito. Um homem procurou o profeta oferecendo vinte pães e espigas verdes. Porém, precisavam ser alimentados cem homens. Humanamente impossível. O cenário seria a escassez. Geazi, servo de Eliseu, se desespera: “Como hei de eu pôr isso diante de cem homens?” (2Rs 4.43).
O apóstolo André, diante dos cinco pães e dois peixes, teve a mesma inquietação: “mas isto que é para tanta gente?” (Jo 6.9). 
A natureza humana é inquieta. A tendência de esperar pelo pior por vezes preenche o coração. No entanto, fundamentados na lógica do céu, percebemos que Deus alimenta seu povo desde sempre. Ontem, hoje e sempre contamos com a fartura divina. O Senhor, vale a pena repetir, é especialista em provisão.

Extraído do livreto Cada Dia – 16/03/24


sexta-feira, 15 de março de 2024

MORTE NA PANELA

 


...Tira de comer para o povo. E já
não havia mal nenhum na panela.”
 (2 Reis 4.41).

Existem momentos em que os dissabores da vida nos alcançam enquanto buscamos atividades necessárias para subsistir. 
A aflição não chega apenas quando a direção está equivocada. No caminho certo também há dores. Eliseu está em Gilgal, havia fome naquela terra e seus discípulos precisam se alimentar. O caminho naturalmente lógico é buscar mantimentos e preparar uma refeição. É exatamente isso o que o profeta determina. Saciar a fome é digno e necessário.
Foi feito um caldo a partir de uma planta silvestre. Aconteceu que “Enquanto comiam do cozinhado, exclamaram: ‘‘Morte na panela, ó homem de Deus! E não puderam comer.” (2Rs 4.40). Muitas vezes o ser humano é envenenado enquanto procura as coisas básicas da vida. Precisamos tomar todo cuidado. Uma informação é importante e está no final do versículo 39: “visto que não as conheciam”.
Isto é, eles não conheciam a planta, mesmo assim colocaram na panela. Precisamos aprender a discernir, avaliar e verificar. “Com a sabedoria edifica-se a casa, e com a inteligência ela se firma” (Pv 24.3). Felizmente Eliseu, guiado pelo Senhor, interrompeu o ciclo da morte ao colocar farinha (que eles bem conheciam) na panela. Fica a grande lição: não se alimente de fontes desconhecidas. Com o intuito de matar a fome, o homem pode acabar morrendo.

Extraído do livreto Cada Dia – 15/03/24

quinta-feira, 14 de março de 2024

GENEROSIDADE EM SUNÉM

 


Disse-lhe o profeta: por este tempo,
daqui a um ano, abraçarás um filho.”
 (2 Reis 4.16).

Eliseu passava por Súnem, quando foi alvo da generosidade de uma família. A mulher sunamita sempre preparava para ele uma refeição. Em acordo com seu marido, organizou para o profeta um cômodo para hospedagem sempre que ele desejasse. Deus sempre levanta pessoas com desprendimento e benevolência para abençoar seus filhos. Um belo dia Eliseu disse ao seu auxiliar Geazi: “chama a sunamita” (2Rs 4.12). Esse dia mudou de vez a história dessa família.
Um ambiente recheado de generosidade sempre é propício para milagres. Aquela mulher não tinha filhos, embora quisesse muito ter. Eliseu, usado por Deus, garantiu que no período de um ano ela estaria abraçando um neném. Dito e feito. No entanto, a fé não afasta os desafios. Pelo contrário, ela ajuda a superar. Tendo crescido o menino, adoeceu e morreu nos braços da mãe. Tragédias não respeitam calendário.
O desespero toma conta da família. O contato com o profeta, no entanto, permanece. Eliseu envia Geazi e nada foi resolvido. Quando o profeta vai pessoalmente ao encontro da família enlutada, o milagre acontece. O toque de Deus alcançou aquela vida, que foi devolvida à generosa mãe. O poder de Deus não está limitado a dar ou retirar vida, ele pode reavê-la. Ele é o dono da vida. Que as obras gloriosas do Senhor continuem alcançando famílias.

Extraído do livreto Cada Dia – 14/03/24

quarta-feira, 13 de março de 2024

O MILAGRE DA PROVISÃO

 


... vai, vende o azeite e paga a tua
dívida; e, tu e teus filhos, vivei do resto.”
 (2 Reis 4.7).

A viúva do aluno da escola de profetas de Eliseu tinha um testemunho claro sobre o falecido: “tu sabes que ele temia ao Senhor”. Aquele homem deixou a família sem recursos financeiros, no entanto, deixou um legado de fé. Quem teme ao Senhor tem garantias. É certo que nossos lares precisam da providência do Senhor. O que fazer quando a única alternativa é a provisão do alto?
Primeiro, avalie o que você tem hoje (vs 2). Podemos não ter dinheiro, mas ter força. Podemos estar sem força nos braços, mas com raciocínio. Em vez de focar no que não tem, foque no que tem. Segundo, entenda que o milagre está na vivência comunitária (vs 3). Não se isole, nem tenha medo de pedir ajuda. Toda multiplicação tem um ponto de partida: a dela era uma porção de vasilhas vazias que ela mesma não tinha, mas seus vizinhos, sim. A medida do milagre é avaliada pela quantidade de vasilhas alcançadas.
Terceiro, feche a porta (vs 4 e 5). Os filhos precisam conhecer a realidade, não adianta maquiar ou esconder. Não é não. 
A providência de Deus vem quando fechamos a porta para o supérfluo, o consumismo, a indiferença. Há muita gente buscando os milagres de Deus porta afora, quando ele tem muito para nos dar porta adentro. Ao cumprir os princípios da palavra de Deus viveremos o milagre da provisão.

Extraído do livreto Cada Dia – 13/03/24

terça-feira, 12 de março de 2024

MANANCIAL

 


Então, saiu ele ao manancial
das águas e deitou sal nele...”
 (2 Reis 2.21).

No extraordinário milagre de transformação das águas de Jericó, Eliseu pediu um prato novo e sal. É muito importante notar qual foi o direcionamento de Deus por meio do profeta: o conteúdo foi lançado no manancial das águas. Não foi onde o rio deságua, tampouco em uma foz. Foi onde ele nasce. Eis uma preciosa lição: para tratar as amarguras da vida, precisamos visitar a origem. O sal foi derramado do prato, direto na nascente.
O ser humano passa muito tempo administrando consequências, porque não trata os problemas na raiz. Aliás, é mais fácil gerir repercussões do que encarar a fonte das demandas. Trata-se do paliativo. Isto é, aquilo que não resolve, somente atenua. Na história humana a origem de toda desordem tem nome: pecado, “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus...” (Rm 3.23). Encarar esse fato requer quebrantamento, humildade e persistência.
É evidentemente menos custoso passar a vida sem encarar a origem das nossas tribulações, quer sejam familiares, profissionais ou espirituais. Porém, não há resultado sem um olhar honesto para o passado. Precisamos ir ao manancial das águas, pedir ao Espírito Santo que nos conceda arrependimento e discernimento. Eliseu foi sábio, encarou a nascente do problema e, assim, “ficaram saudáveis aquelas águas” (2Rs 2.22).

Extraído do livreto Cada Dia – 12/03/24

segunda-feira, 11 de março de 2024

PRATO NOVO E SAL

 


Ele disse: Trazei-me um prato novo
e ponde nele sal. E lho trouxeram.”
 (2 Reis 2.20).

Eliseu foi usado por Deus para tornar saudáveis as águas amargas de Jericó. O profeta foi procurado por homens da cidade que informaram que, apesar de ser ela bem situada, as águas eram más e a terra estéril (2Rs 2.19). Esse é um diagnóstico atual, quando o que é interno difere do que é externo. Por fora, uma cidade bem localizada, por dentro, amargura. Isso pode acontecer com cidades, países e, claro, com pessoas. A resposta de Eliseu apresentou uma receita milagrosa.
Primeiro, ele pediu um prato novo. Milagres seguem novidade de vida. Deus faz coisas inéditas. O prato do milagre não pode ter sido usado antes. Fomos chamados para andar em “novidade de vida” (Rm 6.4). O Senhor Jesus nos abriu um “novo e vivo caminho” (Hb 10.20). Quem está em Cristo nova criatura é, tudo se fez novo (2Co 5.17). Deus tem milagres novos para seus filhos.
Segundo, nesse prato precisa ser colocado sal. As ofertas de alimentos naquele tempo deveriam ser temperadas com sal 
(Lv 2.13). Sal é sinônimo de gosto, de conservação, de substância. Jesus disse: “vós sois o sal da terra” (Mt 5.13). Paulo disse: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.” (Cl 4.6). Que a nossa vida seja uma caminhada de milagres, com novidade e muito gosto por viver.

Extraído do livreto Cada Dia – 11/03/24

domingo, 10 de março de 2024

SUCESSO E SUCESSOR

 


Havendo eles passado, Elias disse a Eliseu:
Pede-me o que queres que eu te faça...”
 (2 Reis 2.9).

Não existe sucesso sem sucessor. Pais educam seus filhos na expectativa da continuidade digna da descendência familiar; mestres investem em seus discípulos para que esses formem novos discípulos; grandes empreendedores formam aqueles que vão substituí-los nos cargos quando chegar a hora da aposentadoria. Uma das marcas do êxito familiar, ministerial ou profissional é conseguir formar pessoas, transmitir valores, estabelecer sucessores.
Deus é perito nisso. Com a conclusão, de forma gloriosa, do ministério de Elias, o próprio Senhor indicou o sucessor: Eliseu. A carreira de um ser humano não é um fim nela mesma. Imprescindível é a continuidade. Um planta, outro rega, mas Deus concede o crescimento. Elias, sabedor de seu dever de preparar um sucessor, pergunta a Eliseu o que ele quer. 
O pedido é audacioso: porção dobrada.
A resposta de Elias traz consigo uma grande lição. Ele informa a dureza do pedido. “Dura coisa pediste”, são as palavras do experiente profeta (2Rs 2.10). Isso porque quanto maior o poder, maior a responsabilidade. Quanto maior a porção, maior o nível de exigência. Todo bônus carrega em si um ônus. Assim como não há sucesso sem sucessor, não há porção abundante sem suor. Investir em pessoas e conscientizá-las da responsabilidade de viver é tarefa fundamental.

Extraído do livreto Cada Dia – 10/03/24

sábado, 9 de março de 2024

PEDIDO DESCONSIDERADO

 


... e Elias subiu ao céu
num redemoinho.” (
2 Reis 2.11)

Elias e Enoque formam uma lista muito seleta das Escrituras Sagradas: foram para o céu sem experimentar a morte. Gênesis 5.24 informa que “Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.” Em 2 Reis 2.11 está relatado que um carro de fogo, com cavalos de fogo, separou Eliseu de Elias e este subiu ao céu num redemoinho. Que extraordinário privilégio para o profeta Elias encerrar dessa forma seu ministério.
Há um detalhe que precisa ser destacado. Houve um momento da vida de Elias em que ele pediu para morrer. A súplica agonizante do profeta foi: “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.” (1Rs 19.4). Já pensou se Deus tivesse atendido ao pedido de Elias? A trajetória de vida dele teria sido frustrada. Soberano e sábio, o Senhor desconsiderou o pedido de Elias.
Ainda bem que existem orações que fazemos e Deus desconsidera. Elias continuou vivendo, exercendo seu propósito e – no final – o Eterno, de forma extraordinária, o leva para as mansões celestiais sem abraçar a morte. Elias foi arrebatado, portanto não morreu. O pedido dele, fruto de antiga angústia, foi desconsiderado por Deus. Saiba que muitas de nossas orações não são atendidas em razão da graça de Deus e do fato de que ele sabe o que é melhor para nós.

Extraído do livreto Cada Dia – 09/03/24

sexta-feira, 8 de março de 2024

DEUS DOS MONTES E DOS VALES

 


Porquanto os siros disseram: O Senhor
é Deus dos montes e não dos vales...”(1 Reis 20.28).

Os siros acharam que o poder de Deus estava limitado a um tipo de lugar, imaginaram que mudando o território da batalha, a vitória seria certa. O Eterno provou que não. A história se repete hoje: alguns creem apenas no Deus dos montes. Naquele tempo, sem aviões e arranha-céus, o mais alto que as pessoas chegavam era nos montes – símbolo de grandeza. Hoje, muitos só possuem devoção à figura divina dos grandes prodígios, tratam Deus como um ser que só se mantém no cargo enquanto garantir sucesso e esquecem que ele também cuida de detalhes.
Alguns lembram de Deus apenas nos vales. Vivem sem Deus enquanto a dor não chega. Para esses, a experiência de fé é relevante apenas para o vale da sombra da morte. O ser divino se torna uma espécie de escape infantil para demandas graves, sobretudo emocionais. Quando tudo vai bem, não se lembram de Deus. Quando o primeiro problema chega, as orações voltam ao lar.
Nosso Deus está nos montes e nos vales. Ele é Deus nas crises e nas oportunidades; no salão de festa e no leito de UTI; nos ganhos e nas perdas; na casa cheia de amigos e na casa tomada por credores. Que Deus nos conceda essa fé́ – que aprendamos a conviver com altos e baixos e que nos lembremos que a experiência espiritual não é escudo de conveniência, mas sim armadura de sobrevivência.

Extraído do livreto Cada Dia – 08/03/24