“serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso.” (2 Coríntios 6.18). Crescemos demais! Sei que essa parece ser uma afirmação um tanto sem sentido, mas é a mais pura verdade. Estamos tão envolvidos no mundo das responsabilidades, dos compromissos profissionais e das demandas como pais e, com isso, acabamos esquecendo que também somos filhas e filhos de Deus. Enganados pelo chamado adulto implacável da vida acelerada, não tomamos mais tempo para nos aquietar no colo do Pai e, simplesmente, estar com ele em comunhão, desfrutando da sua doce presença. Deixamos o nosso coração endurecer (afinal, já somos grandes) e ele já não é capaz de pulsar forte em exultante adoração a Deus. O olhar embaçado com cataratas de ingratidão já não nos permite saltar de alegria diante das belezas da criação e do amor do Criador expresso em cada detalhe. Ah, Senhor, restaura em nós a alma terna da criança que se deleita na companhia de seu pai. Queremos ser como o bebê que, aquietado e alimentado, descansa em paz, no seio de sua mãe. Lindamente diz o francês Michel Quoist em seu poema: “Em meu céu só haverá olhares de cinco anos, pois não conheço nada mais belo que um olhar puro de garoto. Nada disto espanta, diz Deus, habito neles e sou eu quem me debruço à janela da alma deles.” Por toda vida, até bem velhos, sejamos como crianças diante do Pai! Extraído do livreto Cada Dia – 27/11/24 |
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