“...nem
haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe e, por meio
dela, muitos sejam contaminados”
(Hebreus 12.15).
A
mágoa é a ira congelada. Há pessoas que não explodem diante das
tensões da vida e dos conflitos de relacionamentos, mas armazenam os
ressentimentos no porão da memória. Não jogam estilhaços nos
outros, mas acomodam essas farpas no próprio coração. Com o tempo
vai nascendo dentro do coração uma raiz de amargura e esses
sentimentos nocivos azedam a alma, perturbam a pessoa, e acabam
contaminando quem está à volta.
A
mágoa é a ausência de perdão. A mágoa adoece física, emocional
e espiritualmente, pois quem não perdoa não tem paz. A mágoa
escraviza. Quem guarda mágoa torna-se escravo da pessoa desafeta.
Quem não perdoa vive no cárcere do ressentimento. A mágoa promove
a autodestruição. É como beber um copo de veneno, pensando que o
outro é quem vai morrer. Ferimo-nos
a nós mesmos quando nutrimos mágoa no coração.
A
única porta de escape para esse mal é liberar o perdão. É
espremer todo o pus da ferida. É arrancar essas farpas envenenadas
do coração. O perdão cura, liberta e restaura. O perdão é maior
do que a mágoa. O perdão é a assepsia da alma, a faxina da mente,
a alforria do coração. O perdão restaura nosso relacionamento com
Deus e com o próximo.
Extraído
do livreto Cada Dia –
24/03/18
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