sexta-feira, 30 de abril de 2021
DESÇA MAIS A SUA ÂNCORA
“Então o Senhor deu-lhe a seguinte resposta: “Seu herdeiro não será esse. Um filho gerado por você mesmo será o seu herdeiro” Gênesis 15.4
Deus confirma! “Abraão, tudo o que eu disse é verdade. Não menti, não me esqueci de você nem de minhas promessas. Confie em mim.” Abraão não enxerga Deus agindo para cumprir o prometido. Mas o fato de não ver Deus agindo não significa que ele não se mova. Vencer o medo e as decepções depende de confiar no que Deus disse, mesmo que as circunstâncias apontem o contrário. Confiar no caráter de Deus é como fincar a âncora no fundo do mar em meio às tempestades. Ela mantém você firme.
Onde você lança a âncora neste momento? Dinheiro, prazer, família. Tudo é circunstancial; tudo é água. E se a âncora não chegar ao fundo, a sua embarcação será varrida e você viverá com medo. A única maneira de ter vitória sobre o medo é fincando a âncora em algo que não é passageiro, ou que não é água. E não existe nada, nem ninguém que possa lhe oferecer isso, a não ser Deus.
Você pode ancorar sua vida e esperança nele. Abraão creu. Ele confiou o seu futuro a Deus a despeito de todos os obstáculos. Desça a sua âncora mais profundamente. Você entende por que não precisa ter medo? Sabe por que você pode confiar que ele é seu escudo? Seu fiel protetor? Sabe por que você pode baixar mais profundamente a sua âncora? Porque Deus já provou o quanto ele o ama na morte e na ressurreição de seu Filho Jesus Cristo. Portanto, ouse confiar!
Extraído do Livreto Cada Dia - 30/04/21
quinta-feira, 29 de abril de 2021
DECEPCIONADO COM DEUS
“Mas Abrão perguntou: “Ó Soberano Senhor...Tu não me deste filho algum! Um servo da minha casa será o meu herdeiro!” (Gênesis 15.2,3).
O que acontece no coração de Abraão depois de Deus dizer que é o escudo dele? Foi a injeção de ânimo que precisava para curar a angústia? Não! Ele continua decepcionado com a demora. Deus prometeu a ele que seus descendentes seriam tão numerosos quanto o pó da terra e que trariam bênção para o mundo. Mas, ele acabou de sair da guerra, tem esposa estéril e ambos são octogenários. A falta de filhos era encarada como juízo de Deus.
Abraão está decepcionado. E o projeto de Deus de restaurar o mundo através da sua descendência? Deus mudou de idéia? Por que Deus? Abraão é comprometido com Deus, deixou tudo confiando na promessa de Deus. Mas a demora o esmaga. Ele parece inconsolável. Quem nunca viveu isso: “Por que estou passando por essa crise e o Senhor não faz nada?” Como diz o escritor norte-americano Brennan Manning, quando não conseguimos ouvir nada além do som da agonia, nenhuma palavra, por mais sincera, é suficiente para proporcionar consolo.
Por um lado, é pedagógico ver Abraão em crise. Ele é o pai da fé. A fé do pai da fé foi forjada na fornalha da decepção. Na nossa jornada vamos nos deparar com períodos de grande medo e decepção. Deus acolhe nossas decepções e crises de fé. Os que vivem esses momentos de decepção são bem-vindos, porém desafiados na direção da confiança.
Extraído do livreto Cada Dia – 29/04/21
Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós.Tiago 5.17 Graças a Deus por isso! Ele deitou-se em baixo de um zimbro, como você e eu já fizemos tantas vezes; queixou-se e murmurou, como nós também fazemos tantas vezes; foi incrédulo, como tantas vezes temos sido. Mas, quando realmente tocou a Deus, não foi isso que aconteceu. Embora “homem sujeito às mesmas paixões que nós”, “ele orou em coração”. É interessante observar que o original não diz “fervorosamente”, mas “ele orou em oração”. Ele continuou orando. Qual a lição aqui? Precisamos continuar orando. Venha ao cume do Carmelo e veja aquela admirável lição de fé e vista. O necessário agora não era a descida de fogo, mas água; e o homem que pode ordenar a vinda de um, pode ordenar a vinda de outro, pelos mesmos meios e métodos. Lemos que ele se prostrou com o rosto entre os joelhos; isto é, fechou-se de tudo o que entrasse pela vista ou pelos ouvidos. Colocou-se numa posição em que, sob seu manto, não podia ver nem ouvir o que se passava em volta. E disse ao servo: “Sobe, e olha”. O servo foi, e voltou e disse: “Não há nada”. Dizemos: “É exatamente como eu pensei!”. E desistimos de orar. Foi o que Elias fez? Não, ele disse: “Volta”. O servo voltou e veio outra vez, dizendo: “Nada!” “Volta”. “Nada!” Mas uma vez ele voltou, dizendo: “Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem”. A mão de um homem estivera erguida numa súplica, e em breve caiu a chuva; e Acabe não teve tempo de voltar até à porta de Samaria com todos os seus rápidos cavalos. Eis uma lição de fé e vista – a fé, fechando-se a sós com Deus; a vista, observando e nada vendo; a fé, prosseguindo, e “orando em oração”, ainda com as desesperançosas notícias da vista. Você sebe como orar dessa maneira, como orar prevalecendo? Traga a vista as desanimadoras notícias que trouxer, não lhes dê atenção. O Deus vivo ainda está nos céus, e mesmo a demora é parte da Sua bondade. – Arthur T. Pierson Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 29/04 |
quarta-feira, 28 de abril de 2021
E os filhos de Israel
E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou aos filhos de Israel um libertador, e os libertou... irmão de Caleb, mais novo do que ele. E veio sobre ele o Espírito do Senhor. Juízes 3.9,10
Deus está preparando os Seus heróis; e quando a oportunidade chega, Ele pode colocá-los em seu lugar, num momento; e o mundo se admira, pensando de onde terão vindo.
Deixemos que o Espírito Santo nos prepare através das disciplinas da vida; e quando tiver sido dado ao mármore o toque final, será fácil para Deus colocar-nos no pedestal e ajustar-nos em nosso nicho.
Vem vindo um dia em que, como Otniel, nós também julgaremos as nações e governaremos e reinaremos com Cristo na terra, no milênio. Mas até à chegada daquele dia glorioso, precisamos deixar que Deus nos prepare – como fez com Otniel em Quariate-Sefer – entre as aflições e as pequenas vitórias da presente vida, cujo significado talvez nem sonhemos. Estejamos seguros disto, e se o Espírito Santo tiver um Otniel pronto, o Senhor do céu e da terra terá um trono preparado para ele. – A. B. Simpson
Pai, dá-me a mão;
Eu sei que é só um túnel,
Porém é muito escuro e
Nada vejo.
Quero sentir-Te a mão,
Ouvir-Te a voz.
Fala sempre comigo,
E mais depressa
Verei passar o tempo deste escuro.
Até que chegue ali, à plena luz,
E receba a coroa, após a cruz.
“Toda estrada da vida humana desce de vez em quando ao vale. Todo homem tem que atravessar o túnel da tribulação antes de poder viajar pela estrada elevada do triunfo”.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 28/04
DEUS É SEU ESCUDO
“Não tenha medo, Abrão! Eu sou o seu escudo; grande será a sua recompensa!” (Gênesis 15.1).
Que bom que há sempre o “depois dessas coisas!.” Abraão não tem muro ao redor dele, não há exército o protegendo, mas Deus diz: “Eu sou o seu escudo.” O tempo presente mostra que o Senhor é uma constante de proteção. Deus é o escudo para todos os momentos da vida. “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.” (Sl 46.1-3).
Deus livrou Abraão de sofrer? De modo algum! Então como relacionar essas duas verdades, Deus é meu escudo mas ele não me protege do sofrimento? O que significa ter Deus como escudo? Significa que nada pode tocar você exceto aquilo que Deus permite. Significa que não existe situação difícil na sua vida que não passe primeiro pelo filtro do amor de Deus por você. Significa que qualquer coisa ruim que acontece com você também faz parte da proteção de Deus, mesmo que você não entenda por que Deus está permitindo isso.
Significa que nada vai atingir você que impeça Deus de cumprir o plano dele em sua vida. Significa que a proteção dele não impedirá você de passar por desertos, afinal, você não leva escudo a não ser para o campo de batalha, não é mesmo? A proteção dele tem a ver com o fato de que você nunca vai atravessar um deserto sozinho, porque ele vai caminhar com você. Ele é o seu escudo!
Extraído do Livreto Cada dia 28/04/21
terça-feira, 27 de abril de 2021
ELE CONHECE VOCÊ
"Depois dessas coisas o Senhor veio e falou a Abrão numa visão…” (Gênesis 15.1).
Deus sabe que temos medo, decepções e crises de fé. Por isso ele diz: “Não tenha medo”. Essas afirmações apontam para o fato de que Deus quer nos livrar do medo. Abraão recebeu a promessa de que ele e sua descendência seriam veículos de transformação. Mas chega no capítulo 15 de Gênesis e ele ainda está sem filhos, com sangue de seus adversários nas mãos, com medo de retaliação e profundamente decepcionado.
Talvez não muito diferente de você, que enfrenta problemas na família. Você olha e não vê saída. Seus sonhos morreram. Você está decepcionado com Deus. Abraão não diz para Deus que está com medo. Mas Deus dá uma visão para ele dissipar o medo de seu coração. Deus conhece as decepções, os dramas e os medos mais íntimos que assombram Abraão. E o Senhor se move para libertá-lo do medo.
Deus sabe o que paralisa você, o que rouba seu sono, o que atormenta você. Deus diz: “eu conheço os medos da sua alma.” Então declara: “Não tenha medo!” A Bíblia diz que Deus chama cada estrela do Universo pelo nome. Alguns acreditam que haja cerca de 100 bilhões de Galáxias, outros 2 trilhões delas. Pegando o número mais baixo, estima-se que haja dez sextilhões de estrelas (20 zeros depois do 10). Deus sabe o nome de cada uma sabe quem você é e conhece os seus dramas.
Extraído do livreto Cada Dia – 27/04/21
Eu sou aquele que vive
Eu sou aquele que vive e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Apocalipse 1.18
As árvores, as flores, as borboletas, a primavera, as vozes de natureza nos falam da ressurreição.
Meditemos e deixemos a nossa alma impregnar-se desta esperança, desta certeza. Até que, como Paulo, mesmo caminhando para a morte, sigamos triunfantes, em certeza de fé e com o rosto sereno e brilhante. Ele vive! – Adaptado
Levou todas as dores o Cordeiro.
Só; rejeitado; verme;
ensangüentado...
“Homem de dores”, tão
desfigurado...
Todas as dores sobre Si levou.
As minhas dores sobre Si levou.
Levou os pecados todos
o Cordeiro.
O oculto; o “leve”; o torpe;
o hediondo e cru.
Morreu. Desamparado.
Exposto, nu.
Todo o pecado sobre Si levou.
O meu pecado sobre Si levou.
Levou todas as mortes o Cordeiro.
Trevas.Potências. Desamparado
e brado,
Terremoto e furor!
– “É consumado!”
E toda a morte sobre Si levou.
A minha morte sobre Si levou.
Manhã.
Silêncio. Túmulo vazio.
Paz; salvação:
Perdão, graça, vitória,
Vida –
Vida abundante, eterna!
Glória! Tudo pra mim.
Um pastor estava em seu escritório escrevendo um sermão de Páscoa, quando um pensamento tomou conta dele: seu Senhor estava vivo! Pôs-se de pé num salto, alegremente, e, andando de lá para cá, repetia para si mesmo: “Pois Cristo está vivo, Ele não é o quem ‘Eu era’, mas o grande ‘Eu sou’!” Sim, Ele não é apenas um fato, mas um fato vivo. Gloriosa verdade da Páscoa!
Nós cremos num Senhor ressurreto. Não nos voltemos para o passado para adorá-LO junto ao túmulo, mas olhemos para cima e para a Sua presença em nós, para que adoremos o Cristo vivo. E porque Ele vive, nós também viveremos. – Abbott
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 27/04
segunda-feira, 26 de abril de 2021
Na verdade tenho também como perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo, meu Senhor. Filipenses 3.8 Brilhar custa sempre alguma coisa. A luz só brilha às custas daquilo que a produz. Uma vela não produz luz se não for acesa. Ela precisa arder, para brilhar. Nós não podemos ser de grande utilidade para os outros sem que isso nos custe. Arder sugere sofrimento. E sempre nos retraímos à idéia de sofrer. Somos inclinados a pensar que estamos fazendo o maior bem ao mundo, quando somos fortes e capazes para o dever ativo e quando temos o coração e as mãos cheios de bons serviços. Quando somos chamados de parte e nos sobrevém o sofrimento, quando estamos doentes, quando estamos consumidos de dor, quando todas as nossas atividades têm que ser deixadas, sentimos que não temos utilidade alguma, que nada estamos fazendo. Mas, se formos pacientes e submissos, é quase certo que somos maior bênção para o mundo em nosso tempo de sofrimento e dor, do que nos dias em que pensávamos estar fazendo o máximo do nosso trabalho. Estamos ardendo, agora, e brilhando, porque estamos ardendo. – Eveling Troughts “A glória de amanhã tem suas raízes no sofrimento de hoje”. Muitos querem a glória sem a cruz, o brilho sem a queima; porém, antes da coroação vem a crucificação. Com Tua mão ferida. Quebra a dureza deste coração! Unta com Óleo esta cerviz erguida, Dobre-a de todo sob a Tua mão! Quero provar a Cruz em minha vida; Provar a vida de ressurreição; Provar as glórias da alma remida; A plenitude desta salvação! És meu. Sou Teu. Eu sei que foi ouvida De Ti, Senhor, a minha petição. Ao pé da Cruz, minha alma jê rendida. De fé em fé, siga na tua unção! Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 26/04
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DEUS RECOLHE LÁGRIMAS
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“Registra, tu mesmo, o meu lamento; recolhe as minhas lágrimas em teu odre; acaso não estão anotadas em teu livro?” (Salmo 56.8).
Nem sempre chegamos a tal conclusão no meio das lutas mais intensas da vida, mas nosso sofrimento não passa despercebido por Deus. Existem lutas que só você e Deus conhecem. Há lágrimas que somente ele é capaz de enxergar. Mesmo quando o choro vem lá de dentro da alma e ali fica, ainda assim, Deus ouve, vê, sabe. Porém, o mais magnífico não é simplesmente o fato de Deus conhecer o sofrimento silencioso, mas a atitude dele diante das lágrimas.
Davi diz que Deus as conta. Ele as reúne e as armazena assim como o vinho caro é armazenado. Deus leva a sério o choro da dor de seus filhos. As palavras de Davi são um pedido e uma afirmação. Primeiro, é como se pedisse: “Deus, olha para o meu sofrimento”. Mas logo depois confessasse: “Sim Senhor, tu olhas para o meu sofrimento”. Deus considera cada uma de suas lágrimas.
Haverá um dia, porém, que Deus fará mais do que recolher as suas lágrimas. Pois ele prometeu enxugá-las definitivamente e pôr um ponto final no que faz você chorar. Enquanto esse tempo não chega, nutra a sua alma com a confiança do cuidado de Deus, mas também sustente sua esperança de que Deus pode começar a secar suas lágrimas hoje. Afinal de contas, Deus ainda é capaz de mudar o pranto em dança, e a veste de lamento em veste de alegria (Salmo 30.11).
Extraído do livreto Cada Dia – 26/04/21
domingo, 25 de abril de 2021
CONSELHOS PARA AMAR
“Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder.” (Efésios 6.10)
Medite mais no amor de Jesus. Horas antes de se entregar por amor, nosso Senhor se humilha mais uma vez e suja as suas mãos para lavar os pés dos discípulos, incluindo os do traidor. Ele sabe que Judas é seu inimigo, mas não o cancela; demonstra amor. Se Jesus não cancelou Judas, nem me cancelou apesar de discordar de mim, não posso cancelar você, apesar de discordar de você.
Peça mais a ajuda do Pai. Não amamos quem não nos ama. Por isso que necessitamos de ajuda sobrenatural para amar os inimigos. Lembro de Estevão, morto pelos judeus. Enquanto seu rosto era desfigurado por pedras lançadas pelos inimigos por ele amar Jesus, Estevão olhou para o céu e, cheio do Espírito, disse: “Pai, perdoa os meus inimigos.” Converse muito com Deus e diga o quanto você carece da ajuda do Espírito Santo para amar quem não lhe ama.
A ordem para amar os inimigos não significa que Deus desconsidera o que as pessoas estão fazendo de mal para você. Ele sabe. Você recebeu a tarefa de amar pessoas, não odiar ou se vingar delas: “Minha é a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor”. Ficar indignado faz parte. Sua razão pode ser legítima, mas com resposta ilegítima. Se lidar com os sentimentos certos do jeito errado, pode virar um receptáculo de mágoa e atrapalhar a agenda de Jesus de impactar o mundo através do amor.
Extraído do livreto Cada Dia – 25/04/21
Achavam-se ali
Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria. Mateus 27.61
Que coisa sem sentido é a mágoa. Ela nos impede de aprender e conhecer, e até mesmo de quer aprender. Quando aquelas mulheres sentaram-se tristes junto ao sepulcro de Filho de Deus, acaso viram os dois mil anos de triunfo que chegaram até nós? Não. Elas nada viram senão isto: “Nosso Cristo se foi!”.
O nosso Cristo veio daquela perda que elas sofreram! Milhares de corações que choram têm tido ressurreição, no meio de sua tristeza; mas os observadores chorosos olham para o prenúncio de vida que ali desponta, e nada vêem. O que as mulheres contemplavam como o fim da vida era exatamente a preparação para a coroação: pois Cristo estava em silêncio, para que pudesse viver outra vez com toda a exuberância de poder.
Elas não viam isto. Lamentaram, e choraram, e foram-se; depois voltaram ao sepulcro, movidas pelo coração. Ainda não passava de um sepulcro – sem futuro, sem mensagem, sem significado.
Conosco também é assim. O homem senta-se em frente ao sepulcro no seu jardim, e diz: “Esta tristeza é irremediável. Não vejo nela benefício algum. Não tirarei dela consolação”. Contudo, muitas vezes é nas piores adversidades que está o poder de Cristo, esperando o momento de entrar em cena para nos livrar.
Onde parece estar a nossa morte, está o nosso Salvador. Onde termina a esperança, ai está o mais promissor começo dos frutos. Onde a treva é mais densa, ai está para raiar a fulgurante luz que não conhece ocaso. Quando a experiência toda está consumada, nós descobrimos que o jardim não é desfigura pela presença do sepulcro. Nossas alegrias se tornam melhores se há tristeza no meio delas. E as nossas tristezas são iluminadas pelas alegrias que Deus plantou à nossa volta. As flores podem não ser as de que mais gostamos, mas são flores do coração – amor, esperança, fé, alegria, paz – estas são as flores plantadas ao redor de cada sepultura cavada no coração do crente.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 25/04
sábado, 24 de abril de 2021
A REDE SOCIAL DE JESUS
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“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5.8).
No Jardim do Éden, o homem desfrutava de plena amizade com Deus. Depois de Adão e Eva desfazerem o relacionamento, foram excluídos do paraíso. Deus, porém, se encarnou para promover reconciliação. Com isso, Cristo, o Deus conosco, quebrou a expectativa de muitos judeus que queriam ver o sangue dos inimigos derramado pelas ruas de Jerusalém.
Jesus não veio para derramar o sangue dos inimigos. Veio para derramar o seu sangue pelos inimigos. Veio para dar um fim à inimizade deles com o Criador. A rede social de Jesus funciona diferente da nossa. Quando alguém quer ser seu amigo no Facebook por exemplo, é preciso fazer uma solicitação. Aí você vê se a conhece, olha os amigos em comum, dá uma rápida visitada no perfil para ver se há algo que o desagrada. Se tiver, deleta, caso contrário, confirma a amizade.
Jesus não o aceita em sua rede por algo que lhe chama atenção, não o aceita por suas qualidades. Jesus o aceita porque ele quer mostrar o quanto Deus ama você, a despeito de seus defeitos. O mais espetacular da rede social de Jesus é que ele não espera você lhe enviar uma solicitação. Ele vai atrás e o convida para ser amigo e filho de Deus. Esse amor extravagante é a força mais poderosa que nos move a amar quem fala mal da gente, quem nos persegue, quem odeia a gente.
Extraído do livreto Cada Dia – 24/04/21
A fé
A fé é... a convicção de fatos que não se vêem. Hebreus 11.1
A fé verdadeira coloca a sua carta na caixa do correio e a deixa ir a desconfiança a segura por uma ponta, e fica imaginando por que a resposta não vem. Eu tenho algumas cartas na minha escrivaninha, escritas já há semanas, mas, como não havia muita certeza quanto ao endereça ou ao conteúdo, não foram postas no correio. Ainda não cumpriram nada, quer a meu favor, quer dos outros. E nunca terão nenhuma finalidade, enquanto não saírem das minhas mãos e não forem entregues ao correio.
Assim acontece quando temos fé verdadeira. Entregamos o problema a Deus; e Ele então opera. É tão boa aquela passagem no Salmo 37: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará”. Mas Ele nunca poderá fazer nada, se não Lhe fizermos a entrega. Fé é tomar para si as dádivas oferecidas por Deus. nós podemos crer, entregar e descansar; mas não compreendemos todo o alcance da bênção que é nossa, enquanto não começarmos a receber, e assumirmos a atitude de permanecer ali e tomar posse. – Days of Heaven Earth
Um servo de Deus, Dr. Payson, quando jovem, escreveu a uma mãe idosa, oprimida por grande ansiedade a respeito da condição de um filho seu: “A senhora se angustia demais por ele. Depois de ter orado por ele, como tem feito, e de o ter entregado a Deus, não deveria então parar de sentir ansiedade? O mandamento: ‘Não estejais inquietos por coisa alguma’ é ilimitado; e assim também a palavra: ‘Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade’. Se lançamos as nossas cargas sobre outra pessoa, será que elas continuam pensando sobre nós? Se voltamos com elas do trono da graça, é evidente que não foram deixadas lá. Com referência a mim mesmo, tenho feito disto um teste para minhas orações: se depois de entregar qualquer problema a Deus eu posso, como Ana, voltar com um semblante que já não está triste, um coração que não está mais sob peso e ansiedade, tomo isto como prova de que orei com fé; mas se trago comigo o meu fardo, concluo que a fé não foi posta em prática”.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 24/04
sexta-feira, 23 de abril de 2021
Andando eu no meio da angústia
Andando eu no meio da angústia Tu me revivificarás. Salmo 138.7
A idéia no hebraico é: “Quando estou andando no centro, mesmo, da tribulação...” como essas palavras descrevem bem a situação! Nosso coração clamou a Deus no meio da angústia; clamamos por suas promessas de libertação, e nenhuma libertação veio; o inimigo continuou oprimindo, até nos encontrarmos no meio da peleja, no centro da tribulação e da angústia. Por que incomodar mais o Mestre?
Quando Marta disse: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido”, o Senhor respondeu à sua falta de esperança com mais uma promessa: “Teu irmão há de ressuscitar”. Quando andamos “no centro da tribulação” e somos tentados a pensar como Marta que o tempo do livramento já passou, Ele vem ao nosso encontro também, com uma promessa da Sua Palavra. “Andando eu no meio da angústia, Tu me revivificarás”.
Embora Sua resposta esteja demorando tanto, embora possamos ainda continuar “andando” no meio da angústia, o centro da angústia é o lugar onde Ele nos revivifica, não o lugar em que Ele falha para conosco.
Quando estamos num lugar sem esperança, esse lugar sem esperança é a ocasião em que Ele estende a mão contra a ira dos nossos inimigos e aperfeiçoa o que nos concerne; é a ocasião em que Ele fará malograr e cessar o ataque. Então, por que desanimar? – Aphra White
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 23/04
AGIR PARA SENTIR
“Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem” (Mateus 5.44).
A oração que Jesus tem em mente aqui não é a do pai-nosso na parte “livra-nos do mal”, mas a que deseja o bem dos inimigos. Foi a que ele fez quando estava na cruz: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo....” A oração é um passo além no compromisso de amar, porque significa que está começando o processo de desejar que algo de bom aconteça a eles. Você pode fazer coisas boas para o seu inimigo sem nenhum desejo de que as coisas vão bem com ele.
Jesus nos chama não só para fazer coisas boas para o inimigo; nos chama para querer o melhor e expressar desejos em orações quando ele não está por perto. Deus pode mudar o coração das pessoas, inclusive de quem quer o seu mal. Mas a parte mais prática é que orar por quem não gosta de você pode mudar o que você sente e como se relaciona com ele (a).
Amar como Jesus muda sentimentos. As palavras de Jesus vão contra as noções modernas de amor. Interessante Jesus trabalhar o amor pelos inimigos sob a ótica do agir, não do sentir. As pessoas acham que sentimentos determinam o que fazemos e que é hipocrisia agirem de forma amorosa, se não se sentem assim. Ações moldam os sentimentos. Então, se não sente amor por alguém, não deixe que isso o impeça de ser bondoso. Orar muda as forças que inclinam nosso coração.
Extraído do livreto Cada Dia – 23/04/21
quinta-feira, 22 de abril de 2021
O AMOR MATA O ÓDIO
“Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem... Não retribuam a ninguém mal por mal.” (Romanos 12.14-17).
O que se espera de nós não é apenas não amaldiçoar, mas abençoar. Não devemos somente nos recusar a pagar o mal com o mal; devemos vencer o mal com o bem. Para amar não basta ser indiferente ao inimigo e evitar lhe pagar o mal com o mal. Você pode pensar que não odeia uma pessoa porque se moveu para a indiferença. Essa pessoa se tornou indiferente: ela “não fede nem cheira.” Indiferença é irmã gêmea do ódio; é ódio camuflado.
Questionado sobre quem é o próximo, Jesus contou a parábola do Bom Samaritano. Um samaritano fez a diferença na vida de um inimigo judeu agindo com bondade e generosidade. Mas essa mesma história fala sobre dois religiosos que veem o judeu quase morto e decidem passar de lado. Eles não odeiam aquele judeu. São indiferentes. Parece que Jesus não só expõe o significado de amar, mas também o que significa odiar. Segundo a espiritualidade cristã, amar é sempre uma bondade pró-ativa. A indiferença, portanto, é um anti-amor.
E sabe o que esse tipo de amor pode fazer? É capaz de amontoar “brasas vivas sobre a cabeça” dos inimigos. O amor pode produzir uma dor ardente na consciência, fruto da vergonha e do arrependimento de quem fez o mal e recebeu o bem. Somente o amor pode eliminar o vírus do ódio que mata mais quem odeia do que quem é odiado. O ódio mata. Mas o amor mata o ódio.
Extraído do livreto Cada Dia – 22/04/21
Ele sabe o meu caminho
Ele sabe o meu caminho. Jó 23.10
Crente! Que gloriosa segurança! Esse seu caminho – talvez torcido, misterioso, emaranhado – esse caminho de provação e lágrimas – Ele o conhece. A fornalha aquecida sete vezes – Ele a acendeu. Há um Guia todo-poderoso conhecendo e dirigindo os nossos passos, seja às águas amargas de Mara, seja ao gozo e refrigério de Elim.
Aquele caminho, escuro para os egípcios, tem seu pilar de nuvem e fogo para Israel. A fornalha é quente, mas não somente podemos confiar na mão que a acendeu, como também estar seguros de que o fogo está aceso não para consumir, mas para refinar; certos de que, terminado o processo de refinamento (não mais cedo, nem mais tarde), Ele tira para fora o Seu povo, como ouro.
Quando os Seus pensam que Ele não está tão perto, muitas vezes Ele está ainda mais perto.
Será que nós conhecemos a visita, em nosso quarto, já com os primeiros raios da manhã, dAquele que é mais fulgente que o esplendor do sol? E conhecemos um olhar cheio de compaixão, que nos acompanha por todo o dia e sabe o nosso caminho?
O mundo, com seu vocabulário frio, na hora da adversidade fala da “Providência” – “a vontade da Providência” – “os golpes da Providência”. Providência! O que é isso?
Por que destronar da Sua soberania na terra um Deus que vive e governa? Por que substituir um Jeová pessoal, operante, controlador, por uma abstração inanimada e fúnebre?
Se encarássemos as grandes provações como Jó o fazia, isso tornaria o sofrimento suportável: nas horas de dor mais profunda, quando toda a esperança terrena se desvanecia a seus pés, ele viu a mão divina, e não outra. Ele viu aquela mão, atrás das espadas dos sabeus; ele a viu, atrás do fogo; ele a viu, atrás do temporal; ele a viu, no terrível silêncio de sua casa saqueada.
“O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!”
Assim, vendo a Deus em tudo, sua fé alcançou o clímax quando este príncipe do deserto, uma vez poderoso, sentou-se sobre a cinza e disse: “Ainda que ele me mate, nele esperarei.”
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 22/04
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Estando plenamente convicto
Estando plenamente convicto de que Ele era poderoso para cumprir o que prometera. Romanos 4.21
Lemos que Abraão, embora vendo seu corpo já amortecido, não desanimou, porque não estava olhando para si, mas pra o Todo-poderoso.
Ele não vacilou ante a promessa, mas ficou firme, e não se deixou esmagar pela grandeza da bênção a ele prometida; e quanto mais dificuldades surgiam, em vez de fraquejar, ele se fortalecia, robustecendo-se ainda mais; glorificando a Deus por Sua suficiência, e estando “plenamente convicto” de que Ele era não apenas capaz, mas... abundantemente capaz, generosamente capaz, capaz com recursos ilimitados, infinitamente capaz de “cumprir o que prometera”
Ele é um Deus de recursos infinitos. Nós é que somos limitados. O nosso pedir, o nosso pensar e o nosso orar são muito pequenos; nossas expectações são muito limitadas. Ele quer elevar-nos a uma noção mais alta e atrair-nos a uma expectação maior e uma apropriação maior dos Seus recursos. Ah, e trataremos a Deus com descaso? Não há limite para o que podemos pedir e esperar do nosso glorioso El-Shaddai; só uma medida dada para a Sua bênção, e é “segundo o poder que em nós opera”. – A. B. Simpson
“Suba à casa do tesouro das bênçãos, pela escada feita de promessas divinas. Com uma promessa, como se fosse uma chave, abra a porta das riquezas da graça e favor de Deus”.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 21/04
CHUVA SOBRE OS INJUSTOS
“Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos…” (Mateus 5.44).
É interessante o fato de Jesus usar um imperativo: amem os seus inimigos. A versão da Bíblia, Almeida Revista e Corrigida, adiciona dois imperativos: “bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam” (v. 44). Esses três mandamentos “amai, bendizei e fazei” revelam que a ordem para amar os inimigos não está condicionada ao que sentimos vontade de fazer, mas ao que devemos fazer. Amar é o que você faz, independentemente de como você se sente.
O mandamento para amar os inimigos não é sobre como devemos sentir, mas como devemos agir. Jesus ensina a agir de certa maneira, e não simplesmente a sentir de certo modo. Essa demonstração de amor pode ser tão simples como cumprimentar alguém que não tem a mínima vontade de falar com você. Amar sob a ótica de Jesus significa fazer o bem a quem faz mal para você e falar bem de quem fala mal de você.
Jesus dá exemplo desse amor no verso 45: “Para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” O sol e a chuva são as duas coisas que seres humanos precisam para viver. E Deus oferece isso a todos, inclusive àqueles que não reconhecem sol e chuva como expressão do cuidado de Deus. Amar é dar o que o outro precisa, não o que merece.
Extraído do livreto Cada Dia – 21/04/21
terça-feira, 20 de abril de 2021
NA CONTRAMÃO
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos…” Mateus 5.43,44
Inimigo é termo pesado. É difícil alguém dizer que tem inimigos. A visão hollywoodiana de inimigos tem a ver com alguém que cerra os punhos e diz: vou matar você. Pode ser que você não tenha esse tipo de inimigo. Jesus ensina que um inimigo pode ser quem o persegue, quem não o ama, quem não tem atitudes de bondade em relação a você, quem não o cumprimenta.
Inimigos podem ser pessoas difíceis de amar. O inimigo pode ser o filho que o despreza por você não concordar com o estilo de vida dele. O inimigo pode ser o ex-cônjuge, decidido a impedir a reconstrução da sua vida e que passa o tempo todo militando para afastar os filhos de você. Um inimigo pode ser um chefe abusivo e opressor. Um inimigo pode ser o ex-funcionário que apesar de todos os benefícios que você já deu a ele, leva você à Justiça baseado em mentiras. Um inimigo pode ser alguém do lado de lá do espectro político-ideológico. Ou apenas um vizinho que reclama de tudo o que você faz.
Nossa tendência é deixar de fazer o bem para quem nos faz o mal, não desejar o bem para aqueles que nos desejam o mal e falar mal de quem fala mal da gente. Na verdade, nossa tendência natural é odiar aqueles que nos odeiam. No entanto, a espiritualidade cristã vai na contramão de nossa natureza e nos ensina a amar os nossos inimigos.
Extraído do livreto Cada Dia – 20/04/21
Não por força
Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito diz o Senhor dos exércitos. Zacarias 4.6 O meu caminho seguia por uma ladeira, e bem embaixo vi um menino de bicicleta. Ele pedalava ladeira acima, de encontro ao vento, e evidentemente achava difícil a tarefa. Enquanto ele se esforçava penosamente, apareceu uma camioneta, subindo na mesma direção. Quando ela passou perto dele, o menino pegou-lhe numa alça traseira o lá foi morro acima, como um passarinho. Então acudiu-me um pensamento. “Ora, no meu cansaço e fraqueza eu sou como aquele menino de bicicleta. Estou pedalando morro acima, contra todo tipo de oposição, e estou quase liquidada ante a tarefa. Mas aqui, à mão, está disponível um grande recurso: a força do Senhor Jesus”. “Tenho simplesmente que tocá-LO e manter comunicação com Ele, embora através de um simples dedo de fé. Isso será o bastante para que eu tenha o Seu poder, na execução deste serviço que está parecendo demais para mim”. Recebi auxílio para vencer o cansaço e compreender esta verdade. – The Life of Fuller Purpose Tu que tens o nome excelso De Jesus, o Salvador, Que morreste, mas que vives E conosco estás, Senhor, Oh quão bom é confiar Sempre, em Ti, e descansar! Tu és Quem, onipotente, Podes, de cair, guardar Os meus pés, tão vacilantes E seguro me levar. Salvador! Ó meu Jesus, Guarda-me na Tua luz. Oh que dita conhecer-Te: Tu, da morte Vencedor! Aprender de dia em dia, Como Tu és Salvador!... Mais e mais, Senhor, provar, Que nos podes Tu salvar! Faze que na minha vida Possa, meu Jesus, sentir Mais do Teu poder imenso, – Tua vida refletir; Que se veja em mim, Senhor, Tua graça, Teu amor. H. M. Wright Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 20/04 |
segunda-feira, 19 de abril de 2021
VERDADE E AMOR
“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Efésios 4.15).
O termo “cultura do cancelamento” é destaque na internet. Pessoas, empresas já foram “canceladas” como forma de justiça social. O cancelamento funciona assim: alguém percebe uma ação que considera errada nas redes sociais; posta essa falha com duras críticas e seus seguidores começam a amplificar o alcance. Em pouco tempo, milhares de pessoas são alcançadas. Pronto. O estrago está feito. E a pessoa ou empresa estaria cancelada na internet.
Apesar de muita gente buscar postura mais responsável, o cancelamento pode ser punitivo baseado num julgamento precipitado de situações que por vezes são mais complexas do que aparecem na mídia. A internet democratizou muita coisa, inclusive o ódio. Alguns têm definido nosso tempo como a era dos haters, palavra inglesa que quer dizer “os que odeiam”, e é usada para classificar os ataques nas redes.
Alguns crentes, em nome do amor à verdade, usam as palavras como arma de destruição e se tornam cristãos haters. O problema não consiste em se contrapor ao que se julga prejudicial. O grande erro não está no conteúdo, mas na forma. O modo como uma verdade é dita é tão importante quanto a verdade que é dita. Paulo diz que a verdade deve andar de mãos dadas com o amor. Não deve existir divórcio entre elas. “A verdade é vital mas sem amor ela é insuportável.”
Extraído do livreto Cada Dia – 19/04/21
Aquietai-vos e vede
Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor. Êxodos 14.13
Para o crente que enfrenta grandes dilemas e se encontra em extrema dificuldade, esta é a ordem do Senhor. Quando não pode retirar-se, não pode avançar, está cercado à direita e à esquerda – o que fazer?
As palavras do Mestre são: “Aquietai-vos”. Em ocasiões assim deveríamos dar ouvidos somente à Palavra do Mestre, pois maus conselheiros hão de vir com as suas sugestões. O desespero nos segreda: “Entregue-se e morra; desista de tudo”. Mas Deus deseja ver-nos revestidos de ânimo e coragem e, mesmo nos tempos mais difíceis, regozijando-nos no Seu amor e fidelidade.
A covardia diz: “Desista; volte para o mundo; você não pode proceder como cristão; é muito difícil. Abandone estes princípios”.
Mas por mais que Satanás queira inculcar-nos esse comportamento, nós não poderemos segui-lo, se somos realmente filhos de Deus. O decreto divino nos manda ir de força em força, e nem a morte nem o inferno podem mover-nos de nosso curso. Se por um momento somos chamados a ficar quietos, não será para renovarmos as forças para um avanço maior, em tempo oportuno?
A nossa precipitação exige: “Faça alguma coisa; mova-se; ficar quieto e esperar é pura indolência”. Nós temos que fazer alguma coisa imediatamente; temos que agir, pensamos, em vez de olhar para o Senhor, que não fará apenas alguma coisa, mas fará tudo.
A nossa presunção se jacta: “Se o mar estiver diante de você, marche sobre ele e espere um milagre mas a fé não dá ouvidos à presunção, nem ao desespero, nem à covardia, nem à precipitação; ela ouve a voz de Deus, dizendo: “Aquietai-vos”, e ali fica, imóvel como uma rocha.
“Aquietai-vos” – conservemos a postura do homem reto, pronto para a ação, esperando as ordens que virão, aguardando com ânimo e paciência a voz de comando; e não demorará até que Deus nos diga, tão claramente como Moisés disse ao povo de Israel: marche. – Spurgeon
Em tempos de incerteza, devemos esperar. Sempre que tivermos qualquer dúvida, esperemos. Não nos precipitemos a agir. Se houver constrangimento em nosso espírito, esperemos até que tudo esteja claro.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 19/04
domingo, 18 de abril de 2021
OUSE CONFIAR
“Naqueles dias, Maria se aprontou e foi depressa à região montanhosa, a uma cidade de Judá...e saudou Isabel.” (Lucas 1.39,40)
O anjo Gabriel anuncia dois nascimentos milagrosos: o primeiro de uma mulher idosa e estéril, o segundo de uma virgem. Deus é capaz de tudo. É assim que o anjo conclui o anúncio: “Porque para Deus nada é impossível.” Logo após o anúncio do nascimento de Jesus e de João Batista, Maria percorre quase 150 quilômetros de Nazaré a Jerusalém para ver Isabel grávida. Ela não vai para acreditar na promessa; vai para testemunhar a promessa.
Ela podia pensar: “bem, vou na casa de Isabel e, se ela estiver grávida, vou confiar.” Mas não. Ela obedece sem precisar ver o cumprimento da promessa de Deus. Depois, testemunha o milagre. É possível que você não consiga enxergar Deus cumprindo o que prometeu na sua vida ou fazendo o que você precisa. Mas confie. Faça o que Deus o chama para fazer. E depois testemunhe o que ele vai fazer.
Ao ver Isabel grávida e a saudação dela, Maria canta o que ficou conhecido como Magnificat. Ela teve medo, dúvidas, mas ousou confiar. E só depois cantou. Às vezes você não vai sentir alegria em fazer a vontade de Deus. Vai ser difícil. Vai doer. Vai chorar. Vai perder. Vai ter dúvidas. Mas, no momento certo, vai cantar. Como diz o Salmo 126.6: Quem sai andando e chorando enquanto semeia voltará com alegria trazendo os seus frutos!
Extraído do livreto Cada Dia – 18/04/21
E Ele o fará
E Ele o fará. Salmos 37.5
Primeiro eu pensava que, depois de orar, eu devia fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para a concretização da resposta. Ele me ensinou um caminho melhor, e mostrou-me que meu esforço-própro sempre atrapalhava a Sua operação; e que quando eu orava e cria definitivamente nEle para um determinado fim, Ele queria que eu esperasse em espírito de louvor e só fizesse o que Ele me mandasse. Parece uma coisa tão insegura, simplesmente ficar quieto e não fazer nada, senão confiar no Senhor; às vezes, é tremenda a tentação de tomarmos a batalha em nossas próprias mãos.
Todos sabemos como e difícil salvar de afogamento uma pessoa que procura ajudar quem a socorre. Assim também, nós impossibilitamos o Senhor de combater os nossos combates, quando insistimos em procurar combatê-los nós mesmos. Não é que Ele não queira, mas não pode. Nossa interferência impede a Sua operação. – C. H. P.
As forças espirituais não podem operar enquanto as forças terrenas estão em atividade.
Deus precisa de tempo para responder a orações. Muitas vezes falhamos em dar oportunidade a Deus a este respeito. Leva tempo para Deus colorir uma rosa. Leva tempo para Ele formar um carvalho. Leva tempo para Deus tornar em pão um trigal. Ele toma a terra. Ele a amolece. Ele a umedece com chuvas e orvalho. Ele a aquece com vida. Ele dá a lâmina, a haste, o grão dourado, e então, por fim, o pão para o faminto.
Tudo isto leva tempo. Por isso nós semeamos, cultivamos, e esperamos, e confiamos, até que seja cumprido o propósito de Deus. Estamos dando uma oportunidade a Ele. A mesma lição se aplica à nossa vida de oração. Deus precisa de tempo para responder à oração. – J. A. M.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 18/04
sábado, 17 de abril de 2021
Qual entre todos
Qual entre todos estes não sabe que a mão do senhor fez isto? (Jô 12.8.)
Há anos achou-se na África um dos mais magníficos diamantes da história. Foi oferecido ao Rei da Inglaterra, para fulgurar na sua coroa. O Rei enviou-o a Amsterdam para ser lapidado, e foi posto nas mãos de um especialista. E o que fez ele?
Tomou a valiosa gema e fez nela uma marca. Então deu-lhe com seu instrumento um golpe seco. E pronto, lá estava a soberba pedra dividida em dois pedaços! Que imprudência, que desperdício, que descaso criminoso!
De modo algum. Por dias e semanas aquele golpe havia sido estudado e planejado. Desenhos e modelos haviam sido feitos da pedra. Suas qualidades, seus defeitos, as linhas do corte, tudo havia sido estudado com extremo cuidado. O homem a quem ele estava entregue era um dos mais hábeis lapidários do mundo.
Então aquele golpe foi um erro? Absolutamente. Foi o clímax do engenho do lapidário. Quando ele desferiu o golpe, fez aquilo que traria a pedra à sua perfeita forma, brilho e esplendor. Aquele golpe que parecia arruinar a magnífica preciosidade, era na verdade a sua redenção. Pois daquelas duas metades saíram as duas soberbas gemas que o olho hábil do lapidário enxergou escondidas na pedra bruta que veio da mina.
Assim, às vezes Deus deixa cair sobre a nossa vida um golpe cortante. O sangue jorra. Os nervos retraem-se nossa alma grita em agonia. O golpe nos parece um grande erro. Mas não é. Pois somos para Deus uma jóia preciosíssima. E Ele é o mais hábil lapidário do universo.
Um dia iremos fulgurar no diadema do Rei. Agora, enquanto estamos na Sua mão, Ele sabe exatamente como lidar conosco. Não recairá sobre nós nenhum golpe que não seja permitido pelo amor, o qual, das profundezas, opera bênçãos e enriquecimentos espirituais que nunca vimos nem procuramos. – James H. MacConkey
Num dos livros de Jorge MacDonald aparece este fragmento de conversa: “Eu imagino por que Deus me fez.” disse o Sr. F. “Estou certo que não adiantou nada fazer-me!”
“Talvez não tenha adiantado muito ainda”, disse o Sr. D. , “mas Ele ainda não acabou de fazer você. Ele ainda o está fazendo; e você está questionando o processo.”
Se os homens apenas cressem que estão no processo de criação, e consentissem em ser feitos – em deixar o Criador moldá-los como o oleiro ao barro, submetendo-se aos movimentos de sua roda – dentro em pouco estariam louvando a Deus pelas vezes que a Sua mão os pressionou, mesmo que lhes tivesse causado dor; e por vezes, não seriam apenas capazes de crer, mas reconheceriam o fim que Deus tem em vista, que é trazer um filho a glória.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 17/04
DE MODO NENHUM!
“Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum!” Romanos 6.1,2
Você não pode alterar o seu passado. Você, porém, pode decidir o que vai fazer daqui para frente. Você pode permanecer do mesmo jeito ou aceitar o convite para um novo começo. Mas note que o convite de Jesus é para recomeçar. Recomeçar aqui é voltar a viver o chamado para a missão que Jesus tem para você, é largar as redes, mudar de vida e carregar a cruz. A experiência da graça nunca é um incentivo para permanecer do mesmo jeito. A verdadeira experiência da graça de Jesus sempre conduz a um recomeço que envolve abraçar a missão de Jesus, custe o que custar.
Foi o que aconteceu com Pedro. De um discípulo covarde que negou Jesus, Pedro se torna um discípulo corajoso disposto a morrer pelo Mestre. Quando você acredita no Deus justo, porém sem graça, você corre o risco do legalismo, de viver um estilo de vida marcado pela fuga e pelo medo de Deus. Quando você acredita no Deus gracioso, porém sem justiça, você corre o risco do antinomismo, de viver um estilo de vida sem freio, totalmente desregrado e libertário.
Em Jesus temos o equilíbrio para evitar tais distorções. A graça de Deus perdoa, mas cobra retidão. O Senhor foi para a cruz e saiu do sepulcro para perdoar, mas também para transformar radicalmente a vida de cada discípulo de Jesus. Permaneceremos no pecado? De modo nenhum!
Extraído do livreto Cada Dia – 17/04/21
sexta-feira, 16 de abril de 2021
CUSTE O QUE CUSTAR
“Respondeu Maria: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra”. Então o anjo a deixou” (Lucas 1.38).
Maria era noiva de José. O casamento era diferente naqueles tempos; era arranjado pelos pais, que faziam o contrato, uma espécie de noivado só que mais sério, o pai do noivo pagava alto valor para o pai da noiva e, depois de alguns meses, havia a festa e a noite de núpcias. A quebra desse contrato era divórcio. E Maria está aceitando ser mãe antes da lua de mel. Era escândalo e enorme perigo. Ela poderia ser acusada de adultério, crime passível de morte. A adúltera era apedrejada.
Maria não tinha garantia de que José acreditaria na gravidez miraculosa. Ela não sabia que Deus falaria com José também. Ela sabia que poderia ser condenada pela família; abandonada por José. Ela sabia que poderia ser morta. Quando ela diz “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra” está disposta a um grande escândalo, a enfrentar solidão, miséria e morte. Estava disposta a pagar alto preço e a correr todos os riscos para fazer a vontade de Deus.
Num tempo em que ouvimos que ter fé em Jesus é o melhor investimento para prosperar, a Bíblia ensina que viver do jeito que Deus quer pode levá-lo a perder. Pode ser que tenha dificuldade de dar a mesma resposta de Maria por medo de perder algo. Não tema perder o controle da sua vida para Deus. Quando você perde a sua vida é que você a acha.
Extraído do livreto Cada Dia – 16/04/21
Pela fé Abraão
Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu a fim de ir para um lugar que devia receber por herança. Hebreus 11.8
Ele não sabia para onde ia; bastava-lhe saber que ia com Deus. Não era tanto nas promessas que ele se apoiava, mas nAquele que prometera. Não olhava para as dificuldades do que estava à sua frente, mas para o Rei, eterno, imortal, invisível, o único Deus sábio, que havia assumido o compromisso de dirigir o seu caminho e que por certo honraria o Seu próprio nome. Gloriosa fé! Esta é a tua tarefa e estas são as tuas possibilidades. Devemos nos contentar em sair do porto com as ordens em envelope fechado, tendo toda a confiança na sabedoria do Comandante em chefe; devemos estar prontos a levantar, e deixar tudo e seguir a Cristo, pela segurança que possuímos de que o máximo da terra não se pode comparar com o mínimo do Céu. – F. B. M.
Não basta partirmos com Deus para uma aventura de fé. Abandonemos qualquer itinerário que nossa imaginação tenha traçado para a jornada.
Nada será como esperamos.
Nosso Guia não Se prenderá a caminhos já trilhados. Ele nos guiará por um caminho que jamais sonhamos ver. Ele não conhece temor, e espera que nada temamos enquanto Ele está ao nosso lado.
“... e saiu, sem saber para onde ia”...
Porém, Deus o sabia,
E ele andava com Deus.
Eu também me entreguei a Deus um dia.
Vou por onde me guia.
Ele é fiel.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 16/04
quinta-feira, 15 de abril de 2021
TRAVESSEIRO OU CRUZ?
“… Se alguém quer vir após mim […] dia a dia tome a sua cruz…” (Lucas 9.23)
Para gerar medo, os romanos tinham a tortura. A morte por cruz era uma forma. A cruz era símbolo de vergonha e rejeição. A frase que os soldados diziam era: “Tome sua cruz!” Talvez a mesma que Jesus ouviu dos torturadores. E assim ele fez, carregou a cruz da humilhação, foi exposto à vergonha e morreu para libertar seu povo do domínio de Satanás. Tomar a cruz significa caminhar para a morte. O Salvador Jesus Cristo não faz promessas falsas, de vitória financeira, de sucesso profissional.
O símbolo que Jesus usa para explicar o discipulado e a vida cristã não é uma cama confortável, mas um instrumento pesado de morte feito de madeira. Não um travesseiro para acomodar a cabeça, mas uma cruz para carregar. Carregar a cruz significa estar identificado com Jesus em sua renúncia e sacrifício. O chamado para o discipulado é a proposta de uma vida intencionalmente sacrificial, de esvaziamento do nosso eu. “Morra para si mesmo.”
E note que isso não é sacrifício momentâneo e pontual, mas diário e linear. Carregar a cruz todos os dias faz coro a negar-se a si mesmo. Carregar a cruz é um chamado à negação de si mesmo, à morte do eu dominante e dominado pelo pecado. “Tomar a cruz” é matar a vida subjugada pelo nosso ego e adotar um estilo de vida pautado pelo amor a Deus e aos outros.
Extraído do livreto Cada Dia – 15/04/21
Confio na tua palavra
Confio na tua palavra. Salmos 119.42
A nossa fé será mais fraca ou mais forte, exatamente na proporção em que cremos que Deus fará o que disse. A fé nada tem a ver com sentimentos ou impressões, com improbabilidades ou com aparências externas. Se desejamos ligar as duas coisas – a fé e sentimentos, fé e aparência – não estaremos descansando na Palavra de Deus, porque a fé não precisa de coisa alguma desse tipo. A fé na Palavra de Deus. Quando cremos na Sua Palavra, o nosso coração descansa.
Deus tem prazer em exercitar a nossa fé; porque é bênção para nós, depois porque é bênção para a Igreja, e também para os de fora. Mas nós evitamos o exercício, em vez de o recebermos como um bem. Quando vêm as provas, deveríamos dizer: “Meu Pai Celestial põe nas minhas mãos este cálice de aflição, para que eu possa ter alguma coisa agradável depois”.
As aflições alimentam a fé. Ah, deixemo-nos na mão do Pai Celestial! Seu coração tem prazer no bem de Seus filhos.
Mas as aflições e dificuldades não são os únicos meios pelos quais a fé é exercitada e aumentada. Há a leitura das Escrituras, através da qual podemos conhecer de perto a Deus, como Ele Se revelou na Sua Palavra.
Será que podemos dizer, pelo conhecimento que temos de Deus, que Ele é um Ser realmente desejável? Se não, instemos com Deus para que nos leve a isso, de modo que possamos admirar o Seu coração de amor e bondade, e sejamos capazes de dizer como Ele é bom e como tem prazer em fazer o bem a Seus filhos.
E quanto mais nos aproximamos desta realidade, mais prontos estamos a descansar em Suas mãos, satisfeitos com tudo o que Ele nos reserva. E quando vier a aflição, diremos:
“Eu vou esperar para ver qual a bênção que Deus trará por meio dela, pois sei que Ele vai fazê-lo”. Assim daremos um testemunho digno diante do mundo e isso servirá para fortalecer a fé de outras pessoas. – George Müller
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 15/04
quarta-feira, 14 de abril de 2021
Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos,seremos arrebatados, juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. 1 Tessalonicenses 4.16,17
Foi “de madrugada, sendo ainda escuro”, que Jesus ressuscitou dos mortos. Não o sol, mas só a estrela alva brilhava sobre o Seu túmulo, quando se abriu. As sombras da noite ainda não tinham ido embora, os cidadãos de Jerusalém ainda não estavam acordados. Ainda era noite, hora de sono e escuridão, quando Ele ressurgiu. E a Sua ressurreição não interrompeu o sono da cidade. Assim será – “de madrugada, sendo ainda escuro”, nada brilhando senão a estrela da manhã – que o corpo de Cristo, a Igreja, ressuscitará. Como Ele, Seus santos despertarão quando os filhos da noite e das trevas estiverem ainda dormindo seu sono de morte. Em seu despertar, a ninguém perturbam. O mundo não ouve a voz que conclama os filhos de Deus. Como o Senhor os fez repousar, cada um em seu silencioso túmulo qual criança nos braços da mãe, assim também, em igual quietude, em igual suavidade, despertarão eles ao chegar a hora. Vêm a eles as palavras vivificantes: “Despertai e exultai, os que habitais no pó” (Isaías 26.18). É nos seus túmulos que entram os primeiros raios da glória. E são elas que bebem dos primeiros albores da manhã, quando nas nuvens do nascente só há ligeiros prenúncios da aurora. São eles que sorvem a fragrância, a quietude, o frescor, a doce solidão, a pureza do alvorecer! Tudo tão cheio de dignidade e de esperança.
Oh que contraste entre estas coisas e a negra noite que atravessaram! Oh que contraste entre tudo isso e o túmulo de onde se levantaram! E enquanto lançam de si o pó que os limitou, deixando atrás a mortalidade, levantando-se em corpos glorificados para encontrar-se com o Senhor nos ares, são iluminados e guiados para cima – através do caminho ainda não trilhado – sobre os raios da Estrela da manhã, a qual, como a estrela de Belém, os conduz à presença do Rei. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”. – Horatius Bonar
“Vem, Senhor Jesus”.
Disse um soldado: “Quando eu morrer, não quero toques de silêncio à minha sepultura, mas de despertar, o toque da alvorada, a ordem de levantar”.
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 14/04
terça-feira, 13 de abril de 2021
A mão do Senhor veio
A mão do Senhor veio sobre mim, e Ele me disse: Levanta-te, e sai para o vale, onde falarei contigo. Ezequiel 3.22
Você já ouviu falar de alguém muito usado por Cristo que não tenha tido primeiro um tempo se espera ou não tenha sofrido o transtorno completo de todos os seus planos? Sempre foi assim – desde que Paulo foi enviado por três anos aos desertos da Arábia (quando devia estar transbordante da boa-nova), até os nossos dias.
Você estava ansioso por anunciar a confiança em Cristo, na Síria; então Ele lhe diz: “Eu quero que você mostre o que é confiar em Mim, aí onde está, sem esperar pela Síria”.
A minha experiência foi bem mais simples, mas, em principio, é a mesma. Quando a pensei que a porta estava aberta para eu me lançar no trabalho literário, veio a barreira, e o médico se interpôs, dizendo simplesmente: “Nunca! Ela precisa escolher entre escrever ou viver, não dá para ambos”.
Isso foi em 1860. Então, em 1869 saí da concha, com o livro “Ministério do Cântico”, e compreendi a grande sabedoria de Deus em me guardar na sombra por nove anos. Como o amor de Deus não muda, Ele está-nos amando mesmo quando não vemos nem sentimos Seu amor. Também, Seu amor e Sua sabedoria funcionam juntos, e em todas as situações; Ele sabe melhor o que realmente contribuirá para o amadurecimento e progresso da Sua obra em nós. – Memorial of Ridley Havergal
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 13/04
segunda-feira, 12 de abril de 2021
Jesus, cheio do Espírito Santo
Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e foi guiado pelo mesmo Espírito, ao deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Lucas 4.1,2
Jesus estava cheio do Espírito Santo, e, contudo, foi tentado. Muitas vezes a tentação assalta a um homem, e mais forte ainda, quando ele está mais perto de Deus. Como alguém já disse, “O inimigo alveja alto”. Ele levou um apóstolo a dizer que nem conhecia Cristo.
Poucos homens experimentaram tantos conflitos com o diabo, como Martinho Lutero. Porque Martinho Lutero ia sacudir o próprio reino do inferno. Ah, e que conflitos experimentou João Bunyan!
Se um homem está cheio do Espírito de Deus, ele terá grandes conflitos com o tentador. Deus permite a tentação porque ela nos faz o que as tempestades fazem aos carvalhos – ela nos enraíza; e o que o fogo faz nas pinturas em porcelana – ele as fixa.
Nunca reconhecemos melhor o quanto estamos presos a Cristo e como Cristo nos tem presos a Ele, como quando o inimigo está usando toda a força para nos atrair e afastar dEle; nessa hora sentimos o puxar da mão de Cristo. – Selecionado
Não devemos encarar as aflições fora do comum como sendo a punição de algum pecado fora do comum; às vezes elas vêm para pôr à prova graças fora do comum. Deus tem muitos instrumentos cortantes e lixas ásperas para o polimento de Suas jóias; e aqueles que Ele particularmente ama e deseja tornar bem resplandecentes, neles muitas vezes aplica esses instrumentos. – Arcebispo Leighton
Eu dou meu testemunho de que devo mais ao fogo, ao martelo e à lixa do que a qualquer outro instrumento da oficina do Senhor. Às vezes me pergunto se eu teria jamais aprendido qualquer coisa a não ser por meio da vara. Quando minha aula é no escuro é que eu vejo mais. – C. H. Spurgeon
Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 12/04