CANAL E NÃO RESERVATÓRIO

 

“Com os lábios tenho narrado todos os juízos da tua boca” (Salmo 119.13). O mesmo salmista que aprendeu os preceitos de Deus, agora narra todos os juízos de Deus. Ele entregou o que também recebeu. Ele ensinou o que aprendeu. Ele não foi um reservatório, mas um canal. Há um grande risco de acumularmos conhecimento e retermos todos os tesouros da graça apenas para nós. Ficamos gordos de tanto conhecimento, pois o saber ensoberbece, e muitas vezes há pessoas à míngua, esperando as migalhas de nosso conhecimento. Aqueles que recebem e não distribuem o que recebem tornam-se como o mar Morto, que recebe as águas do rio Jordão e não as distribui. O resultado é que, quem só recebe e nada dá acaba morrendo. Deveríamos ser como o mar da Galileia, que ao receber as águas do Jordão, as distribui e, por isso, é lugar cheio de vida, onde os cardumes enchem aquele lago de fartura. O autor sacro não narrou os juízos de Deus apenas num período de sua vida; ele fez isso continuamente. Ele não reteve para si o que aprendeu de Deus. Ele não escondeu a mensagem da esperança. Não sonegou aos famintos o pão da vida nem deixou de repartir com as pessoas o que recebeu de Deus. Oh, que tenhamos o mesmo compromisso de narrar os grandes feitos de Deus, de ensinar a santa Palavra de Deus e de tornar conhecido aquilo que um dia mudou a nossa história! Extraído do livreto Cada Dia – 13/09/21