terça-feira, 31 de agosto de 2021

SEGURO ATÉ O FIM

 

     Mesmo quando eu andar por um vale de trevas e morte, não temerei perigo algum, pois tu estás comigo...” (Salmos 23.4).

Falar em morte é algo que estraga conversas amigáveis, ambientes agradáveis, pois o homem procura viver como se não houvesse um final da história, como se a vida fosse feita somente de prazer e de alegria. Ele teme tanto a morte que se nega a pensar sobre o seu destino eterno, vivendo para os seus prazeres e desejos, tão passageiros.

Como é bom rever os pensamentos do teólogo batista inglês Charles Spurgeon, conhecido como o príncipe dos pregadores, sobre o tema da morte: “Não é morrer que é um infortúnio, mas morrer sem Deus. A criança tem que ir para a cama, mas ela não chora se a mãe for com ela. Está muito escuro, mas qual o problema? Os olhos da mãe são lâmpadas para a criança. Está muito deserto e quieto...os braços da mãe são a companhia da criança e a voz é a sua música. Ó Senhor, quando a minha vez de ir para a cama chegar, eu sei que o Senhor me levará até lá e falará amorosamente ao meu ouvido; portanto, eu não temerei...”

Como o salmista e rei Davi escreveu no Salmo 27 num dos momentos em que enfrentava sérias dificuldades: “o Senhor é a nossa luz e a nossa salvação” e ilumina as nossas trevas, dando-nos alegria e prazer em viver cada momento que ele nos dá sem medo, pois sabemos que o Bom Pastor cuidará de nós até o fim.

Extraído do livreto Cada Dia – 31/08/21

Bem-aventurados os que não viram

 


Bem-aventurados os que não viram, e creram.

João 20.29


Como é forte a cilada das coisas visíveis, e como é necessário que Deus nos conserve voltados para as invisíveis! Se Pedro vai andar sobre as águas, precisa andar; se vai nadar, precisa nadar; mas não pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Se um pássaro vai voar, precisa afastar-se das cercas e árvores e confiar em suas asas. Mas se procurar conservar o chão ao seu alcance, seu vôo será bem precário.

Deus teve de levar Abraão ao limite de suas próprias forças; mostrando-lhe que em seu próprio corpo ele nada podia. Abraão precisou chegar a considerar seu corpo como amortecido, para depois esperar que Deus realizasse a obra toda; e quando tirou os olhos de si mesmo e confiou em Deus, então ficou inteiramente persuadido de que, se Deus havia feito a ele a promessa, era também poderoso para cumpri-la. É isso que Deus está-nos ensinando, e muitas vezes Ele tem que afastar da nossa vida os resultados positivos, até que aprendamos a nEle confiar, sem o apoio deles. Então terá prazer em tornar a Sua Palavra bem real para nós por meio de fatos visíveis, assim como já nos é real por meio da fé.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 31/08


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

O IMPACTO DE UMA VIDA

 


os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram
a justiça... fecharam a boca de leões...” (Hebreus 11.33-38).

Um dos livros que mais gostei de ler chama-se “Antes de Partir”, escrito pela norte-americana Nancy Guthrie. Nele encontramos muitos testemunhos de homens de Deus que no final da existência enfrentaram grande sofrimento e que, às portas da morte, deixaram tremendos testemunhos que ela registra. Um deles vem do pastor e missionário, também norte-americano, John Eaves que disse:

A vida não é sobre nós. A vida é sobre Jesus e o nosso testemunho dele neste mundo. Eu levei uma vida inteira para compreender essa verdade fundamental em todas as suas implicações. Também levei o mesmo período de tempo para reconhecer que o nosso testemunho de Jesus é frequentemente manifesto em nossos momentos de maior fraqueza ao invés de quando estamos em força plena.”

É justamente nesses momentos, em que nos sentimos fragilizados física, espiritual e psicologicamente, que precisamos da inigualável força que vem do Senhor Jesus Cristo, o nosso único Salvador e Redentor. Só ele pode revigorar nosso corpo, nossa alma e dar aos seus filhos a paz que excede todo o entendimento. E você, está disposto a viver de modo que, na sua fraqueza, na sua fragilidade, Deus possa demonstrar seu poder, tornando o seu conforto visível a todos aqueles que o cercam?

Extraído do livreto Cada Dia – 30/08/21

Aqueles que descem ao mar,

 

Aqueles que descem ao mar, embarcando em navios, aqueles que fazem tráfego nas grandes águas, esses vêem as obras de Jeová, e as maravilhas no profundo. Salmo 107.23,24

Para o céu, todo vento que sopra é bom. Quem ainda não aprendeu isto, ainda não é mestre na arte, é apenas aprendiz. A única coisa que não ajuda ninguém é a calmaria. Norte ou sul, leste ou oeste, não importa, qualquer vento pode nos levar em direção àquele porto bendito. Procuremos apenas uma coisa: fazer-nos ao mar alto, e então, não tenhamos medo de ventos tempestuosos. Façamos nossa a oração daquele velho crente: “Ó Senhor, manda-nos ao mar alto, às águas profundas. Aqui, nós estamos tão perto dos recifes que, à primeira brisa do inimigo, seremos feitos em pedaços. Senhor, manda-nos ao mar alto – às águas profundas, onde teremos espaço bastante para obter uma gloriosa vitória”. – Mark Guy Pearse

Lembremo-nos disto: nossa fé mostra suas verdadeiras dimensões na hora da provação. Aquilo que não suporta o momento

de prova não passa de mera confiança carnal. Fé em tempo de bonança não é fé. - C. H. Spurgeon

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 30/08


domingo, 29 de agosto de 2021

 

Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata. Malaquias 3.3

Nosso Pai, que procura aperfeiçoar em santidade os Seus santos, sabe quanto vale o fogo do refinador. É com os metais mais preciosos que o avaliador de metais gasta mais tempo. Ele os submete ao fogo forte porque esse fogo derrete o metal, e é só a massa derretida que solta os metais inferiores que estejam na liga; e também toma perfeitamente a nova forma no molde. O refinador experiente nunca sai de perto do Candinho, mas senta-se ao lado dele, para por ventura um grau excessivo de calor não venha a danificar o metal. Mas logo que retira da superfície a última escória e vê ali refletido o seu próprio rosto, ele apaga o fogo. – Arthur T. Pierson

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 29/10


ALEGRIA DA VIDA ESTÁ NA JORNADA

 


O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre.” (Salmo 73.26).

Com certeza todos nós conhecemos pessoas que dizem: “quando eu me aposentar, então vou começar a viver e a realizar os meus sonhos!” Ou, sobre alguém que acabou de partir: “Ele lutou tanto para alcançar esta posição, e agora se foi!” O libertador Moisés tinha investido todo o seu ser para levar aquele rebelde povo israelita até Canaã e não pôde entrar. Deus não o permitiu. Ele viu a Terra Prometida e morreu ali perto. Mas Moisés viveu intensamente a jornada!

Aprendamos que o que cabe a nós é receber o presente de Deus em Jesus Cristo, que resolveu o problema quanto ao nosso destino eterno. Ao crermos em Jesus como único Salvador da nossa alma, temos vida nova e eterna. Então, precisamos aprender a desfrutar da jornada e do caminho que o Senhor Todo-Poderoso está abrindo à nossa frente. Aprender a apreciar a paisagem, os perfumes, as cores e cada pessoa que ele coloca em nosso caminho, agradecendo-lhe por tantas bênçãos.

Devemos celebrar a vida, pedindo que o Senhor desvie os nossos olhos das coisas inúteis e os ilumine para vermos as belezas da sua Palavra, colocando-a em prática para abençoar outras vidas. Isso é viver intensamente! E, quando a nossa hora chegar, ficaremos felizes por termos vivido com qualidade e prazer na jornada para o lar eterno.

Extraído do livreto Cada Dia – 29/08/21

sábado, 28 de agosto de 2021

DA MORTE PARA A VIDA

 



Disse Marta a Jesus: “Senhor, se estivesses
 aqui meu irmão não teria morrido (...)” (João 11.21).

Como Marta, irmã de Lázaro, talvez você esteja pensando que se o Senhor tivesse chegado em seu socorro mais cedo, seu querido ainda estaria vivo. Ou, talvez, que se alguém tivesse feito alguma coisa diferente, isso não teria acontecido. Sentimentos de pesar, de culpa e a busca por um culpado fazem parte do luto, mas não levam a nada. O Senhor é o dono da vida e da morte. Ele também se entristece, pois a morte é consequência do pecado original e nunca será natural.

Todos nós sofremos a dor da separação e temos a limitada impressão de que o tempo de vida nos será curto demais, não importando quantos tenham sido os meses ou anos de existência. Para quem fica, sempre foi pouco tempo, e o que mais desejávamos é que aquela pessoa amada não tivesse partido.

A única esperança que há é aquela que Jesus Cristo nos ofereceu na cruz ao vencer a morte e ressuscitar depois de três dias. Ele está vivo e nos garante que, ao crermos nele somos perdoados e passamos da morte espiritual para a vida. Mesmo que venhamos a morrer, viveremos para sempre com o Senhor, em seu lar, no céu. Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” (João 11.25,26)

Extraído do livreto Cada Dia – 28/08/21

Ali os provou

 

Ali os provou. Êxodo 15.25

Estive certa vez na sala-de-provas de uma grande indústria de aço. À minha volta achavam-se pequenas divisões e compartimentos, e nelas, peças de aço que haviam sido provadas. Cada uma estava marcada com um número que mostrava seu ponto de resistência. Algumas haviam sido torcidas até se quebrarem, e a força de torção estava registrada nelas. Outras haviam sido esticadas até seu ponto máximo, e sua resistência à tração também estava ali indicada. Outras, ainda, haviam sido prensadas até ao máximo, e também estavam marcadas. O chefe das obras sabia exatamente o que aquelas peças de aço suportariam sob pressão. Sabia exatamente o que agüentariam se colocadas num grande navio, edifício ou ponte. E sabia isto porque a sala-de-provas o havia revelado.

Muitas vezes, isto acontece com os filhos de Deus. Ele não quer que sejamos como vasos de vidro ou porcelana. Deseja ver-nos como essas peças de aço, enrijecidas, capazes de suportar torções e compressões até o máximo, sem desfalecer.

Ele não quer que sejamos plantas de estufa, mas carvalhos batidos pelas tempestades; não dunas de areia, movidas por qualquer rajada de vento, mas rochas de granito, arrostando os mais furiosos temporais. Para tornar-nos assim, Ele precisa levar-nos à Sua sala-de-provas do sofrimento. Muitos de nós não precisam de outro argumento que a própria experiência, para provar que de fato o sofrimento é a sala-de-provas da fé.

É muito fácil falarmos e apresentarmos teorias sobre a fé, mas, muitas vezes, Deus nos lança no cadinho para provar o nosso ouro e para separar dele a escória e as imperfeições. Felizes somos nós, se os furacões que encrespam o mar inquieto da vida têm o efeito de tornar Jesus ainda mais precioso ao nosso coração. É melhor a tempestade com Cristo do que águas mansas sem Ele.

Como seria, se Deus não pudesse usar o sofrimento para amadurecer a nossa vida?

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 28/08


sexta-feira, 27 de agosto de 2021

PREPARANDO NOSSOS SUCESSORES

 



Assim como estive com Moisés, estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei. Seja forte e corajoso.” (Josué 1.5-9).

Líder dos israelitas, o povo escolhido por Deus, o profeta Moisés, aos 120 anos de idade, era um homem cheio de vigor, mas o Senhor lhe disse que ele não entraria na Terra Prometida que ele prometera ao patriarca Abraão. O motivo foi uma desobediência dele durante a peregrinação de 40 anos pelo deserto. Então, Moisés deu a sua bênção aos filhos de Israel e impôs a sua mão sobre Josué, homem cheio do espírito de sabedoria, e a quem, durante bom tempo, havia treinado para dar continuidade ao seu ministério.

E o Senhor Deus estava com Josué diante do gigantesco desafio à sua frente, algo que o fazia tremer de tanta responsabilidade. Mas o Altíssimo aquietou seu coração, dando-lhe a certeza de que ele mesmo o guiaria em cada passo para o desempenho da missão que recebera. Com essa maravilhosa e inigualável companhia, Josué a cumpriu com fidelidade.

Você já pensou que pode não viver os mesmos 120 anos de Moisés e que deve preparar aqueles que o sucederão para que acrescentem, com sabedoria e direção divina, aquilo que você semeou, prosseguindo na obra que o Senhor lhe deu? Talvez você não possa colher os frutos, mas seu ministério certamente será bem sucedido, na força do Senhor!

Extraído do livreto Cada Dia – 27/08/21

Jesus tirando-o

 


Jesus tirando-o da multidão, à parte. Marcos 7.33

Paulo não só suportou as provas no meio do serviço ativo, como na solidão da prisão. É possível suportar-se a pressão de um trabalho intenso, acompanhado de severo sofrimento, e depois não resistir quando deixado à parte, fora de toda atividade religiosa; quando forçado a um estreito confinamento em uma prisão.

Aquela ave nobre, que corta as maiores alturas, alçando-se acima das nuvens, conseguindo voar extensões enormes, mergulha no desespero quando é lançada numa gaiola, e forçada a bater contra as barras da sua prisão as asas impotentes. Você já viu uma grande águia definhar em uma pequena cela, com a cabeça curvada e as asas pendidas? Que imagem da tristeza e inatividade!

Paulo na prisão – uma outra visão da vida. Quer ver como ele enfrenta a situação? Eu o vejo olhando por cima das paredes da prisão e por cima da cabeça de seus inimigos. Vejo-o escrever um documento e assinar seu nome, não o prisioneiro de Festo, nem de César; não a vítima do Sinédrio; mas – o “preso do Senhor”. Ele via só a mão de Deus, em tudo aquilo. Para ele a prisão se torna um palácio. Em seus corredores ecoam brados de triunfante louvor e gozo.

Impedido de realizar o trabalho missionário que ele tanto amava, agora constrói um púlpito – uma nova tribuna de testemunho – e daquele lugar de cativeiro, vêm alguns dos mais maravilhosos e mais úteis serviços acerca de liberdade cristã. Que preciosas mensagens de luz vêm daquelas sombras escuras da prisão.

Pense na longa linha de santos aprisionados que se sucederam no rastro do apóstolo. Durante dose longos anos, os lábios de Bunyan estiveram silenciados na prisão de Bedford. E foi ali que ele fez a maior e melhor obra de sua vida. Lá ele escreveu “O Peregrino”, o livro mais lido depois da Bíblia. Assim nos fala: “Na prisão eu me sentia como em casa; sentava-me e escrevia, escrevia... pois a alegria me fazia escrever”.

O sonho maravilhoso da longa noite de Bunyan tem iluminado o caminho de milhões de peregrinos cansados. Uma mulher francesa, cheia do Espírito Santo, Madame Guyon, ficou muito tempo entre as paredes de uma prisão. Como alguns pássaros cativos cujo canto é mais belo quando estão confinados, a música de sua alma voou para muito longe daquelas paredes escuras e tem feito dissipar-se a desolação de muitos corações desalentados.

Oh, a consolação celeste que se tem elevado de tantos lugares de solidão! – S. C. Rees

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 27/08


quinta-feira, 26 de agosto de 2021

PRONTO PARA PARTIR E PARA VIVER

 


   “
Está próximo o tempo da minha partida. Combati
 o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.” 2 (Timóteo 4.6-8).

Cuidar de pessoas em final de vida, nos hospitais, faz com que abramos nossos olhos e ouvidos para aquilo que o nosso Salvador, o Senhor Jesus, quer nos ensinar para vivermos melhor e com propósito, estando sempre prontos para partir quando ele decidir nos levar. Um missionário e professor de Teologia, ao descobrir que estava com câncer em grau avançado e com metástase em órgãos vitais, tomou a decisão de anotar todas as providências que queria para várias áreas de sua vida, lidando com cada uma delas.

Depois de tudo feito, inclusive as providências para o seu funeral, então disse que estava pronto para viver com alegria e leveza cada dia a mais que o Senhor, o Deus Altíssimo e Todo-Poderoso, quisesse lhe dar. Paulo, conhecido como o apóstolo dos gentios e um dos maiores evangelistas de todos os tempos, naquela que seria a última das várias vezes em que foi preso, fez o mesmo ao saber que teria pouco tempo de vida.

Tudo estava em ordem diante do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo e das pessoas a quem ministrara o Evangelho salvador de Jesus Cristo. Agora, ele estava livre para viver e, nem mesmo as grades poderiam tirar a sua alegria, que estava fundamentada somente no Senhor, a força de sua vida. Você está vivendo de modo a estar pronto para partir?

Extraído do livreto Cada Dia – 26/08/21

Não está em mim

 

Não está em mim. Jó 38.14

Lembro-me de que, certa ocasião, eu disse: “É do mar que eu preciso”. E fui passar alguns dias à beira-mar. Mas este parecia dizer-me: “Não está em mim!” O mar não me deu o que eu esperava. Então pensei: “É nas montanhas que vou conseguir descansar”. E fui para a montanha. Quando acordei de manhã, lá estava o grande monte que eu tanto queria ver; mas ele disse: “Não está em mim!” Ele não me satisfez. Ah! Eu precisava era do mar do Seu amor e dos altos montes da Sua verdade dentro de mim. Foi a sabedoria que as “profundezas” disseram não estar nelas, e que se não pode comparar a jóia ou pedras preciosas. Cristo é a sabedoria, e é a nossa mais premente necessidade. O problema de nossa inquietação interior só pode ser resolvido pela revelação do Seu eterno interesse e amor por nós. – Margaret Bottome

Ninguém pode prender uma águia na floresta. Pode-se cercá-la de um coro dos mais maviosos pássaros, pode-se dar-lhe um poleiro no melhor galho de um pinheiro, pode-se encarregar outras aves de lhe trazerem as mais deliciosas iguarias: ela desprezará tudo. Ela estenderá suas possantes asas e fitando os píncaros dos montes, cortará os ares em direção às mansões ancestrais, situadas entre penhas e rodeadas da música selvagem dos temporais e das cascatas.

A alma do homem, em seus vôos de águia, não achará pouso senão na Rocha Eterna. Suas mansões ancestrais são as mansões do céu. Seus rochedos são os atributos de Deus. O impulso do seu vôo majestoso é a eternidade. “SENHOR, Tu tens sido a nossa morada de geração em geração”. – Macduff

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 26/08

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

FONTES DE CONFORTO

 



Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o
 ministério (...)traga a capa (...) e os meus livros...” (2 Timóteo 4.9-13-21a)

Às vezes nós cruzamos os braços diante das grandes calamidades, como por exemplo essa da Covid-19 que tem afetado o mundo inteiro, porque achamos que não temos oportunidade de fazer algo que possa mudar a situação. Aí, ficamos só observando e não fazemos nada! O apóstolo Paulo, considerado um dos maiores evangelistas de todos os tempos, estava preso por causa do nome de Cristo depois de ter cumprido uma enorme tarefa anunciando o seu Evangelho e fundando muitas igrejas por onde quer que o Senhor o enviasse a pregar.

Seus seguidores sentiam-se pequenos e incapazes para aliviar seu sofrimento trazendo-lhe algum conforto, mas Paulo lhes mostrou pequenos detalhes que seriam de grande ajuda: ele se sentia abandonado e queria coisas simples, como, por exemplo, queria Marcos por perto e também seus livros, alguns pergaminhos e sua capa, se possível antes do frio do Inverno.

Você já pensou que o Senhor Deus pode utilizar aquilo que você doa ou faz com amor, mesmo que seja pouco, para confortar alguém? Se você fizer somente aquilo que lhe vier às mãos para fazer, ele o utilizará com o seu grande poder e para a bênção de muitos, mesmo que seja um sorriso carinhoso e cheio de empatia. “Um olhar amigo alegra o coração; uma boa notícia faz a gente sentir-se bem.” (Provérbios 15.30)

Extraído do livreto Cada Dia – 25/08/21

Encerrados para aquela fé.

 

Encerrados para aquela fé. Gálatas 3.23

No passado, Deus deixou que o homem ficasse sob a guarda da lei, a fim de que aprendesse o caminho mais excelente da fé. Pois na lei ele veria os altos padrões de Deus, e também reconheceria sua própria incapacidade; então estaria predisposto para aprender o caminho divino da fé.

Deus ainda nos encerra para a fé. Nossa natureza, nossas circunstâncias, provas e desilusões, todas servem para nos encerrar guardados, até que vejamos que a única saída é o caminho divino da fé. Moisés tentou conseguir o livramento de seu povo pelo esforço próprio, pela influência pessoal, e até pela violência. Deus teve de deixá-lo quarenta anos no deserto, até ele estar preparado para o trabalho.

Paulo e Silas foram enviados por Deus a pregar na Europa. Desembarcaram e foram a Filipos. Foram açoitados e postos na prisão com os pés no tronco. Ficaram ali encerrados para a fé. Confiaram em Deus. Entoaram louvores a Ele na hora mais escura, e Deus operou o livramento e salvação.

João foi exilado na ilha de Patmos: foi encerrado para a fé. Não tivesse ele sido encerrado, nunca teria visto tão gloriosas visões de Deus.

Amado leitor, você está em alguma grande dificuldade? Teve alguma desilusão? Sofreu alguma dor terrível, alguma perda muito grande? Ânimo! Você está encerrado para a fé. Aceite sua dificuldade da maneira certa. Entregue-se a Deus. Louve-O porque Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem e porque Deus trabalha para aquele que nEle espera. Você receberá bênçãos, auxilio e revelações de Deus que de outra forma não lhe teriam sobrevindo; e além de você, muitos receberão grandes bênçãos e revelações porque a sua vida esteve encerrada para a fé. – C. H. P.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 25/08

terça-feira, 24 de agosto de 2021

FAZENDO CADA DIA VALER

 

Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia.” (Salmo 118.24).

Diante da grave pandemia da Covid-19 que afeta o mundo desde 2020, a constatação da nossa fragilidade e da nossa finitude se tornou muito mais próxima e pessoal. Se pensávamos que a morte estava distante, que primeiro seria a morte do outro e não nos alcançaria tão fácil, agora ela se tornou muito patente. Temos recebido notícias avassaladoras sobre a perda de muitos amigos e até de familiares queridos.

O que podemos aprender em meio ao caos? Como combater o medo e a culpa de não termos vivido bem, alimentando a esperança e aproveitando cada dia de maneira plena, construindo um legado que permanecerá? Dispondo-nos a aprender a viver cada momento celebrando o dia que o Senhor nos deu, pois é um presente acordarmos em uma nova manhã desafiados a descobrir o que ele realizará em nós e através de nós. “Este é o dia que o Senhor fez!”

Tome uma nova atitude: a de fazer cada um de seus dias valer, desde os pequenos detalhes, pois a somatória destes será algo maravilhoso. Cultive um coração grato ao Deus Altíssimo por todos os seus benefícios e bondade, que, conforme sua promessa, se renovam a cada manhã. Então, não haverá tempo ou vida desperdiçada. Cada momento terá um novo significado, não importando quantos sejam os nossos dias, pois estaremos sempre bem.

Extraído do livreto Cada Dia – 24/08/21

Recebi tudo

 

Recebi tudo, e tenho abundância.

Hebreus 11.8

Num livro de jardinagem que possuo há um capítulo com título interessante: “Flores que crescem na sombra”. Trata daqueles recantos do jardim, que não recebem sol. E o manual informa quais os tipos de flor que não temem esses lugares.

Há similares no mundo espiritual. Eles se manifestam quando as circunstâncias se tornam difíceis. Crescem nos lugares sombrios. De outra forma, como poderíamos explicar algumas das experiências do apóstolo Paulo?

Aqui está ele na prisão em Roma. A missão suprema de sua vida parece estar anulada. Mas é justamente nesta atmosfera, que as flores começam a mostrar seu esplendor e glória. Ele pode tê-las visto antes, crescendo na estrada aberta, mas nunca com o viço e beleza que apresentam agora. As palavras de promessa abriram seu tesouro de modo que ele nunca vira antes.

Entre esses tesouros havia coisas maravilhosas, como a graça e o amor de Cristo, assim como seu gozo e sua paz; parecia que elas precisavam ser cercadas de sombra para poderem exteriorizar seu segredo e sua glória interior. Por alguma razão, essa atmosfera de sombra tornou-se o ambiente de uma revelação, e Paulo começou a perceber, como nunca dantes, toda extensão e riqueza de sua herança espiritual.

Quem ainda não conheceu pessoas que, quando chegam a lugares de sombra e solidão, revestem-se de força e de esperança como de um manto? Elas podem ser até aprisionadas, mas levam consigo o seu tesouro. Ninguém pode separá-las dele. Poderão viver em um deserto, mas “o deserto e a terra sedenta se regozijarão; o ermo exultará e florescerá como o narciso”. – Dr. Jowett

Toda flor, mesmo a mais bela, produz sombra, enquanto balançar à luz do sol.”

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman

24/08

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

TRANSFORMANDO VALES ÁRIDOS

 


Como são felizes os que em ti encontram sua
força, e os que são peregrinos de coração!” (Salmo 84.5,6).

Um dos antigos escritores do Puritanismo - movimento religioso que surgiu no final do Século 16 - observou que os desejos do coração de uma pessoa são a melhor prova de sua salvação. Nossos atos podem enganar as outras pessoas, porque elas não podem ver as motivações de nosso coração. Mas o Senhor Deus as conhece. O apóstolo João, no final do livro de Apocalipse, nos conta sobre a cidade celestial, dizendo-nos que ali não haverá mais morte, nem luto, nem pranto nem dor.

Ele nos diz que o Senhor Todo-Poderoso mesmo enxugará toda a lágrima dos nossos olhos. Mas João, que também era conhecido como o Evangelista, deixa a melhor notícia em destaque: Jesus Cristo estará lá, e é ele quem faz do céu o nosso lar. Estaremos com ele eternamente, e um simples e breve olhar em sua face apagará de nossos corações todo sofrimento. Teremos chegado no lar que ele nos prometeu!

Na nossa jornada, enquanto caminhamos para o céu, enfrentamos caminhos áridos, mas o Senhor é a nossa força. Jesus não só sabe o caminho, mas ele é o único caminho a única verdade e a vida. Por isso ele nos guiará pelos vales pedregosos. Na sua força e com os olhos fixos em nosso destino eterno, ele transformará os vales áridos em mananciais, enchendo-os de fontes de água e dando-nos a alegria de caminhar nele.

Extraído do livreto Cada Dia – 23/08/21

E partiu sem saber

 

E partiu sem saber aonde ia. 

Hebreus 11.8

Isto é sem vista. Quando podemos ver não agimos por fé, mas por raciocínio. Atravessando o Atlântico, certa vez, pude observar exatamente este princípio de fé. Não víamos trilho sobre o ar, nem sinal de praia. E contudo, a cada dia estávamos marcando o nosso caminho no mapa, com tal exatidão como se estivéssemos deixando um longo traço de giz sobre o mar. E quando estávamos a uns vinte quilômetros da costa, sabíamos onde estávamos com tanta certeza, como se a tivéssemos avistado desde o ponto de partida que ficava a três mil quilômetros dali.

Como havíamos calculado e marcado o nosso curso? Todos os dias, o capitão tomava seus instrumentos e, olhando para o céu, orientava a rota pelo sol. Estava navegando de acordo com luzes celestes, e não terrestres.

Assim, a fé olha para cima e navega pelo grande sol de Deus, não por uma praia que no horizonte, nem por um farol, nem por um trilho que marque o caminho. Muitas vezes a rota parece nos levar a uma completa incerteza ou até mesmo a trevas e desastre; mas Ele vai à frente, e muitas vezes faz dessas horas escuras as próprias portas do dia. Avancemos hoje, sem saber, mas confiando. – Days of Heaven upon Earth

Muitos de nós queremos ver o fim do caminho antes de nos lançarmos na nova empresa. Se o pudéssemos ver, e víssemos, como iríamos desenvolver as nossas graças cristãs? A fé, a esperança e o amor não são colhidos de árvores, como as maçãs. Temos que dar o primeiro passo; e o primeiro passo é a chave que libera a corrente do poder de Deus. E não é verdade somente que Deus ajuda a quem se ajuda, mas também que Ele ajuda aqueles que não podem ajudar-se. “Podemos depender dEle o tempo todo”.

Esperar em Deus leva-nos ao fim da nossa jornada muito mais depressa do que os nossos pés”.

A oportunidade muitas vezes é perdida pelo muito calcular.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 23/08

domingo, 22 de agosto de 2021

CRESCENDO EM MEIO À TEMPESTADE

 


“Senhor, salva-nos! Vamos morrer!” ... “Por que vocês
 estão com tanto medo, homens de pequena fé?” (Mateus 8.23-27).

Nesta passagem o mais interessante é perceber que o problema maior não estava na forte tempestade, mas na reação de pavor que os discípulos tiveram diante dela. Ou se esqueceram que o Filho de Deus e Criador de todas as coisas estava ali com eles, ou ainda não tinham compreendido que ele é o próprio Deus, Senhor sobre toda a sua criação.

Primeiro, Jesus falou com os seus companheiros de viagem, chamando a atenção deles para a sua pequena fé, a mesma que os fizera reagir com pavor diante do vento impetuoso e do mar revolto que ameaçava afundar o barco e matar a todos. Depois, o Filho do Deus Altíssimo lidou com o que os amedrontava: a tempestade. Com uma só palavra, ele aquietou o vento e o mar e a tempestade terminou.

Jesus Cristo fez isso no passado e pode fazer o mesmo ainda nos nossos dias. O Salvador do mundo é o mesmo hoje e pode aquietar o nosso coração diante das tempestades que estamos enfrentando nesta vida, fazendo-nos olhar para ele, o Senhor do Universo, ajudando-nos a aprender a descansar nele. Bill Johnson, fundador da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, disse: “Às vezes, Deus acalma a tempestade. Outras vezes, ele permite a tempestade e acalma você.” 

Extraído do livreto Cada Dia  – 22/08/21

E os demais

 

E os demais, uns em tábuas e outros em coisas do navio. E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo. Atos 27.44


      Esta extraordinária história da viagem de Paulo a Roma, com suas provas e triunfos, é um bom exemplo do conjunto de luzes e sombras sempre presente no caminho da fé, por toda a história da vida humana. O ponto notável nessa história é que os lugares difíceis e estreitos são enfrentados das mais extraordinárias intervenções e providências de Deus.

      É comum pensar-se que a vereda de fé é semeada de flores; é comum pensar-se que, quando Deus intervém na vida do Seu povo, fá-lo numa escala extraordinária que somos colocados acima do plano das dificuldades. A realidade, no entanto, é que a experiência mostra bem o contrário. A história da Bíblia é pontilhada de provas e triunfos, alternadamente, na vida de cada um dos que formam a grande nuvem de testemunhas, desde Abel até ao último mártir que houver.

      Paulo, mais do que outro qualquer, foi um exemplo de quanto um filho de Deus pode sofrer sem ser esmagado ou despedaçado no espírito. Por causa de seu testemunho em Damasco, foi perseguido pelos adversários e obrigado a fugir para salvar a vida. Mas não vemos uma carruagem celeste cercada de raios, trovões e chamas, arrebatando o apóstolo do inimigo; e sim, que o desceram pela muralha de Damasco “dentro de um cesto”, e assim escapou. Num cesto, como uma trouxa de roupas sujas, ou um pacote de compras do empório, o servo de Jesus Cristo foi descido por uma janela e fugiu dos inimigos ignominiosamente.

      De outra vez o encontramos deixado por meses numa prisão isolada, e o ouvimos falando de suas vigílias, seu jejuns, da deserção de amigos, dos brutais e vergonhosos açoites. Em nosso texto, mesmo depois de Deus ter prometido livrá-lo, nós o vemos sofrer durante vários dias os embates de um mar encapelado, obrigado a apaziguar os pérfidos marinheiros. Por fim, quando vem o livramento, não vemos uma galera vindo do céu para apanhar do naufrágio o nobre prisioneiro, não vemos um anjo andando sobre as águas e aquietando os furiosos vagalhões, não vemos nenhum sinal sobrenatural de que esteja sendo operado um milagre transcendente: vemos um homem a segurar-se a um mastro, outro, a uma tábua flutuante, outro agarrar-se a um destroço qualquer, outro, ainda, a salvar-se a nado.

      Aqui está o padrão de Deus para a nossa vida. Aqui está uma ajuda do Evangelho para pessoas que têm de viver neste mundo atual, no meio de circunstâncias comuns e situações comuns, as quais têm de ser encaradas de uma maneira totalmente prática.

      As promessas de Deus, e as Suas providências, não nos elevam acima do plano do senso comum e da lida corriqueira, mas é exatamente através dessas coisas que a fé é aperfeiçoada e que Deus Se agrada de entretecer, na urdidura da nossa experiência de cada dia, os fios de ouro do Seu amor.  – De Hard Places em the Way of Faith

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  

sábado, 21 de agosto de 2021

PEDINDO COM A MOTIVAÇÃO CERTA

 “Ajuda-me, ó Senhor meu Deus, salva-me... Para que saibam que esta é a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste.” (Salmo 109.26,27).

Muitas vezes pedimos socorro ao Senhor por interesse próprio. Oramos por saúde, por poder que almejamos, pelo emprego que queremos, por bens materiais que tanto sonhamos, pela resolução de problemas que precisamos, entre outros tantos pedidos. Cremos na sua misericórdia e amor para conosco, mas andamos com ele de modo relapso e casual. Nós o procuramos aos domingos, mas levamos a vida do nosso jeito nos outros dias da semana, como se ele não tivesse nada a ver com as nossas escolhas e com o nosso modo de vida.

Quando realmente o amamos, desejamos ardentemente estar com ele dia a dia, demonstrando-lhe o nosso amor e deixando-nos amar e moldar pelo Espírito Santo de Deus, que nos transforma e nos molda ao caráter de Jesus Cristo através da sua Palavra. Assim, demonstramos que o amamos acima de qualquer coisa que ele possa nos dar ou fazer.

“Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.” (João 14.21) O autor do Salmo 109 coloca a razão correta ao pedir que o Senhor o ajude no verso 27: “Para que saibam que esta é a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste.” A pessoa de Cristo é revelada ao mundo através de nossa vida transformada, que irradia sua luz. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 21/08/21


Trouxe-me

   Trouxe-me para um lugar espaçoso; livrou-me,  porque Ele se agradou de mim Salmo 18.19

      E o que é esse lugar espaçoso? O que pode ser, senão Deus mesmo? Aquele Ser infinito, em quem terminam todos os outros seres e todas as outras fontes de vida? Deus é de fato um lugar espaçoso. E foi através de humilhação, de rebaixamento, de aniquilamento, que Davi foi trazido a esse lugar. – Madame Guyon

Como vos levei sobre asas de águias e vos cheguei a Mim. Êxodos 19.4

Temendo me entregar inteiro em Sua mão,

Perguntei ao Senhor o que aconteceria...

Em que porto daria a minha embarcação...

“Em Mim”, disse o Senhor.

Trabalhando no campo, a cumprir Seu chamado,

Tive gostos, porém desapontos achei.

Mas a voz escutei, quando triste e cansado:

“Para Mim te chamei”.

Chorando por alguém, rasgado o coração,

Perguntei ao Senhor aonde me levaria

O trilho em que me via, de dor e solidão.

“A Mim”, disse o Senhor.

Quando olhei meus heróis, deles tanto esperando

Vi-os errar, cair, e a força me fugiu...

Mas disto se serviu e, o pranto me enxugando:

Para Si me atraiu.

Para Si! Encontrei o descanso almejado

Desde o dia feliz em que nEle ancorei!

Nele estou, dEle sou, pois meu ser, quebrantado,

Para Si conquistou.  adaptado

      Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Ficando ele só

        Ficando ele só; e lutava com ele um homem até ao romper do dia. Gênesis 32.24

      Isto era mais Deus lutando com Jacó, do que Jacó lutando com Deus. Era o Filho do homem, o Anjo da Aliança – era Deus em forma humana, lutando para tentar expulsar de Jacó sua velha vida. E antes que a manhã rompesse, Deus havia prevalecido e Jacó caíra com a coxa deslocada. Mas ao cair, caiu nos braços de Deus, e neles se agarrou e lutou mais, até que a bênção veio; e a nova vida surgiu, e ele foi elevado do natural para o sobrenatural, do terreno para o celeste, do humano para o divino. Ao prosseguir em seu caminho naquela manhã, ele era um homem fraco e quebrado, mas Deus estava com ele. E a voz do Céu proclamou: “Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste”. 

      Amado leitor, esta será sempre uma cena típica de cada vida transformada. Se Deus nos tem chamado para um plano mais alto e melhor, teremos que passar pela hora de crise. Hora em que todos os recursos humanos falham; hora em que enfrentamos, ou ruína, ou algo superior a tudo com que sonhamos; hora em que precisamos da infinita ajuda de Deus! Contudo, sabemos que, antes de podermos ter essa ajuda, precisamos desistir de alguma coisa; precisamos render-nos completamente; precisamos abandonar nossa própria sabedoria, força e justiça, e tornar-nos pessoas crucificadas com Cristo e vivas nEle! Pois bem, Deus sabe levar-nos a essa crise, e sabe fazer-nos atravessá-la.

      Será que Ele o está conduzindo assim, prezado leitor? É isto que significa sua profunda aflição, aquela situação penosa, aquele lugar de provação aonde você não pode ir sem Ele, e contudo não tem bastante dEle para lhe dar a vitória?

      Volte-se para o Deus de Jacó! Lance-se totalmente a Seus pés. Morra para a sua própria força e sabedoria, abandone-se em Seus braços amorosos, e depois levante-se, como Jacó, pela força e suficiência dEle. A única saída desse seu poço estreito é no topo. Você precisa obter livramento, elevando-se a um plano mais alto e entrando numa nova experiência com Deus. Que ela possa trazê-lo a tudo o que está contido na revelação do Poderoso Jacó! – But God


Jacó ficou só

No vau de Jaboque,

E ali viu a face de Deus.

E o dia nascido,

Trazendo os seus males,

Achou, no caminho Israel.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  20/08

OS VALES NÃO DURAM PARA SEMPRE!

 

“Por que você está assim tão triste, ó minha
alma? ... Ponha a sua esperança em Deus! ” (Salmo 42.5).

Muitas vezes quando estamos sofrendo, pensamos que esta dor não terá fim. Abatidos, entristecidos, conversamos com a nossa alma procurando as razões que nos levaram a tanta tristeza, e nem sempre elas estão ao nosso alcance. Mas o Deus Altíssimo dá ouvidos à nossa oração e aos pedidos de restauração de nossa vida. O Criador utiliza todos os meios que ele acha necessários para o nosso bem.

O Todo-Poderoso sempre fará o melhor por nós e para nós, dentro do seu tempo e da sua vontade que é boa, perfeita e agradável, como cita o apóstolo Paulo em Romanos. Se a nossa esperança estiver limitada aos recursos humanos - próprios ou de outros -, poderemos nos frustrar. Mas Deus, como escreveu o rei Davi no Salmo 46, é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, socorro bem presente na tribulação. Por esse motivo não precisamos temer.

José já tinha tentado de tudo, sem resultado, para lidar com a sua profunda depressão. Como último recurso, clamou ao Senhor por ajuda. O Rei dos reis e Senhor dos senhores lhe enviou um tratamento médico eficaz que, somado ao aconselhamento através da Palavra de Deus, o ajudou na mudança de coração. José tem aprendido a identificar suas fraquezas e a correr para o Senhor. Seu tratamento integral o tem deixado sensível à dor do outro, e ele tem servido a muitos. 

Extraído do livreto Cada Dia  – 20/08/21

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

PROTEÇÃO EM TEMPOS DE ANGÚSTIA

  

“O Senhor é bom, um refúgio em tempos de
angústia. Ele protege os que nele confiam.” (Naum 1.7)

Na nossa existência não há tempo em que nos sentimos mais fragilizados e solitários do que nos tempos de angústia. Crentes e descrentes podem sofrer este sentimento de abandono ao atravessar os vales áridos da vida. O apóstolo Paulo, um dos grandes plantadores de igrejas e fiel servo do Senhor Jesus Cristo, diante de seu julgamento injusto, também diz que todos o abandonaram e ele ficou só. Mas o Todo-Poderoso não o abandonou!

No passado, Deus estava furioso com a cidade de Nínive por sua rebeldia, contínua crueldade e desobediência aos seus mandamentos. Então, ele se apresenta como o Deus vingador, cheio de ira contra os seus inimigos, poderoso e pronto para repreendê-los em sua santa indignação. Ao mesmo tempo, o profeta Naum mostra a bondade do Senhor para com os seus como sendo o refúgio seguro e a fortaleza em tempos de angústia.

O Altíssimo Deus não só nos esconde em lugar seguro, como também nos dá proteção contra nossos inimigos. Ele é a nossa esperança! Peço ao Senhor que você também seja o braço estendido dele, oferecendo proteção e cuidado ao seu irmão no dia da tribulação, aliviando a sua angústia! “Senhor, tem misericórdia de nós; pois por ti esperamos! Sê tu a nossa força cada manhã, nossa salvação na hora do perigo.” (Isaías 33.2) 

Extraído do livreto Cada Dia  – 19/08/21

Entristecidos

   Entristecidos, mas sempre alegres. (2 Coríntios 6.10)

          A Tristeza era bela, mas sua beleza era como a beleza do luar, quando passa através dos ramos das árvores na mata e forma pequenas poças de prata pelo chão.

          Quando a Tristeza cantava, suas notas soavam como o doce e suave gorjeio do rouxinol, e em seus olhos havia aquele ar de quem cessou de esperar pela vinda da alegria. Ela sabia, compadecidamente, chorar com os que choram; mas alegrar-se com os que se alegram era-lhe desconhecido.

          A Alegria era linda também, e a sua beleza era como a beleza radiante de uma manhã de verão. Seus olhos ainda traziam o riso alegre da meninice, e em seus cabelos pousava o brilho do sol. Quando a Alegria cantava, sua voz se lançava aos ares como a da cotovia, e seus passos eram como os passos do vencedor que jamais conheceu derrota. Ela podia alegrar-se com os que se alegram, mas chorar com os que choram era-lhe desconhecido.

           “Nós nunca podemos estar unidas”, disse a Tristeza pensativa.

      “Não, nunca”. E os olhos da Alegria ficaram sérios, quando respondeu. “O meu caminho atravessa campos ensolarados; as roseiras mais lindas florescem quando eu passo, para que as colha, e os melros e tordos esperam minha passagem, para derramar seus mais alegres trinados”.

          “O meu caminho”, disse a Tristeza afastando-se vagarosamente, “atravessa a mata sombria; minhas mãos só podem encher-se das flores noturnas. Contudo, toda a beleza e valor que a noite encerra me pertencem! Adeus, Alegria, adeus”.

          Quando ela acabou de falar, ambas tiveram consciência de uma presença próxima; indistinta, mas com um aspecto de realeza. E uma atmosfera de reverência e santidade as fez ajoelharam-se perante Ele.

          “Eu O vejo como o Rei da Alegria”, murmurou a Tristeza, “pois sobre a Sua cabeça estão muitas coroas, e as marcas das Suas mãos e pés são marcas de uma grande vitória. Diante dEle toda a minha tristeza está se transformando em amor e alegria imortais, e eu me dou a Ele para sempre”.

          “Não, Tristeza”, sussurrou a Alegria, “eu o vejo como o Rei da dor; Sua coroa é de espinhos, e as marcas das Suas mãos e pés são marcas de uma grande agonia. Eu também me dou a Ele para sempre, pois a tristeza com Ele deve ser muito mais doce do que qualquer alegria que eu conheço”.

          “Então, nEle, nós somos uma”, exclamaram com júbilo; “pois somente Ele poderia unir Alegria e Tristeza”.

         De mãos dadas, saíram elas para o mundo, para segui-LO na tempestade e na bonança, na desolação do inverno e na alegria do verão, “entristecidos, mas sempre alegres”.


O servo do Senhor

Embora entristecido

Pelas coisas que oprimem

E a batalha cerrada

Porque os dias são maus.

E os tempos, trabalhosos!

Conhece uma alegria

E uma paz interior

Que o mundo não conhece,

E que ninguém lhe tira:

 O gozo e a paz de Deus!         

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  19/08