“... ao anoitecer, pode vir o choro,
mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30.5b).
O percurso do berço à sepultura é uma caminhada acidentada. Há curvas sinuosas, montes íngremes, ladeiras escorregadias e pinguelas estreitas. Atravessamos dias de calor sufocante e enfrentamos noites geladas. Há momentos de fraqueza, dor e tristeza, quando dos nossos olhos brotam torrentes de lágrimas. Essas são as noites escuras da alma, quando a enfermidade desidrata a nossa saúde, quando a dor castiga o nosso corpo, quando os temores assaltam a nossa mente, quando as nossas emoções são amassadas pelos dramas da vida.
Há momentos em que olhamos para frente e vemos apenas um corredor escuro, sem uma luz no fim do túnel. Há horas em que a alegria se afasta de Deus, sem qualquer promessa de retorno. Porém, quando a noite trevosa se vai e o sol mostra seu rosto, lavado no orvalho da manhã, no pico das montanhas, ele traz em suas asas a alegria do alívio, da cura, do consolo, da restauração.
Mesmo que o choro tenha durado a noite inteira, a alegria vem pela manhã. Deus é o nosso consolador. Ele enxuga dos nossos olhos toda a lágrima. Nele temos uma fonte inexaurível de consolo e paz. A noite não é permanente. Caminhamos para a cidade santa, onde não haverá mais noite nem precisaremos de luz de candeia. Ali Deus enxugará dos nossos olhos toda lágrima.
Extraído do livreto Cada Dia – 30/01/21
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