“... não sejas surdo para comigo; para que não suceda, se te calares acerca de mim, seja eu semelhante aos que descem à cova” (Salmo 28.1b)
O silêncio de Deus grita mais alto nos ouvidos da nossa alma que o ruído mais barulhento das circunstâncias mais medonhas. Davi não teme o alarido do inimigo, mas fica apavorado com a possibilidade de Deus estar em silêncio. O menor silêncio de Deus é um ruído insuportável para ele. Por isso, ora para Deus não tapar os ouvidos ao seu clamor. Davi tira a sua força não de suas estratégias militares, mas da oração. Ele sabe que se Deus se agradar dele e responder suas orações, ele triunfa. Porém, se Deus virar o rosto dele e ficar em silêncio, ele se perturba.
Vale destacar, também, que não devemos calar nossa voz se Deus fica em silêncio. O silêncio do céu é sempre pedagógico. Quando Deus fica em silêncio ele não está inativo, mas preparando algo maior e melhor para aquele que clama. O maior temor de Davi era ser levado para a morte na correnteza com os homens perversos. Ele não quer ser contado entre aqueles que vivem na iniquidade e se esquecem de Deus.
Seu maior anseio é pela presença de Deus. Ele não possui nenhum bem maior do que Deus nesta vida e nenhuma herança mais sublime do que Deus na vida porvir. Davi tem seu prazer em Deus e por isso não suporta o silêncio de Deus. Ele quer andar com Deus e não ser misturado com os iníquos.
Extraído do livreto Cada Dia – 16/01/21
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