domingo, 2 de janeiro de 2022

RECEBENDO DIAGNÓSTICO SOMBRIO

 

    “Os restantes, que não foram levados para o exílio e se acham lá na província estão em grande miséria e desprezo...” (Neemias 1.3a).

Neemias recebe um sombrio diagnóstico da cidade de Jerusalém. Muitos haviam sido arrancados de sua terra e levados como escravos para a Babilônia. Perderam sua pátria, sua nacionalidade, suas terras, suas casas, seu templo e até mesmo membros de sua família. A cidade de Jerusalém foi sitiada, atacada, ferida e destruída. O templo foi arrasado até os fundamentos. Multidões morreram de fome e outros foram mortos à espada. Os que foram deixados em Jerusalém ficaram em situação de calamidade.

A pobreza fez amargar a vida deles. O abandono os feriu profundamente, pois além da tragédia e da pobreza, ninguém se importava com eles. O desprezo é pior do que a miséria. 
O descaso é pior do que a pobreza. Os que não foram levados para a Babilônia viveram no meio de escombros, cercados de insolentes inimigos. O pouco que conseguiam produzir precisavam pagar pesados tributos aos dominadores estrangeiros.

A pobreza é ainda hoje uma amarga realidade para muitas nações e para milhões de pessoas ao redor do mundo. Enquanto muitos acumulam com usura, outros padecem de escassez. Enquanto muitos morrem de comer, outros passam fome. Mas, a realidade mais dolorosa é o desprezo. Isso ocorre quando a dignidade da vida não é considerada e o drama vivido por aqueles que sofrem não é sequer observado.

Extraído do livreto Cada Dia – 02/01/22

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