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“Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra.” (Salmo 119.67).
Assim como o rei Davi neste salmo, há uma lista de gente que percebeu na dor a oportunidade de crescer espiritualmente. O patriarca Jacó, no meio do deserto, edificou um altar, adorou ao Senhor e chamou aquele lugar de Betel, ou seja, Casa de Deus. Jó reconheceu que o seu sofrimento foi um mecanismo para conhecer o Senhor de perto (Jó 42.6). O mesmo Davi declara mais à frente “foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119.71).
O próprio Deus disse ao apóstolo Paulo que “o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9). Até Jesus, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu” (Hb 5.8,9). Para que haja azeite é necessário, antes, espremer a azeitona; para que haja vinho é imprescindível, primeiro, amassar a uva. O melhor também se extrai através de processos nada indolores.
Seria um grande presente se pudéssemos aprender sem passar pelo que o rei Davi, um homem segundo o coração de Deus, enfrentou. Mas também conhecemos a Deus através do sofrimento. É preciso fogo para refinar o ouro (Jó 23.10). Mas provações não contêm em si mesmas benefícios espirituais. É a nossa resposta a elas que apontará as provações como uma porta para o nosso crescimento espiritual ou como uma profunda cova de ressentimento e amargura.
Extraído do livreto Cada Dia – 10/06/22
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