“A
minha alma, de tristeza, verte lágrimas, fortalece-me segundo a tua
palavra.” (Salmo 119.28).
A
tristeza chega de mansinho, o aperto no coração se agrava cada vez
mais. A impotência e a desesperança tomam conta de todo o ser!
Pode-se sentir o frio gelar o interior. A chuvinha fina lá fora faz
estremecer a alma. A fraqueza física, favorecida pela opressão
mental, leva a um grande abatimento espiritual. Ondas de pânico, de
indagações, perpassam a mente. Pensamentos acusatórios impedem de
perceber o agir de Deus, de perceber seu perdão, misericórdia e
graça! Apresenta-se como juiz severo, castigador, o que repele e não
aproxima. A sensação de ter falhado com a missão proposta por
Deus, angústia!
Lembro-me
de Lutero, reformador da Igreja cristã. Prisioneiro na torre do
castelo, dias a fio viveu o tormento acusatório na mente! Estando
frente a frente com o inimigo das almas, não suportando mais,
confronta-o. Depois de ouvir todas as acusações, confirmando,
escreve cada pecado dito. Terminando a lista, com sangue do seu
próprio punho escreve sobre a extensão da folha: justificado pelo
sangue de Jesus!
Não
tinham mais como acusá-lo. A
paz, como um rio, flui na alma cansada de lutar. Rendição total
naquele que suou sangue, no Getsêmani, entregando-se ao autor da
vida, em nosso favor: “Pai, faça-se a tua vontade!” (Lucas
22.42).
Referência
para leitura: Lucas 22.39-45.
Extraído
do Livreto Cada Dia – 03/10/17
Nenhum comentário:
Postar um comentário