sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A NOITE ESCURA DA ALMA

        “A minha alma, de tristeza, verte lágrimas, fortalece-me segundo a tua palavra.” (Salmo 119.28).

A tristeza chega de mansinho, o aperto no coração se agrava cada vez mais. A impotência e a desesperança tomam conta de todo o ser! Pode-se sentir o frio gelar o interior. A chuvinha fina lá fora faz estremecer a alma. A fraqueza física, favorecida pela opressão mental, leva a um grande abatimento espiritual. Ondas de pânico, de indagações, perpassam a mente. Pensamentos acusatórios impedem de perceber o agir de Deus, de perceber seu perdão, misericórdia e graça! Apresenta-se como juiz severo, castigador, o que repele e não aproxima. A sensação de ter falhado com a missão proposta por Deus, angústia!
Lembro-me de Lutero, reformador da Igreja cristã. Prisioneiro na torre do castelo, dias a fio viveu o tormento acusatório na mente! Estando frente a frente com o inimigo das almas, não suportando mais, confronta-o. Depois de ouvir todas as acusações, confirmando, escreve cada pecado dito. Terminando a lista, com sangue do seu próprio punho escreve sobre a extensão da folha: justificado pelo sangue de Jesus!
Não tinham mais como acusá-lo. A paz, como um rio, flui na alma cansada de lutar. Rendição total naquele que suou sangue, no Getsêmani, entregando-se ao autor da vida, em nosso favor: “Pai, faça-se a tua vontade!” (Lucas 22.42).

Referência para leitura: Lucas 22.39-45.

Extraído do Livreto Cada Dia – 03/10/17

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