“Meu
filho Absalão” Absalão, meu filho, meu filho!”
(2 Samuel 19.4).
No
momento de perda e dor dilacerante, parece que Deus se faz surdo. O
ser humano explode e tenta, com grande esforço na voz, fazer Deus
ouvir-lhe as queixas. Esse grito é, na verdade, expressão clara
para afugentar a dor. O rei Davi, com o coração aflito, faz queixas
doloridas, diante do quadro da morte de seu filho! Jeremias lamentou
ao Senhor diante dos zombadores que o desprezavam: “Tu
és mais forte do que eu, me dominaste! Todos zombam de mim, caçoando
o dia inteiro. Cada vez que falo, tenho de gritar e anunciar,
violência! Destruição! Ó Eterno, me desprezam, zombam de mim o
tempo todo! Por que nasci? Será que foi só para ter tristeza, dor
e acabar a minha vida na desgraça?” (Jeremias 20.7,18).
A
ferida causa perguntas sem respostas, entrando em estado de
introspecção. Não há mais desejos nem adjetivos
de vida. Há procura intensa,
como Maria no túmulo buscando o Senhor! Muitos creem que as
respostas estão no meio dos mortos, em tumbas frias.
O
vazio da alma clama: “Deus onde estás?” A aflição do perder-se
de Deus, no abandono, pode ser oportunidade de perder-se em Deus,
sendo acalentado pelo calor dos braços fortes e aconchegantes e o
sussurro seguro, suave e vibrante, como daquela manhã de domingo:
Ele não está aqui. Ressuscitou!
Referência
para leitura: Mateus 27.32-46.
Extraído
do Livreto Cada Dia – 09/11/17
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