quinta-feira, 9 de novembro de 2017

O GRITO DIANTE DA MORTE

Meu filho Absalão” Absalão, meu filho, meu filho!” (2 Samuel 19.4).

No momento de perda e dor dilacerante, parece que Deus se faz surdo. O ser humano explode e tenta, com grande esforço na voz, fazer Deus ouvir-lhe as queixas. Esse grito é, na verdade, expressão clara para afugentar a dor. O rei Davi, com o coração aflito, faz queixas doloridas, diante do quadro da morte de seu filho! Jeremias lamentou ao Senhor diante dos zombadores que o desprezavam: “Tu és mais forte do que eu, me dominaste! Todos zombam de mim, caçoando o dia inteiro. Cada vez que falo, tenho de gritar e anunciar, violência! Destruição! Ó Eterno, me desprezam, zombam de mim o tempo todo! Por que nasci? Será que foi só para ter tristeza, dor e acabar a minha vida na desgraça?” (Jeremias 20.7,18).
A ferida causa perguntas sem respostas, entrando em estado de introspecção. Não há mais desejos nem adjetivos de vida. Há procura intensa, como Maria no túmulo buscando o Senhor! Muitos creem que as respostas estão no meio dos mortos, em tumbas frias.
O vazio da alma clama: “Deus onde estás?” A aflição do perder-se de Deus, no abandono, pode ser oportunidade de perder-se em Deus, sendo acalentado pelo calor dos braços fortes e aconchegantes e o sussurro seguro, suave e vibrante, como daquela manhã de domingo: Ele não está aqui. Ressuscitou!

Referência para leitura: Mateus 27.32-46.

Extraído do Livreto Cada Dia – 09/11/17

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