segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A SAUDADE


Pois minha testemunha é Deus, das saudades que tenho de vós, na eterna misericórdia de Deus.” (Filipenses 1.8).

A saudade é um sentimento da presença de quem não mais está. Ela não se desfaz, vive na memória. Chama acesa, que aquece e às vezes arde pela falta que faz. É o vazio, o aperto no coração que escorre pelos olhos em forma de lágrimas. É a ausência de quem se quer abraçar, beijar e declarar o amor sentido.
Ela dói e dói muito. Parece que não passará nunca. A saudade envolve você num nevoeiro, impedindo enxergar o outro à sua volta. É viver num torpor, numa fixação no longe. Devagarinho, em passos lentos, a saudade vai deixando de doer.
A saudade é amenizada ao perceber-se vivo. Vendo à frente, vê os que estão à sua volta cercando-o de ternura, e se deslumbra com os que estão perto. Quando se sente a presença de Deus aquecendo sua alma, sussurrando suavemente, vem a certeza de que quem se foi está em seus braços. Uma força inspiradora flui, desabrochando um ideal de servir o que está próximo. A saudade é amenizada e uma nova expectativa surge. “A angústia de ter perdido não supera a alegria de um dia ter possuído” (Santo Agostinho). Jesus cura a saudade afirmando: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra viverá”! A certeza do reencontro em Cristo Jesus restitui a paz e firma os passos numa jornada suave no propósito divino.

Referência para leitura: João 11.1-26.

Extraído do Livreto Cada Dia – 13/11/17

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