“Pois
minha testemunha é Deus, das saudades que tenho de vós, na eterna
misericórdia de Deus.”
(Filipenses 1.8).
A
saudade é um sentimento da presença de quem não mais está. Ela
não se desfaz, vive na memória. Chama acesa, que aquece e às vezes
arde pela falta que faz. É o vazio, o aperto no coração que
escorre pelos olhos em forma de lágrimas. É a ausência de quem se
quer abraçar, beijar e declarar o amor sentido.
Ela
dói e dói muito. Parece que não passará nunca. A saudade envolve
você num nevoeiro, impedindo enxergar o outro à sua volta. É viver
num torpor, numa fixação no longe. Devagarinho, em passos lentos, a
saudade vai deixando de doer.
A
saudade é amenizada ao perceber-se vivo. Vendo à frente, vê os que
estão à sua volta cercando-o de ternura, e se deslumbra com os que
estão perto. Quando se sente
a presença de Deus aquecendo sua alma, sussurrando suavemente, vem a
certeza de que quem se foi está em seus braços. Uma
força inspiradora flui, desabrochando um ideal de servir o que está
próximo. A saudade é amenizada e uma nova expectativa surge. “A
angústia de ter perdido não supera a alegria de um dia ter
possuído” (Santo Agostinho). Jesus cura a saudade afirmando: “Eu
sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra
viverá”! A certeza do reencontro em Cristo Jesus restitui a paz e
firma os passos numa jornada suave no propósito divino.
Referência
para leitura: João 11.1-26.
Extraído
do Livreto Cada Dia – 13/11/17
Nenhum comentário:
Postar um comentário