quarta-feira, 31 de março de 2021

GRAÇA QUE CONSTRANGE

 


Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas… Não deveria eu ter pena dessa grande cidade?” (Jonas 4.11).

O ensinamento final de Deus ao profeta Jonas aponta contundentemente para sua implacável graça. Jonas teve pena da planta, que nasceu em um dia e morreu no outro, mas não conseguia se compadecer do povo de Nínive que estava cego e jazia no maligno, estando contaminado pelo pecado e incapaz de vencê-lo sozinho, sem um mover gracioso da parte de Deus.

Foi esse mover de Deus para com Nínive, esse também foi o mover de Deus para conosco. Afinal de contas não existe nenhuma atitude de nossa parte que leve Deus a nos amar mais ou menos. Ele nos ama porque decidiu nos amar e nos escolheu para ser seu povo. Ele nos ama porque Jesus entrou na história para morrer em nosso lugar e pelo seu sangue fomos justificados.

Que o entendimento da graça de Deus possa constranger o seu coração diariamente e transformar cada uma de suas atitudes. Como já escreveu certa vez o jornalista e escritor norte-americano Philip Yancy: “Deus nos ama muito e por isso nos aceita como somos e estamos, mas Ele nos ama demais para permitir que continuemos do mesmo jeito”.É por isso que Ele nos ensina, é por isso que Ele nos conduz à maturidade espiritual. Que sejamos todos constrangidos pela irresistível graça de Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 31/03/21

O vento era contrário

 O vento era contrário. Mateus 14.24

Os ventos da primavera muitas vezes trazem tempestade. E não tipificam eles a tempestuosa estação de minha vida? Mas, na verdade, eu devia estar alegre por travar conhecimento com essas estações. É melhor que as chuvas caiam e venham as águas, do que eu permaneça em terra amenas onde nunca parece escurecer, nem sopram ventos fortes. A tempestade da tentação afigura-se cruel, mas, não é verdade que ela dá mais intensidade e ardor à oração? Não me impele a me firmar nas promessas com mais força? Não torna o meu caráter mais refinado?

A tempestade do luto é dolorosa; mas é uma forma de o Pai me atrair a Si mesmo, para que, no mistério da Sua presença, a Sua voz mansa e delicada possa falar ao meu coração? Há um aspecto da glória do Mestre que só pode ser visto quando o vento é contrário e o barco é agitado pelas ondas.

“Jesus Cristo não é um abrigo contra o temporal, Ele é um refúgio perfeito no temporal. Ele nunca nos prometeu uma viagem fácil, somente uma chegada certa”.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  31/03

terça-feira, 30 de março de 2021

PERDENDO A RAZÃO

“Mas Deus disse a Jonas: “Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta?” (Jonas 4.9). 

 Diferentemente do que acontece quando lemos a história de Jonas nos livros infantis em que geralmente se encerra ainda no início do capítulo 3, quando Jonas foi vomitado pelo peixe e se dispõe a obedecer a Deus, o livro bíblico, principalmente no capítulo 4, nos mostra a intransigência do profeta e nos faz perceber em que toda a história aquele que de fato mais carece da graça de Deus não é o povo ninivita, com suas práticas bárbaras, mas sim o profeta que confiantemente religiosidade. Depois de ser alvo do cuidado de Deus, que fez crescer sobre ele una planta que lhe desse sombra, fica desolado quando a mesma se vai, mais uma vez demonstrando sua autocomiseração e pedindo a morte. O questionamento de Deus, porém, coloca em xeque a postura de Jonas ao indagá-lo: Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta? Pacientemente, Deus continua ensinando Jonas para que ele perceba suas atitudes infundadas e reconheça a graça trans bordante sobre ele. É o mesmo que Deus faz conosco, pacientemente nos conduzindo à maturidade, mesmo que voltemos às nossas configurações originais, que nos fazem incapazes de perceber esse agir. Que você possa hoje perceber a graça de Deus que foi plenamente revelada em Cristo sendo derramada sobre a sua vida. 

 Extraído do livreto Cada Dia – 30/03/21

Eia todos vós

 Eia todos vós que acendeis fogo e vos cingis com faíscas: andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as faíscas que acendestes: isto vos vem da minha mão, e em tormentos jazereis. Isaías 50.11

Que aviso importante para aqueles que estão atravessando momentos de trevas e procuram sair para a luz por si mesmos. São comparados no verso com alguém que acende um fogo e anda no meio de suas próprias faíscas. O que significa isto?

Significa que quando estamos em trevas, a tentação é descobrir uma saída sem confiar no Senhor e sem buscar apoio nEle. Em vez de deixarmos que Ele nos guie para fora das trevas, procuramos sair por nós mesmos. Procuramos a luz do mundo e buscamos o conselho de amigos. Procuramos as conclusões da nossa própria razão, e talvez até sejamos tentados a aceitar um caminho de livramento que não seria absolutamente o do Senhor.

Todos estes caminhos são fogos acesos por nós; luzinhas frouxas, que certamente nos levarão a encalhar em algum banco de areia. E Deus nos deixará andar na luz dessas fagulhas, mas o fim serão dores.

Irmãos, não procuremos sair de uma situação difícil, a não ser no tempo de Deus e da maneira de Deus. O tempo de aflição tem o propósito de ensinar-nos lições de que precisamos grandemente.

Os livramentos prematuros podem frustrar a obra da graça em nossa vida. Simplesmente entreguemos a Ele toda a situação. Estejamos com o coração disposto a suportar qualquer prova, desde que tenhamos conosco a presença dEle. Lembremo-nos de que é melhor andar no escuro com Deus do que no claro sozinho. – The Still Small Voice

Deixemos de interferir nos desígnios e na vontade de Deus. Se pusermos a mão em algus de seus planos, estragaremos a obra. Podemos mover os ponteiros do relógio segundo a nossa conveniência, mas isso não mudará o tempo; podemos querer apressar o desenrolar da vontade de Deus, mas estaremos atrapalhando, e, não, ajudando a obra. Podemos abrir um botão de rosa, mas isso trará danos à flor. Deixemos tudo com Ele. Tiremos nossas mãos. Faça-se a Tua vontade, Senhor, não a minha. – Stephen Merritt

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  30/03


segunda-feira, 29 de março de 2021

ENSINAMENTOS DE DEUS

 

“Mas na madrugada do dia seguinte, Deus mandou uma lagarta atacar a planta de modo que ela secou.” (Jonas 4.7).

Continuando seu pedagógico processo de conduzir Jonas à maturidade, Deus fez com que aquela panta imprevisível, que veio para trazer alento em um dia de extremo calor, fosse consumida por uma lagarta na noite seguinte, deixando Jonas mais uma vez em situação adversa, para que ele conseguisse perceber o mover gracioso do Senhor e assim pudesse entender por que Deus havia poupado Nínive.

Todavia, os ensinamentos de Deus podem ser dolorosos para nós, principalmente quando teimamos em não aceitar os seus caminhos e permanecemos firmes em seguir os direcionamentos do nosso próprio coração. Deus quer, por meio dessa situação, ensinar Jonas a respeito da sua perspectiva equivocada e faz isso em meio a uma experiência real.

O crescimento da planta e seu fim repentino são sobrenaturais, ações didáticas de Deus com um propósito único de ensinar o profeta Jonas. É comum vivenciarmos  situações em que Deus quer nos mostrar nossos equívocos. Se o propósito de Deus para nós é a maturidade, Ele está constantemente criando situações para nos tornar maduros. Que possamos estar sempre atentos para percebermos aquilo que Deus está querendo nos ensinar.  Que ao percebermos nossos equívocos nos deixemos moldar pelo Santo Espírito de forma a resplandecermos da luz que vem do Pai.

Extraído do livreto Cada Dia – 29/03/21


Considerai

 



Considerai como crescem os lírios do campo. 
Mateus 6.28

          “Preciso de óleo”, disse um monge; então plantou uma mudazinha de oliveira. “Senhor”, orou ele, “ela precisa de chuva, para que suas raízes tenras possam beber e crescer. Manda chuvas brandas.” E o Senhor mandou-lhe chuvas brandas. “Senhor”, orou o monge, “minha planta precisa de sol. Peço-Te, manda sol.” E o sol brilhou, dourando as nuvenzinhas chuvosas. “Agora neve, meu Senhor, para robustecer seus tecidos”, pediu o monge. E lá ficou a plantinha coberta de neve brilhante. Mas à noite morreu.
          Então o monge foi ao quarto de outro irmão e contou-lhe a estranha experiência. “Eu também plantei uma arvorezinha”, disse o outro, “e veja como está viçosa! Mas eu confio a minha planta ao Deus que a criou. Ele que a fez sabe do que ela precisa, melhor do que um homem como eu. Não impus condições. Não estabeleci meios ou maneiras. Orei: ‘Senhor, manda-lhe o que ela necessita. Sol ou chuva, vento ou neve. Tu a fizeste, e Tu sabes.”
                                        
Faça como os lírios,
Deixe com o Senhor!
Eles crescem... crescem...
Quer no sol... na chuva...
Crescem e são cuidados!
Deixe com o Senhor!
                    
Muito mais que aos lírios
Deus lhe tem amor!
Ele é quem trabalha
Pra quem nEle espera.
Sem temor, descanse...
Deixe com o Senhor!

Entrega o teu caminho ao Senhor, 
confia nEle, e o mais Ele fará. 
Salmo 37.5   

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  29/03

sábado, 27 de março de 2021

À SOMBRA DA PLANTA IMPREVISÍVEL

 

“Então o senhor fez crescer uma planta sobre Jonas, para dar sombra à sua cabeça e livrá-lo do calor.” (Jonas 4.6).

O livro do profeta Jonas nos conta uma série de histórias inusitadas e a última delas é de como Jonas em meio à sua autocomiseração padece em meio ao sol e ao calor, esperando que Nínive seja consumida, assim como o seu coração havia sido consumido pelo ódio. Mas Deus mais uma vez vai mostrar para o profeta como ele também carece da graça divina. Apesar de novamente se indispor com Deus, apesar de tudo que havia experimentado dentro da barriga do peixe, Jonas testemunha mais um ato sobrenatural de Senhor, que fez crescer do nada uma planta para trazer sombra à sua cabeça e aliviar o calor que sentia.

O pastor norte-americano Eu gene Peterson registrou de forma primorosa a história de Jonas e os desafios da vocação em seu livro que em português recebeu o sugestivo título de À sombra da planta imprevisível, exatamente por esse caráter extraordinário demonstrado pela graça de Deus Todo-Poderoso e Criador dos céus e da terra.

Perceba ao seu redor o mover da graça do Senhor. Como, de maneira imprevisível, porém, implacável, o Deus Eterno está sempre cuidando e zelando por nós, querendo nos conduzir na direção da maturidade. Não deixe os pequenos detalhes do cuidado de Deus passarem despercebidos, pelo contrário, faça desses elementos algo que renove sua esperança diante dos dias difíceis.

Extraído do livreto Cada Dia – 28/03/21


Porque há de acontecer

 Porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, pousem nas águas do  Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima, e se amontoarão. Josué 3.13

      Valorosos levitas! Quem pode deixar de admirá-los por carregar a arca em direção ao rio, molhando já os pés nas suas águas? Pois as águas não foram divididas enquanto eles não tocaram nelas os pés (verso 15). Deus não tinha prometido de outra forma. Deus honra a fé. A fé que vê promessa e olha só para ela. Podemos imaginar como o povo não estaria olhando estes santos homens avançarem com a arca, e até como alguns dos espectadores não estariam dizendo: ‘Eu é que não me arriscaria a tanto! Imaginem, aquela arca vai ser levada pela correnteza!’ Mas não! “Os sacerdotes... pararam firmes no meio do Jordão, e todo o Israel passou a pé enxuto”.

      A arca tinha varais para ser levada nos ombros. Ela não se movia por si mesma, precisava ser transportada. Quando Deus é o arquiteto, os homens são os pedreiros e operários. A fé é um ajudante de Deus. ela pode fechar a boca de leões e apagar a força do fogo. Ela honra a Deus, e Deus a honra. Como precisamos desta fé que prossegue em frente, deixando o cumprimento das promessas com Deus, para quando Ele achar que é o momento próprio! Companheiros levitas, coloquemos os ombros embaixo da preciosa carga, e não pensemos que estamos carregando a urna mortuária de Deus. É a arca do Deus vivo! Cantemos, enquanto marchamos em direção às águas!  – Thomas Champness

      Uma das principais características da presença do Espírito Santo na Igreja Apostólica era o espírito de ousadia. Uma das qualidades mais excelentes da fé que se lança à frente de grandes empresas para Deus e espera dEle grandes bênçãos é a santa ousadia. No nosso relacionamento com Deus, quando se trata de recebermos dEle aquilo que é humanamente impossível, é mais fácil receber muito do que pouco; é mais fácil ficar num lugar de ousada confiança do que num de cautelosa timidez.

      Para viver uma vida de fé, lancemo-nos ao mar alto, como os sábios marinheiros, e descubramos que, para o Senhor, todas as coisas são possíveis, e que tudo é possível ao que crê.      Façamos hoje grandes coisas para Deus; para isso, tomemos a fé e a força que procedem dEle, e creiamos que assim poderemos realizá-las. – Days of Heaven upon Earth

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  28/03

AUTOCOMISERAÇÃO

 “Agora, Senhor, tira a minha vida, eu imploro, porque para mim é melhor morrer do que viver” (Jonas 4.3).

Ao ser frustrado em sua vontade de ver o povo de  Nínive, a violenta e perigosa capital do império Assírio, perecer, o profeta Jonas parte para autocomiseração e passa a ter pena de si mesmo, mais uma vez como um indivíduo de sua religiosidade havia cegado o seu entendimento. Ao testemunhar o agir de Deus em meio àquela nação, Jonas, ao invés de celebrar, pede a Deus por sua morte.

Isso é um reflexo da maneira como ele enxergava a situação e continuava a se perceber superior ao povo de Nínive. Ainda hoje nós corremos o risco de cometermos o mesmo erra todas as vezes que julgamos aqueles que estão ao nosso redor sobre suas atitudes sem antes mapearmos as motivações de nossas próprias atitudes.

Muitas vezes podemos até ter uma postura ética e um comportamento correto, porém, a nossa motivação é completamente equivocada. Isso acontece quando fazemos ou eixamos de fazer algo, ou por medo do Deus Todo-Poderoso ou por querermos negociar com o Senhor e garantir por meio de nossas atitudes que o Pai Celestial realize o desejo do nosso coração. O nosso relacionamento com Deus deve ser construído na base do amor com o qual fomos amados por Ele primeiro, amor revelado em Cristo Jesus. Que possamos transbordar esse amor sobre todos aqueles que estão ao nosso redor.

Extraído do livreto Cada Dia – 27/03/21

Porque para mim

 

Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.
Romanos 8.18

      Um notável incidente ocorreu certa vez numa cerimônia de casamento na Inglaterra. Um rapaz muito rico e de elevada posição social, que havia perdido a vista num acidente aos dez anos de idade, e que a despeito da cegueira havia concluído o curso superior, estava noivo de uma jovem muito linda. Algum tempo antes do casamento ele havia se submetido a uma série de tratamento em mãos de especialistas, e o clímax veio no dia da cerimônia.
      Havia chegado a hora, e ali estavam os convidados. Entre estes ministros de estado, generais e bispos, e outras pessoas importantes. O noivo, muito bem vestido, com os olhos ainda vendados, entrou na igreja com o pai, e juntos se dirigiram à sala paroquial, onde se encontraram com o médico do rapaz.
      Chegou a noiva. Foi entrando na igreja pelo braço do pai. Grande era a sua emoção. Será que finalmente aquele que ela amava iria poder ver o seu rosto, que tantos admiravam mas que ele só conhecia pelo tato?
      Ao aproximar-se do altar, enquanto ressoava ainda os últimos acordes da marcha nupcial, seus olhos pousaram num estranho grupo.
      Ali estava o rapaz com o pai, e, junto do moço, o médico, que acabava de tirar de seus olhos a última atadura. O noivo deu um passo, com aquela dramática incerteza de alguém que não consegue acreditar que está acordado. Caía-lhe sobre o rosto um raio de luz rósea vindo de um vitral, mas isso não chamou a sua atenção.
      Estaria ele vendo alguma coisa? Sim! Recobrando num instante sua firmeza de expressão, e com uma dignidade e gozo jamais vistos em seu rosto, adiantou-se ao encontro da noiva. Olharam-se ambos nos olhos, e dir-se-ia que os olhos dele jamais deixariam o rosto da moça.
      “Até que enfim!” murmurou ela. “Até que enfim!” ecoou ele solenemente, inclinando-se. Foi uma cena de grande impacto, e sem dúvida de imensa alegria. E, no entanto, é apenas uma mera sugestão do que acontecerá no Céu quando o crente que tem andado por este mundo de provas e dores vir o Senhor face a face. – Selecionado         

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  27/03



sexta-feira, 26 de março de 2021

DEUS COMPASSIVO

 

“Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo… cheio de amor e que promete castigar mas depois se compadece.” (Jonas 4.2).

Ainda em seu movimento de indignação contra Deus por causa de sua religiosidade, diante de sua incapacidade de perceber a graça de Deus mesmo que há pouco tempo tenha sido alvo dela ao não ter padecido no ventre do peixe, mesmo depois se ter se negado a seguir a missão que Deus lhe havia confiado, o profeta Jonas se dirige ao Deus Criador de todas as coisas de maneira depreciativa, porém, apontando atributos verdadeiros a respeito do caráter do soberano Senhor do Universo.

Jonas queria a condenação do povo de ninivita por causa de sua inclinação ao pecado e ao mal, todavia o que a história de Jonas nos ensina é que em nada Jonas se diferenciava daquele povo. Ele também tinha um coração inclinado ao mal e carecia copiosamente da graça e das misericórdias do Deus eterno para não ser consumido pelo pecado.

A conclusão de Jonas é que Deus é misericordioso e compassivo e isso deve alegrar tremendamente o nosso coração, pois é somente por isso que o nosso fim não é catastrófico. É somente pela misericórdia e pela graça divina que podemos ser trazidos de volta à comunhão com Deus por intermédio de Seu Filho Jesus Cristo. Que possamos reconhecer a misericórdia e a compaixão de Deus e que possamos aprender delas e refleti-las em todos os nossos relacionamentos.

Extraído do livreto Cada Dia – 26/03/21


Olha desde onde estás

 


Olha desde onde estás para o norte, para o sul,
para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, Eu ta darei. Gênesis 13.14,15

      O Espírito Santo não põe em nós uma fome que Ele não pretenda satisfazer. Que a sua fé, pois levante vôo e reclame toda a terra que você avistar. – S. A. Keen
      Todo o que pudermos apreender com a visão da fé é nosso. Estendamos os olhos até onde eles alcançam, pois tudo nos pertence. Tudo o que desejamos ser como crentes, tudo o que ansiamos fazer para Deus, está dentro das possibilidades da fé. Então cheguemo-nos a Ele, e com a alma aberta às maravilhas do Espírito Santo de Deus, deixemos que todo o nosso ser receba o batismo da Sua presença; e quando Ele nos abria o entendimento para ver toda a plenitude divina, creiamos que tudo o que Ele tem é nosso. Apliquemos a nós mesmos todas as promessas da Sua Palavra, aceitemos todos os desejos que Ele despertar dentro de nós, tudo aquilo que podemos ser como seguidores de Jesus. Toda a terra que virmos, nos foi dada.
      As provisões da graça de Deus estão de acordo com a sua visão interior. Aquele que põe no seio da ave o instinto de atravessar o continente em busca do sol de verão, não a engana; assim como colocou nela aquele instinto, colocou também naquela outra região as brisas suaves e o esperado sol, para que ela os encontre quando chegar.
      Aquele que sopra em nosso coração a esperança celeste não nos enganará nem falhará, quando avançarmos ao encontro dela. – Selecionado

 E, indo, tudo encontraram como Jesus lhes dissera. Lucas 22.13

 Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  26/03

quinta-feira, 25 de março de 2021

O PERIGO DA RELIGIOSIDADE

 

Mas Jonas ficou profundamente descontente com isso e enfureceu-se (Jonas 4.1).

O acontecimento em Nínive, em que o povo conhecido por sua violência se rendeu a Deus, deveria deixar Jonas contente por ter sido o anunciador da mensagem que levou à transformação dos ninivitas, não é mesmo? Qualquer pastor, missionário, qualquer discípulo do Salvador Jesus Cristo que compreende sua missão de proclamar o Evangelho, ficaria plenamente feliz ao ser usado daquela maneira. Concorda comigo?

Porém, não é isso que acontece com Jonas. Ele fica descontente e se enfurece, pois estava cego por sua religiosidade. Assim, como entre o povo de Israel, Jonas se havia esquecido que a aliança estabelecida por Deus lá arás com Abraão e sua descendência  era que eles fossem luz, benção para as nações. Todavia, o povo de Israel se apropria essa benção e se esquece de sua responsabilidade de compartilhá-la.

Por isso Jonas se enfurece ao ver a graça de Deus derramada sobre outros povos. Temos de ter muito cuidado para não corrermos o mesmo risco de sermos cegados pela religiosidade, passando a acreditar que por estarmos dentro das quatro paredes de uma igreja somos melhores do que os que estão de fora. Precisamos ter sempre em mente que aquele que nos alcançou pode e vai alcançar aqueles que ainda estão do lado de fora e o nosso papel é o de sermos anunciadores dessa maravilhosa graça.

Extraído do livreto Cada Dia – 25/03/21


Sem fé é impossível

 Sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. Hebreus 11.6

        Fé para os dias de desespero.

      A Bíblia está cheia de dias assim. Seus registros são formados deles, seus cânticos são inspirados neles, sua profecia está ocupada com eles e sua revelação veio através deles.

      Os dias de desespero são as pedras que pavimentam o caminho de luz. Parecem ter sido a oportunidade de Deus e a escola de sabedoria para o homem.

      No Velho Testamento, no Salmo 107, há a história de uma festa de amor; e em cada história de livramento, o ponto de desespero trouxe a oportunidade de Deus. O fim das forças humanas foi o começo do poder de Deus. Devemos nos lembrar da promessa de uma descendência numerosa como as estrelas do céu e como a areia do mar, feita a um casal já idoso. Leiamos novamente a história do mar Vermelho e daquela libertação, e do Jordão com a arca passando em seco. Estudemos mais uma vez as orações de Asa, Josafá e Ezequias, quando estavam em grande angústia e não sabiam o que fazer. Tornemos a ler a história de Neemias, Daniel, Oséias e Habacuque. Cheguemos com reverencia ao Getsêmani e nos curvemos junto ao túmulo de José de Arimatéia durante aqueles dias terríveis. Busquemos o testemunho da Igreja primitiva e peçamos aos apóstolos que nos contem a história daqueles dias desesperadores.

      A fé não é responsável pelos nossos dias de desespero. Mas a obra da fé é dar-nos alento e mostrar a solução.

      Não há um exemplo melhor dessa verdade do que o dos três jovens hebreus na fornalha. A situação era desesperadora, mas eles responderam corajosamente: “Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que fizeste”. Eu gosto deste “se não”!

      Tenho espaço apenas para mencionar o Getsêmani. Consideremos profundamente o seu “Todavia”, “Se possível... Todavia”! Profunda escuridão tinha descido sobre a alma do Senhor. Confiar-se na mão do Pai significava angústia até ao sangue e trevas até à descida ao Hades – Todavia! Todavia! – Ver. Samuel Chadwick

Havia Alguém com eles na fornalha,

Uma presença augusta – era o Senhor!

0 mesmo Alguém promete estar comigo

Sempre presente, e sei que nunca falha.

Na chama ardente, no maior calor,

Há Alguém comigo, perto – o Salvador!

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 25/03

quarta-feira, 24 de março de 2021

DEUS GRACIOSO

“Deus viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos (...) e não osa destruiu.” (Jonas. 10).

A graça do bondoso Deus foi derramada sobre a violenta cidade de Nínive, capital do império assirio. O fruto da mensagem de juízo para aquela cidade foi o arrependimento, os ninivitas abandonaram os maus caminhos e não foram destruídos. Corremos o risco de colocar o mérito nessa situação sobre o povo que se arrependeu. Todavia, todo o mérito aqui é exclusivo de Deus.

O Deus Todo-Poderoso poderia simplesmente exterminar aquela cidade sem nenhum prenúncio, todavia, Ele manda que o profeta Jonas traga a eles esse entendimento e então os olhos de todo o povo, inclusive a realeza, são abertos. O único que consegue abrir os olhos do ser humano e convencê-lo de seu pecado é o Espírito Santo de Deus, ou seja, quem gerou o arrependimento foi o próprio Deus, única e exclusivamente por sua graça.

Assim também se dá a nossa salvação, única e exclusivamente pela graça de Deus, revelada em criso Jesus, seu único Filho. Ele é o agente da nossa salvação. Ele tornou isso possível e é o  Espírito Santo que realiza essa obra em nós, nos convencendo do e nos levando a perceber que carecemos de um redentor e que o único que pode assumir esse papel é o Salvador Jesus Cristo. Isso desperta em nós a fé, fé que vem pelo ouvir, ouvir as boas novas do Evangelho.

Extraído do livreto Cada Dia – 24/03/21


E orou Jacó

 E orou Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque, ó Senhor que me disseste: Torna à tua terra, e à tua parentela, e te farei bem... Livra-me... Gênesis 32.9,11

      Há muitos sintomas sadios nessa oração. De certa forma ela pode servir como um modelo para o nosso espírito expressar, quando estivermos na fornalha da aflição.

      Ele começou citando a promessa de Deus: “Disseste”. E o disse duas vezes (v 9 e 16). Assim ele ficou com Deus à sua mercê. Nas Suas promessas. Deus Se coloca ao nosso alcance; e quando lhe dizemos: “Tu disseste”, Ele não pode dizer não. Ele tem de fazer como prometeu. Se o próprio Herodes foi tão zeloso de seu juramento, como não o será o nosso Deus? quando orarmos, firmemos o pé sobre uma promessa; ela nos dará suficiente apoio para que as portas do Céu se abram e nós entremos na posse da bênção. – Practical Portions for the Prayer Life 

      O senhor Jesus deseja que sejamos definidos em nossas orações e específicos naquilo que pedimos. “Que queres que te faça?” é a pergunta que Ele faz a cada um que, em aflição e prova, chaga-se a Ele. Se quisermos obter respostas bem definidas, apresentemos os nossos pedidos, de maneira clara. Orações vagas são a causa de tantas vezes ficarmos aparentemente sem resposta. Se preenchermos um cheque com um pedido definido, ele será descontado no banco do céu, quando for apresentado no nome de Jesus. Tenhamos a ousadia de ser específicos com Deus.

      Frances R. Havergal disse certa vez: “Cada ano que eu vivo, e quase poderia dizer cada dia, pareço ver mais claramente que toda a paz, alegria e poder da vida cristã dependem de uma só coisa, e esta coisa é: aplicar a si mesmo a Palavra de Deus, crendo que Ele na realidade quer dizer exatamente o que diz, e aceitando exatamente as palavras em que Ele revela a Sua bondade, sem as substituir por outras ou alterar os modos e tempos que Ele achou por bem usar”.

      Usemos a Palavra de Cristo e o Seu sangue – a promessa de Cristo e o Seu sacrifício – e nenhuma das bênçãos celestes nos será negada. – Adam Clarke      

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  24/03


terça-feira, 23 de março de 2021

ÚLTIMA CHANCE

 

“Talvez Deus se arrependa e abandone a sua ira, e não sejamos destruídos” (Jonas 3.9).

Quando chegarmos a esse ponto da história contada no livro de Jonas é comum ficarmos inquietos com um versículo que aborda a possibilidade de Deus se arrepender de algo. Ora se Deus é perfeito e imutável, como poderia Ele se arrepender de algo ou voltar arás em sua palavra? Para respondermos a esse questionamento precisamos nos atentar para algumas palavras das línguas originais em que a Bíblia foi escrita.

No caso do hebraico encontramos duas palavras comumente traduzidas para o português como “se arrepender”, mas vale ponderar que uma delas sempre é atribuída a Deus e outra ao ser humano, Shuv é a palavra sempre associada ao ser humano e tem a ver com perceber o erro, o pecado e, consequentemente, se arrepender, se constranger, querer voltar arás, Naham é a palavra associada a Deus e ter a ver com se entristecer, ou até mesmo compaixão. Essa palavra que aparace em Gênesis 4, quando Deus se entristeceu ao ver o comportamento do ser humano e enviou o diluvio. Essa é a mesma palavra que aparece aqui no sentido de se compadecer.

Deus não se arrepende. Ele se entristece com as nossas atitudes e se compadece de nossa condição. Ele age com graça e misericórdia. Se graça é quando Deus nos dá o que não merecemos, misericórdia é quando Ele não nos dá aquilo que merecemos.

Extraído do livreto Cada Dia – 23/03/21


 Dos despojos das guerras as dedicaram para  a conservação da casa do Senhor. 1 Coríntios 26.26
      
No seio da terra há energia armazenada nas minas de carvão, originadas do calor que incendiou grandes florestas em eras remotas. De modo semelhante, armazenam-se forças espirituais dentro de nós, por meio do sofrimento que nós não compreendemos. Um dia descobriremos que a experiência adquirida nas provações era apenas uma preparação para que pudéssemos ajudar, na hora da prova, aqueles que caminham conosco para a cidade do grande Rei.
      Mas nunca nos esqueçamos de que a base para podermos ajudar os outros é a vitória sobre o sofrimento. A dor que nos deixa gemendo e chorando nunca trará beneficio a ninguém.
      Paulo não vivia a lamentar-se, mas entoando hinos de louvor e vitória; e quando mais dura a prova, mais ele confiava e se regozijava, dando louvores até no altar do sacrifício. Ele disse: “E ainda que seja oferecido sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, nisto me regozijarei com todos vós”. Senhor, ajuda-me neste dia a tirar forças de tudo o que me vier. – Days of Heaven upon Earth
Senhor, quando uma vez Tu permitiste
Que eu sofresse, na carne, tanta dor.
Eu Te vi tão de perto e tão precioso!         

Minha alma cantou notas
Repassadas de gozo,
Produzidas em mim por Teu Espírito.

E o Teu consolo foi tão abundante!
Era como se eu fosse uma criança
Sustentada nos braços pela mãe...

Hoje, com gratidão, lembro esse tempo,
E louvo-Te, Senhor, pelo milagre
Dos cânticos na noite da aflição!

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 23/03

segunda-feira, 22 de março de 2021

Decorridos quarenta anos

 Decorridos quarenta anos, apareceu-lhe no deserto do monte Sinai um anjo por entre as chamas de uma sarça que ardia... Disse-lhe o Senhor... Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu gemido, e desci para libertá-lo. Vem agora e Eu te enviarei ao Egito. Atos 7.30,33,34

         Essa foi uma longa espera, em preparação para uma grande missão. Quando Deus parece “tardar”, Ele não está inativo. Está preparando seus instrumentos, está deixando amadurecer nossos poderes; e no momento aprazado, nos levantaremos à altura da nossa tarefa. Mesmo Jesus de Nazaré permaneceu trinta anos no silêncio, crescendo em sabedoria, antes de começar Sua obra. – Dr. Jowett

      Deus nunca está com pressa. Ele gasta muito tempo preparando aqueles que pretende usar para um serviço mais importante na Sua obra. Ele nunca considera o tempo da preparação demasiadamente longo nem desnecessário.

      O ingrediente mais difícil de se suportar é, muitas vezes, o tempo. Um golpe agudo e rápido é suportado mais facilmente, mas quando um sofrimento se arrasta por anos longos e monótonos, e a cada dia continua presente, com a mesma rotina enfadonha de irremediável agonia, o coração perde força, e sem a graça de Deus, certamente cairá num amargo desespero. Longa foi a prova de José, e, muitas vezes, Deus tem de gravar Suas lições no nosso coração por meio do fogo de uma dor prolongada. “Assentar-se-á como um ourives e refinador de prata”, mas Ele sabe por quanto tempo, e como um verdadeiro ourives Ele diminui o fogo no momento em que vê a Sua imagem no metal brilhante. Podemos não ver agora o resultado do plano grandioso que Deus está ocultando na sombra de Sua mão; e este pode ser-nos ainda oculto por muito tempo; mas a fé pode estar certa de que Ele está assentado no trono, esperando calmamente pela hora em que, em arrebatamento e adoração, diremos: “Todas as coisas contribuíram juntamente para o bem”. Sejamos, à semelhança de José, mais cuidadoso para aprender as lições na escola da dor, do que ansioso pela hora do livramento. Há um “se necessário” para cada lição, e quando estivermos prontos, por certo virá o livramento, e descobriremos que não poderíamos ter permanecido firme no nosso posto de serviço, sem as lições que aprendemos na fornalha da provação. Deus está-nos educando para o futuro, para um serviço mais elevado e para bênçãos mais sublimes; e se temos qualidades que nos habilitam para uma posição de autoridade, nada nos poderá impedir de ocupá-la, quando chegar o tempo de Deus. Não roubemos da mão de Deus o amanhã. Devemos dar-lhe tempo para falar conosco e revelar-nos a Sua vontade. Ele nunca está atrasado; aprendamos a esperar.

      Não corramos afoitamente adiante do Senhor; aprendamos a esperar pelo Seu tempo: tanto o ponteiro dos minutos como o ponteiro das horas precisa estar apontando o momento da ação.   

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  22/03


MUDANÇA DE VIDA

 


“Cubram-se de pano de saco, homens e animais. E todos clamem a Deus… Deixem os maus caminhos e a violência.” (Jonas 3.8).

A brutalidade do império assirio é algo que até os nossos dias é assunto de vários estudos e inúmeros relatos históricos.

A maldade desse povo era tanta que os povos vizinhos se viam persuadidos a seguir suas demandas apenas pelo tamanho do medo que tinham dessa terrível nação. Nínive, a capital do império assirio, era o centro de toda essa maldade e foi exatamente para esse lugar que Jonas foi mandado por Deus para anunciar o juízo e pregar o arrependimento.

De forma milagrosa, somente pelo anúncio dessas más notícias, o povo é alertado em decreto real a se render ao Deus de Jonas, o povo é ordenado a deixar os maus caminhos e a violência e experimentar uma afetiva transformação, uma verdadeira mudança de vida. 

É exatamente isso o que acontece conosco quando somos alcançados pela graça de Deus em Cristo Jesus. Nesse momento somos constrangidos em nosso coração pelo Espírito Santo, acabamos convencidos pela palavra de Deus a deixarmos os  maus caminhos e a passarmos a refletir i caráter de Jesus Cristo, o Filho de Deus e nosso Salvador. Que essa seja, de fato, uma realidade em nossa vida e que a transformação que  Deus está realizando em nós possa ser percebida por todos aqueles que estão ao nosso redor, todos os dias de nossa vida.

Extraído do livreto Cada Dia – 22/03/21

domingo, 21 de março de 2021

Seja-vos feito segundo a vossa fé

 


Seja-vos feito segundo a vossa fé. Mateus 9.29

      Podemos dizer que uma pessoa “prevaleceu em oração” quando, durante a oração, ela revê a certeza de que foi atendida, e ficou realmente consciente de já ter recebido aquilo que estava pedindo.

      Não nos esqueçamos de que nenhuma circunstância terrena pode impedir o cumprimento da Sua Palavra, se de fato estamos olhando firmemente para a imutabilidade daquela Palavra, e não para a incerteza deste mundo que está sempre mudando. Deus quer que creiamos na Sua Palavra, sem outra confirmação, e então Ele está pronto a dar-nos “segundo a nossa fé”.

Faça prova de Deus,

Que as promessas de Deus

Permanecem de pé.

Faça prova de Deus,

Pois a fé honra a Deus,

Também, Deus honra a fé.

      A oração da era Pentecostes era como um cheque a ser pago em moeda perante sua apresentação. – B. Anderson

        E disse Deus... E assim se fez. Gênesis 1.6,7 

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  21/03

JEJUANDO A DEUS

“Não é permitido a nenhum homem ou animal, bois ou ovelhas provar coisa alguma; não comam nem bebam!” (Jonas 3.7).

Diante da constatação de sua condição pecaminosa e que as consequências para tal era a certa condenação, o povo de Nínive, inclusive sua realeza, se rende diante do Senhor dos senhores. Por decreto real todos jejuam como sinal de arrependimento e da busca por um relacionamento de proximidade com esse Deus poderoso capaz de criar e de destruir todas as coisas.

Muitas vezes pensamos no jejum como uma tentativa de barganhar com Deus. Como se, ao nos privarmos de algo, Deus se visse obrigado a realizar alguma coisa em nosso favor como forma de pagamento por nossa penitência. Todavia, esse é um pensamento demasiadamente equivocado. O jejum não é um dispositivo de troca, mas sim de consagração.

Ao nos privarmos de algo devemos fazê-lo nunca como forma de convencer a Deus a fazer as coisas do nosso jeito, até porque a vontade de Deus é perfeita e o nosso coração é enganoso. O jejum deve servir exatamente como forma de consagração para conseguirmos compreender de fato qual é a vontade de Deus e caminharmos para o centro dessa vontade, que é o melhor lugar para se estar. Ore, leia a Bíblia, tenha amizades espirituais, jejue e se consagre a Deus e que você possa ter a sensibilidade e o discernimento para compreender o que Ele quer fazer em você e através de você.

Extraído do livreto Cada Dia – 21/03/21


sábado, 20 de março de 2021

E O VERDADEIRO REI


“Quando as notícias chegaram ao rei de Nínive, ele... tirou o manto real, vestiu-se de pano de saco e sentou-se sobre cinza. (Jonas 3.6).

Quando a notícia de juízo vem sobre Nínive, não apenas os cidadãos comuns daquela cidade se sentem incapacitados por tão poderosa mensagem e se rendem diante de um Deus Todo-Poderoso, mas até o rei daquele que era a grande capital do brutal império assírio é assaltado por grande impacto e deixa de lado o seu manto real e se humilha vestindo pano de saco, demonstrando assim que existia um rei mais poderoso do que ele e que de fato é quem tinha em suas mãos as rédeas da história.

Nenhuma posição, seja social, seja política, seja acadêmica ou financeira que possamos alcançar nos deixa impune diante de notícia de que as consequências de nosso pecado nos levam à morte. Aí é que, ao percebermos então a incapacidade humana de nos livrarmos de tão grande enrascada, tudo o que nos esta de fato é humilharmos.

Essa humilhação em reconhecimento de que é o verdadeiro Rei dos Reis, nos traz paz e liberdade, pois Jesus além de Rei dos Reis e Senhor dos senhores, Ele é aquele que a si mesmo se humilhou para poder nos redimir e nos trazer de volta para um relacionamento real com o Criador de todas as coisas, além de nos dar esperança que Ele é quem estará ao nosso lado por todos os dias até a eternidade. Renda-se então ao verdadeiro Rei. 

Extraído do livreto Cada Dia – 20/03/21


Entristecidos, mas sempre alegres

 Entristecidos, mas sempre alegres. 2 Coríntios 6.10

      O estóico zomba daquele que derrama lágrimas; ao crente, porém, não é proibido chorar. Às vezes, diante de uma dor muito grande, a pessoa permanece calada, enquanto a tesoura do tosquiador roça a sua carne trêmula; mas, quando o nosso coração se abate sob a série contínua de provações, podemos buscar alívio no choro. Há, porém, algo ainda superior a isto.

       Dizem que em certos lugares fontes de água doce saltam no meio das águas salgadas do mar; que as mais lindas flores dos Alpes se encontram nos recantos mais agrestes e escarpados das montanhas; que os mais sublimes salmos foram o produto da mais profunda agonia da alma.

      Pois bem, assim, entre as múltiplas provas, aqueles que amam a Deus encontrarão motivo de grande alegria. Embora um abismo chame outro abismo, o cântico do Senhor se fará ouvir claro dentro da noite. E é possível, mesmo na hora mais difícil que o homem atravessar, bendizer o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Será que aprendemos esta lição? Não se trata de suportar, meramente, a vontade de Deus, e não somente de escolhê-la, mas de regozijar-se nela com o gozo inefável e cheio de glória. – Tried as by Fire           

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  20/03

sexta-feira, 19 de março de 2021

CONVENCIDOS DO PECADO


“...Nínive será destruída. Os ninivitas creram em Deus. Proclamaram jejum, e todos eles… vestiram-se de pano de saco.”  (Jonas 3.4b-5).

Quando os ninivitas foram confrontados com a mensagem de juízo, perceberam-se pecadores, se arrependeram e se viram necessitados de serem redimidos por Deus, uma vez que seriam incapazes de alcançar a benevolência de Deus por seus próprios méritos. Então, proclamaram jejum e se vestiram de pano de saco, como sinal de humilhação por conta de suas próprias atitudes e de sua incapacidade diante das más notícias.

O processo de nossa salvação se dá nesta mesma perspectiva. Quando ouvimos a mensagem do Evangelho da raça de Cristo Jesus é que somos convencidos pelo Espírito Santo do pecado, da justiça e do juízo, nossos olhos são abertos e conseguimos perceber nossa pecaminosidade, nossa inclinação ao mal e incapacidade de fazer o bem.

Somente aos sermos convencidos do pecado é que conseguimos perceber que carecemos de um redentor, alguém que faça por nós o que não conseguimos fazer sozinhos, alguém que atenda o padrão de bondade do próprio Deus e que se sacrifique em nosso lugar. Foi exatamente isso que Jesus fez. Ele assumiu nosso papel e recebeu a ira que deveria estar sobre nós, contudo venceu a morte, já que a morte é consequência do pecado e aquele que não precisava ser convencido do pecado, pois nunca pecou, não poderia ser vencido pela morte.

Extraído do livreto Cada Dia – 19/03/21


Amados, não estranheis o fogo

 Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos... alegrai-vos... sois participantes do sofrimento de Cristo. 1 Pedro 4.12,13

      Muitas horas de espera foram necessárias para o enriquecimento da harpa de Davi; e muitas horas de espera no deserto produzirão em nós um salmo de “ação de graças e voz de cântico”, para levarmos alento aos corações desanimados, aqui em baixo, para júbilo do Pai, lá em cima.

   Que preparação teve o filho de Jessé para produzir aqueles cânticos nunca igualados na terra? A afronta dos ímpios, que fez brotar nele o clamor pelo socorro de Deus. Então a tênue esperança na bondade de Deus desabrochou num cântico de regozijo por Seus poderosos livramentos e múltiplas misericórdias. Cada tristeza era uma nova corda para a sua harpa; cada livramento outro tema de louvor.

     Quão grande seria a nossa perda, se uma só daquelas angústias lhe tivesse sido poupada; se uma só dentre aquelas bênçãos não fosse agradecida ou notada; se um só daqueles perigos fosse evitado; quão grande, sim, seria a perda naquele vibrante Saltério em que o povo de Deus encontra a expressão de sua tristeza e louvor!

     Esperar em Deus e experimentar a Sua vontade é conhecê-LO e participar dos Seus sofrimentos e ser feito conforme a imagem de Seu Filho. Assim, se é necessário agora que o vaso de barro seja aumentado para maior compreensão espiritual, não devemos nos assustar com a grande dose de sofrimento que nos espera. A capacidade de compreensão e solidariedade dada por Deus será bem maior, pois a ação do Espírito Santo não nos torna insensíveis, antes, pelo contrário, ele torna os nossos sentimentos mais ternos e verdadeiros. – Anna Shipton  

 Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 19/03


quinta-feira, 18 de março de 2021

OBEDECENDO A DEUS

 “E Jonas obedeceu a palavra do Senhor e foi para Nínive.” (Jonas 3.3).

Ao contrário da experiência de Jonas em seu primeiro chamado em que, ao ouvir a voz de Deus, ele fugiu de sua missão e da presença do Eterno, agora, depois de ter amadurecido à força por conta das grandes adversidades que experimentou e poder uma segunda chance, o profeta Jonas obedeceu prontamente à palavra do Senhor e segue em direção a Nínive para dizer e fazer o que Deus havia ordenado.

Temos muita dificuldade de obedecer a Deus, mais ainda de nos submetermos a Ele. Isso acontece porque muitas vezes confiamos demasiadamente em nós mesmos e acreditamos que o nosso caminho é o melhor caminho, que do nosso jeito será melhor e desconfiamos do mover de Deus e da sua boa, perfeita e agradável vontade.

Todavia, o centro da vontade de Deus é o melhor lugar para se estar. Quando obedecemos a Deus, além de podermos caminhar seguros, demonstramos o nosso amor a Ele. Quando obedecemos a sua palavra e aos seus mandamentos respondemos ao amor  que recebemos dEle. Como o próprio Jesus Cristo disse: aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama e aquele que me ama será amado por meu Pai e Eu também o amarei e me revelarei a ele. (João 14.21). Que possamos, de fato, nos submeter em amor à vontade e aos mandamentos de Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 18/03/21


Jesus, porém, não respondeu palavra

 "Jesus, porém, não respondeu palavra..." Marcos 15.5

      Não há na Bíblia um quadro mais tocante que o Salvador em silêncio, sem responder palavra alguma aos que O injuriavam, os quais Ele poderia ter feito cair prostrados a Seus pés com apenas um olhar ou uma só palavra de repreensão. Mas Ele os deixou falar e fazer o pior, e ali ficou no poder do silêncio de Deus – o mudo Cordeiro de Deus.

      Há um silêncio que deixa Deus operar por nós; o silêncio que pára com os próprios planos e a auto-reivindicação, com os próprios recursos de sabedoria e com suas previsões, e deixa que Deus proveja e responda ao golpe cruel, segundo o Seu amor fiel e infalível.

      Quantas vezes perdemos a intervenção de Deus porque tomamos nas mãos a nossa própria causa e avançamos em nossa defesa. Que Deus nos dê este poder de guardarmos silêncio; e também nos dê este espírito manso!  

- A. B. Simpson

Tomaram o Salvador, e amarrado O levaram

Como o banco dos réus, e, vis, O interrogaram;

E com astúcia mordaz, torpemente O acusaram.

Jesus, porém, não respondeu palavra.

 De púrpura O vestiram e O coroaram de espinho;

“Salve, Rei dos judeus!”, Lhe exclamaram escarninhos;

Maltrataram-no ali, segundo os seus escarninhos.

Jesus, porém, não lhes falou palavra.

De Deus a ovelha muda, em mão dos tosquiadores,

Justo do Senhor, em mão dos malfeitores,

O Cordeiro de Deus, que salva os pecadores,

Jesus, ali, não respondeu palavra.

Olha pois, a Jesus, amigo, se és tentado

A tomar a defesa e agir, se mal julgado;

Deixa o assunto com o Pai, se és sem culpa acusado.

Teu Salvador não respondeu palavra!

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 18/03


quarta-feira, 17 de março de 2021

SEGUNDA CHANCE

 

“A palavra do Senhor veio a Jonas pela segunda vez...”  (Jonas 3.1).

Depois de ter fugido da presença de Deus e ter enfrentado as consequências dessa lamentável decisão, encarando de frente a possibilidade da própria morte, o profeta Jonas se viu poupado pela misericórdia do Pai e reconheceu a salvação vinda do Todo-Poderoso. Agora, novamente em terra firme, após sido vomitado pelo grande peixe, Jonas ouve mais uma vez a palavra do Senhor, percebendo assim uma segunda chance para dar rumo à sua história.

Na vida sempre conseguimos ter uma segunda chance quando nossas decisões equivocadas nos levam ao fundo do poço. Muitas vezes temos de lidar para sempre com fracassos e perdas por conta de escolhas erradas e opções infundadas que fizemos durante a vida. Porém, quando somos alcançados pela graça do Senhor Jesus, temos a possibilidade de colocar em prática uma mudança real, e de sermos transformados pela renovação de nossa mente.

Perceba esse momento como uma possibilidade e experimentar uma segunda chance. Se os seus olhos têm sido abertos por Deus e você consegue enxergar onde os seus erros e as suas falhas levaram você, procure ter uma nova postura, deixe-se moldar pelo caráter de Jesus Cristo e que cada uma de suas atitudes possa efetivamente fazer o Senhor sorrir.

Extraído do livreto Cada Dia – 17/03/21

Permanece lá até que Eu te avise

 


Permanece lá até que Eu te avise.
Mateus 2.13

      Ó coração inquieto, que se debate contra as grades da prisão das circunstancias, aspirando por uma esfera mais ampla de serviço. Deixe Deus dirigir os seus dias. Paciência, na monotonia da rotina, serão a melhor preparação para você agüentar corajosamente a tensão e o desgaste da grande tarefa que Deus poderá um dia mandar-lhe.

Eu me vi por momentos, como em grades;
Como impedida pelas circunstâncias.
De realizar, contente, o ministério
Que cuido arder em mim, dado por Ti.
Por momentos apenas; dou-Te graças – 
E foi assalto astuto do inimigo – 
Pois Tu, Senhor das circunstâncias,
És quem dirige todo o meu viver.

Só quero estar humilde e bem disposta.
Aqui, ali, além; onde me ponhas;
Contando como alegre ministério,
Estando em Ti, o derramar de Ti.
Até que hajas por bem, senhor da Seara,
Fazer o uso que bem Te parecer
Desta chama que em mim fizeste arder.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 17/03

terça-feira, 16 de março de 2021

VERDADEIRA SALVAÇÃO

 

“A salvação vem do Senhor” (Jonas 2.9b).

Depois de tentar inutilmente fugir da presença de Deus, depois de perceber como as consequências por suas atitudes poderiam trazer o caos a ele mesmo e a todos à sua volta, depois de enfrentar a situação mais desesperadoras de sua vida fitando de perto sua própria morte, depois de perceber em seu último suspiro e incapaz de sair do fundo do poço, depois de experimentar das misericórdias do Deus Eterno e vislumbrar uma nova chance, o profeta Jonas pode afirmar com convicção: a salvação do Senhor.

Essa é a mesma afirmação que nós podemos fazer, mesmo ao enfrentar lutas sem medida, mesmo que as adversidades sejam tamanhas que não consigamos ter sequer uma fagulha de esperança, ainda que nossa morte seja iminente, ainda que a dor e o sofrimento nos levem a acreditar que aquele é o nosso último suspiro, ainda assim podemos proclamar com convicção: a salvação vem do Senhor!

Podemos afirmar isso, pois já conhecemos o final da grande história. Jesus Cristo já deu a última palavra sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Ao morrer e ressuscitar ao terceiro dia, Ele assegurou nossa salvação, não por nosso mérito, mas por graça. Que de fato possamos nos apegar nessa verdade e experimentar a alegria da verdadeira salvação que vem do Senhor.

Extraído do livreto Cada Dia – 16/03/21


Para aproveitamento

 

Para aproveitamento. Hebreus 12.10

Ralph Connor conta, num de seus livros, a estória de Gwen, uma adolescente voluntariosa, temperamental, que tinha sido acostumada a fazer sempre o que queria. Um belo dia, sofreu um terrível acidente que a deixou paralítica. Encheu-se de revolta, e enquanto se encontrava nesse estado de rebelião, recebeu a visita do missionário que trabalhava entre o povo das montanhas onde ela morava.

Ele contou-lhe a parábola do canhão. “No princípio não havia canhões, mas somente a campina muito vasta e aberta. Um dia o Mestre da Campina, andando pelos seus grandes prados onde havia apenas grama, perguntou-lhe: ‘Onde estão suas flores?’ E a Campina respondeu: ‘Mestre, eu não tenho sementes’.

Então ele falou com os pássaros, e eles tomaram sementes de todo tipo de flores e as espalharam por toda a extensão da campina, e logo ela estava coberta por uma grande variedade de flores! Então veio o Mestre e ficou muito alegre; mas achou que faltavam ainda as flores de que mais gostava, entre as quais a violeta e as anêmonas. Então perguntou por elas à Campina.

De novo ordenou aos pássaros e de novo eles trouxeram as sementes e as espalharam. Mas, novamente, quando o Mestre chegou, não encontrou aquelas flores de que tanto gostava. E perguntou:

Onde estão aquelas florinhas de que tanto gosto?” E a Campina respondeu tristemente: “Oh, Mestre, eu não consigo conservar essas flores, porque o vento sopra aqui com muita força e o sol é muito ardente, e elas murcham logo, e secam, e se vão com o vento”.

Então o Mestre falou com o raio, e com um golpe rápido o raio rasgou a Campina. E ela estremeceu e gemeu em agonia, e por muitos dias se lamentou amargamente pela ferida escura, recortada e profunda”.

Mas o rio derramou suas águas pela fenda e carregou para ali bastante húmus; e novamente os pássaros carregaram sementes e as espalharam, agora pelo canhão. E depois de muito tempo as rochas ásperas estavam cobertas de musgo macio, de delicadas trepadeiras e cheias de recantos abrigados, onde podiam crescer em profusão aquelas outras flores, e por todo lado as violetas e as anêmonas, até que o canhão ficou sendo o lugar favorito do Mestre para descanso, paz e gozo”.

Então o missionário leu para ela: “O fruto – eu vou ler ‘flores’ – ‘do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio’ – e algumas destas só crescem no canhão”.

Quais são as flores do canhão?” perguntou Gwen mansamente. E o missionário respondeu: “Benignidade, mansidão, longanimidade; e embora as outras – amor, gozo, paz, floresçam no lugar aberto, contudo nunca dão flores tão belas e com tanto perfume como o canhão”.

Gwen ficou um bom tempo em silêncio, e então disse pensativa, enquanto seus lábios tremiam: “Não há flores no meu canhão. Só rochas ásperas”.

Logo vai haver, minha querida. O Mestre vai achá-las ali, e nós também as veremos”.

Caro irmão, quando você chegar ao seu canhão, lembre-se!

(canhão = canyon)

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 16/03

segunda-feira, 15 de março de 2021

GRATIDÃO PELA MISERICÓRDIA

 “Aqueles que acreditam em ídolos inúteis desprezam a misericórdia. Mas eu… oferecerei sacrifício a ti.”  (Jonas 2.8,9)

Ao se perceber vivo, são e salvo depois de se ver em seus últimos suspiros, o profeta Jonas reconhece a grandeza do Deus vivo e Todo-Poderoso e afirma que aqueles que se submetem a qualquer ídolo do coração e não ao poderoso Senhor dos céus e da terra desprezam a misericórdia. Ele, se via grato pela misericórdia de Deus e se rendia ao Senhor com cântico de gratidão.

Misericórdia é sentir no coração a miséria do outro. É exatamente isso que Deus fez por Jonas e é exatamente isso que Ele faz por nós. Ele percebe nossa miséria e se compadece de nós, ciente da nossa incapacidade de vencermos nossas mazelas e o caos estabelecido pela entrada do pecado na história da humanidade. Ele faz o que não poderíamos fazer por nós mesmos. É por isso que suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos.

O Filho de Deus, Jesus Cristo, caminhou resolutamente em direção à cruz para, graciosamente, nos dar vida e vida eterna. Não podemos desprezar a misericórdia de Deus e esse entendimento deve gerar em nós um coração agradecido. Você já agradeceu hoje pelas misericórdias recebidas de Deus? Você já agradeceu hoje pelo amor sacrificial do nosso Salvador e Senhor Jesus Cristo? Você já agradeceu hoje pelo cuidado real e constante de Deus para com a sua vida?

Extraído do livreto Cada Dia  – 15/03/21


Não temas, ó vermezinho de Jacó

 Não temas, ó vermezinho de Jacó... Eis que farei de ti um trilho cortante e novo. Isaías 41.14-15

          Poderiam duas coisas ser mais contrastantes que um verme e um instrumento de trilhar? O verme é tenro, esmaga-se sob uma pedra ou sob uma roda que passa; um instrumento de trilhar é capaz de quebrar sem ser quebrado; é capaz de deixar marca sobre uma rocha. E o Deus poderoso pode converter um no outro. Ele pode tomar um homem ou uma nação que tenha força tal, que venha a exercer uma influência marcante sobre a história.

          Portanto, o verme não deve desanimar. O Deus poderoso pode fazer-nos mais fortes do que as circunstâncias. Ele pode dispô-las todas para o nosso bem. Podemos até extrair de um amargo desapontamento uma benção de graça. Quando Deus nos dá uma vontade de ferro, podemos vencer as dificuldades como a lâmina do arado, que abre sulco no solo mais duro. “Farei de ti” – e não o fará?

          Cristo está edificando o Seu reino com vidas quebrantadas. Os homens querem somente o que é forte, bem sucedido, vitorioso, inquebrável, para a construção de seus reinos; mas Deus é o Deus dos mal-sucedidos, daqueles que fracassaram. O Céu está ficando cheio de vidas quebrantadas, e não há cana quebrada que Cristo não possa restaurar e transformar em uma gloriosa bênção. Ele pode tomar vida esmagada pela dor ou tristeza e torná-la numa harpa cuja música será toda de louvor. Ele pode nos soerguer do mais triste fracasso terreno à glória do céu. - J. R. Miller

Fui pesada em balança, e achada em falta.

Cercada por estranha situação,

Provei-me aquém da situação: em falta.

Vi no meu ser coisas que eu não sabia!

(Mas Tu sabias; ainda assim me amavas.)

Na Tua cruz as deixo, Salvador.

E eis, meu Senhor, o coração em falta -

Opere a tua suficiência em mim.

Graças Te dou, que assim me revelaste:

O meu vazio, e o suprimento em Ti!

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 15/03

domingo, 14 de março de 2021

Moisés, porém

 Moisés, porém, se chegou à nuvem escura,
Onde Deus estava. Êxodos 20.21
     
      Deus ainda tem Seus segredos, ocultos aos sábios e entendidos. Não os temamos; contentemo-nos em aceitar as coisas que não podemos entender; esperemos com paciência. Em breve Ele nos revelará os tesouros ocultos, as riquezas da glória do mistério. O mistério é apenas o véu da face de Deus.

     Não temamos entrar na nuvem que está descendo sobre a nossa vida. Deus está nela. O outro lado da nuvem está radioso da Sua glória. “Não estranheis a ardente prova que vem sobre vós como se coisa estranha acontecesse; mas alegrai-vos de serdes participantes das aflições de Cristo”. Quando parecemos estar mais sós e mais abandonados, Deus está perto. Ele está na nuvem escura. Mergulhemo-nos na escuridade dela, sem temor; no oculto do Seu tabernáculo encontraremos Deus à nossa espera. – Selecionado

Numa cama, entre dores;
Tudo adverso.
Nuvens densas e escuras ao redor,
Mas um brilho no olhar,
Irradiante;
No sorriso, uma paz
Transbordante.
A beleza de Cristo;
A presença de Deus.

      Certa vez o Sr. C. estava num alto pico das Montanhas Rochosas, observando uma tempestade que caía no vale. De repente uma águia surgiu, atravessando as nuvens e voando para as alturas onde havia sol. As gotas d’água nas suas penas brilhavam como diamantes, não fosse a tempestade, talvez ela tivesse ficado no vale. – As tristezas da vida nos levam a buscar Deus.

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 14/03

sábado, 13 de março de 2021

Justos e verdadeiros

 


Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações! Apocalipse 15.3

      O incidente que segue é relatado pela Sra. Spurgeon, uma mulher que conheceu o sofrimento por mais de vinte e cinco anos.

      “Ao fim de um dia escuro e tristonho, estava eu deitada em meu divã, enquanto a noite descia; e embora tudo estivesse claro me meu quarto gostoso, um pouco daquela escuridão lá fora começou como que a entrar em minha alma e a obscurecer minha visão espiritual. Em vão eu procurava ver a mão que eu bem sabia estar segurando a minha e guiando meus pés, calçados em névoas, ao longo da íngreme e escorregadia vereda do sofrimento. Em tristeza, meu coração perguntou: “Por que será que meu Senhor trata assim um filho Seu? Por que será que tantas vezes me envia esta dor tão aguda? Por que será que permite que esta fraqueza demorada impeça o serviço que eu tanto anelo prestar a Seus pobres servos?”

      “Estas perguntas ansiosas foram depressa respondidas, e por meio de uma linguagem muito estranha; nenhum intérprete foi necessário, além do consciente segredar do meu coração”.

“Por um instante reinou silêncio no pequeno aposento, interrompido apenas pelo estalar da acha de carvalho na lareira. De repente ouvi um som doce e suave, uma pequena e clara nota musical, como o leve trinar de um passarinho à minha janela”.

      “O que será? Por certo nenhum passarinho vai estar cantando lá fora nesta época do ano a estas horas”.

      “Novamente vem a fraca e lamentosa nota; tão doce, tão melodiosa, e contudo bastante misteriosa para provocar admiração”. Minha amiga exclamou:

      “Ouça! Vem da acha de carvalho no fogo!” O fogo estava deixando livre a música aprisionada no âmago do carvalho.

      “Quem sabe se ele não tinha armazenado este canto nos dias em que tudo lhe ia bem, quando passarinhos saltitavam alegremente em seus ramos e o sol lhe dourava as tenras folhas. Mas ele tinha envelhecido, desde então, e tinha-se endurecido, anel após anel de crescimento lhe havia marcado de nós o tronco e selado a esquecida melodia, até que as chamas vieram consumir sua insensibilidade, e o ardor veemente do fogo arrancou dali um canto... ‘Ah’, pensei, ‘quando o fogo da aflição tira de nós hinos de louvor, então estamos de fato purificados, e o nosso Deus é glorificado!’

      “Quem sabe se algum de nós não está como este velho carvalho – frio, duro, insensível; e não produziríamos sons melodiosos a não ser por meio do fogo, ardendo à nossa volta e liberando notas de confiança nEle e de alegre assentimento à Sua vontade”.

      “Enquanto eu refletia, o fogo crepitava, e minha alma achou conforto na parábola tão estranhamente trazida ao meu coração”.

      “Cântico nas chamas! Sim, com a ajuda de Deus, e se essa for a única maneira de tirar harmonia destes corações duros e insensíveis, seja a fornalha aquecida sete vezes mais”.    

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman 13/03