sexta-feira, 12 de março de 2021

E o Senhor trouxe sobre a terra um vento

 E o Senhor trouxe sobre a terra um vento oriental todo aquele dia e toda aquela  noite;  quando  amanheceu,  o   vento  oriental   tinha  trazido  os   gafanhotos... Então se apressou Faraó em chamar a  Moisés e Arão... Então  o Senhor  fez  soprar  fortíssimo vento Ocidental, o  qual  levantou  os gafanhotos  e os  

lançou no Mar Vermelho; nem ainda um só gafanhoto restou em  todo 

o território do Egito.   Êxodos 10.13,16,19

      Observemos como, nos dias antigos, quando o Senhor lutava por Israel contra o cruel Faraó, os ventos operavam livramento; o que, alias, tornamos a ver naquela grande demonstração do poder de Deus – o golpe final que Ele lançou contra o orgulhoso desafio do Egito. Deve ter parecido a Israel uma coisa estranha e quase impiedosa verem-se cercados por tão grande hoste de perigos – pela frente, o mar a desafiá-los; de cada lado, os picos rochosos tirando-lhes toda esperança de fuga; sobre eles, como que a formar-se um furacão. Era como se o primeiro livramento tivesse vindo para posteriormente entregá-los a uma morte inevitável. Para completar o terror, ergueu-se o grito: os egípcios vêm vindo atrás de nós!

      Quando parecia que haviam caído nas mãos do inimigo, então veio o glorioso triunfo. E vieram os ventos e afastaram as ondas, e os exércitos de Israel avançaram através da vereda aberta no grande leito do mar – tendo como abóbada protetora o amor de Deus.

      De cada lado estavam as paredes de água, brilhando à luz da glória do Senhor; acima deles soprava o forte vento. Assim foi por toda a noite; e quando, ao romper do dia seguinte, os últimos homens de Israel puseram o pé do outro lado do mar, o trabalho do vento estava terminado.

     Então Israel cantou ao Senhor o cântico do vento que servira ao cumprimento da Sua Palavra.

      “O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos... Sopraste com o teu vento, o mar os cobriu: afundaram-se como chumbo em águas impetuosas”.

      Um dia, pela grande misericórdia de Deus, nós também estaremos de pé sobre o mar de vidro, tendo nas mãos a harpa de Deus. Então cantaremos o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: “Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações!” Então saberemos como os ventos fortes operaram nosso livramento.

      Hoje vemos apenas o mistério da grande tristeza pela qual estamos passando; depois compreenderemos que o inimigo ameaçador foi banido exatamente naquela noite de terror e pesar.

      Agora olhando apenas a perda; depois saberemos que a perda foi um golpe sobre aquele mal que estava ameaçando nos prender com seus grilhões.

      Hoje estremecemos ante os ventos sibilantes e os trovões que rugem; mais tarde veremos que eles afastaram as águas da destruição e nos abriram o caminho para a terra da promessa. – Mark Guy Pearse

“Ele voa sobre as asas do vento”

Extraído do livro Mananciais no Deserto – Lettie Cowman  12/03

Nenhum comentário:

Postar um comentário