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“[...] Deus o desamparou, para prová-lo e fazê-lo conhecer tudo o que estava no seu coração.” 2 (Crônicas 32.31).
As provações têm o potencial de revelar o que vai em nosso coração, mas não são o único meio. A fartura produz o mesmo efeito. É lugar comum dizer que se quisermos conhecer alguém, basta lhe dar poder. Talvez seja por isso que o sábio Agur, em Provérbios, tenha pedido que Deus não lhe concedesse nem muito e nem pouco, pois se aproximar de ambas as bordas era flertar com o precipício.
O rei Ezequias enfrentou duras provas durante seu reinado. Fome, uma possível invasão do exército da Assíria, a apatia religiosa e uma doença que quase lhe custou a vida. No entanto, a maior de todas foi exatamente aquela em Deus lhe concedeu: poder, riquezas e glória em abundância. No texto bíblico está registrado que neste momento Deus o desamparou para prová-lo e saber o que estava no seu coração. Foi na ocasião em que uma importante delegação diplomática veio visitá-lo.
O resultado foi que, então, uma autossuficiência e vaidade que ainda não haviam sido reveladas, vieram à tona. Ou seja, termos tudo o que desejarmos pode revelar o nosso ser da mesma forma que o mais intenso dos desertos. Somos provados não somente pelo que não temos, mas também por aquilo que recebemos em abundância. O deserto e o oásis são fontes reveladoras do nosso coração.
Extraído do livreto Cada Dia – 04/02/22
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