sexta-feira, 31 de março de 2023

RENDIÇÃO

 


Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas
 mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou.” (Lucas 23.46).

Na Oração Sacerdotal, Jesus disse com clareza: “Pai, é chegada a hora”. Com essas palavras afirmava que era chegada a hora de dar a sua vida, era a hora da crucificação. Jesus conhecia sua hora e sabia como, onde, quando e o porquê deveria morrer. Caminhou voluntariamente para o Calvário e morreu espontaneamente pelos nossos pecados. Não foram os nossos pecados que o mataram. Ele mesmo afirmou: “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou”.

Os estudiosos da Bíblia de Genebra comentaram: “O versículo também sublinha que Cristo não foi uma vítima, mas ofereceu-se voluntariamente pelos pecadores”. Jesus sempre esteve no controle. Depois de ter passado no mais severo tribunal e de ter sido julgado pelo mais severo e justo juiz, estava preparado para morrer. Sempre se deixou dirigir pelo supremo maestro do universo, que é Deus.

A vida de Jesus é como uma grande sinfonia. Uma sinfonia tem muitos atos e um dos mais importantes é quando todos os instrumentos da orquestra tocam juntos, levando todo o auditório ao delírio. Depois de cumprir cada ato da grande sinfonia da vida terrena, Jesus disse com autoridade altissonante: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. Com essas palavras Jesus encerrou a sua missão terrena.

Extraído do livreto Cada Dia – 31/03/23

quinta-feira, 30 de março de 2023

VITÓRIA

 


Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está
 consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.” (João 19.30).

A palavra grega usa por Jesus foi tetélestai, que era usada nas transações comerciais e significava: “A dívida está quitada, está pago, está feito, está cumprido”. Agora, já não resta mais nada a ser feito por nós, mortais e pecadores, pois tudo o que tinha de ser feito para expiar os nossos pecados e garantir acesso a Deus já foi realizado por Jesus Cristo na cruz.

Jesus foi o substituto perfeito e foi aceito pelo mais severo e justo juiz do universo. Ele foi julgado e achado inocente. Cumpriu meticulosamente a sua missão. O escritor brasileiro Augusto Cury relatou: “Sabia que completara o leque indescritível de suas dores. Tinha plena certeza que passara no tribunal do mais importante juiz de todo o universo. Então, inesperadamente, bradou um grito de vitória. Disse: Está consumado! Tinha vencido a maior maratona de todos os tempos”.

Jesus sempre esteve no comando da situação; sabia exatamente o que estava fazendo, pois se entregou voluntariamente para morrer; estava cumprindo cada palavra profética a seu respeito; em momento algum perdeu as rédeas da sua história. Jesus estava no controle quando todos achavam que ele tinha sido derrotado, deixa todos atônitos novamente. Ajeita-se na cruz, enche os pulmões e clama para todo o universo ouvir: “Está consumado!”

Extraído do livreto Cada Dia – 30/03/23

quarta-feira, 29 de março de 2023

EGOÍSMO

 


Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado,
 para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (João 19.28).

É impressionante sabermos que o homem que transformou água em vinho, que alimentou multidões, que curou enfermos, que libertou possessos e deu paz aos oprimidos; o homem que sempre, e em todos os momentos, antecipou-se às dores do outro, mesmo estando em profundo sofrimento, extremamente desidratado depois de horas inteiras de sofrimento, não pediu para que alguém aliviasse a sua sede.

Por outro lado, é assustador perceber a maldade do ser humano. Quando Jesus disse que estava com sede, foi o pretexto necessário para que os soldados romanos pudessem piorar ainda mais a sua dor. Não lhe deram água, deram-lhe vinagre. Imaginemos o quanto isso deve ter sido angustiante. O vinagre, ácido acético, queimou profundamente os lábios, a gengiva e a boca de Jesus. Pior, ele não tinha nem como se abanar para refrescar um pouco as queimaduras produzidas, pois suas mãos estavam cravadas nos braços daquela cruz.

Mais uma vez se cumpriu a escritura que diz: “Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens”. Nem um copo de água lhe foi dado. Aquele que se deu por todos nós. Aquele que ao tomar o pão e o cálice disse: “Isto é o meu corpo partido por amor de vós. Isto é o meu sangue derramado em favor de vós”, não teve o direito nem a um simples copo de água.

Extraído do livreto Cada Dia – 29/03/23


terça-feira, 28 de março de 2023

AGONIA

 


Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado,
 para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!” (João 19.28).

Jesus estava sozinho, totalmente desamparado. A sua dor era intensa e contínua, estava absolutamente desidratado depois de todo o sofrimento ao qual foi exposto. O escritor brasileiro Augusto Cury comentou: “As sessões de tortura e os sangramentos que Jesus teve em seu julgamento já o haviam desidratado. A caminhada em direção ao Calvário o desidratou ainda mais. Para completar, a crucificação e o calor do sol até ao meio-dia espoliavam mais água do seu debilitado corpo”.

A sede de Jesus nos ensina que ele era perfeitamente humano, era um homem que estava pendurado naquela cruz e não um fantasma. Não era uma sede qualquer, era uma sede profunda, angustiante, severa e agônica. Jesus teve sede porque era humano e assumiu a sua humanidade até as últimas consequências por amor de nós.

A sede também nos ensina sobre a humildade e total resignação de Jesus, pois, a despeito da intensidade da sua sede, não exigiu água, não pediu para que a sua sede fosse saciada, apenas disse: “Tenho sede”. Cury relatou: “Após seis horas de crucificação, sua língua, gengiva e palato estavam fissurados. Seus lábios estavam rachados. A sede era profunda”. Mesmo assim, Jesus nada exigiu. Jesus sentiu a sede mais aguda para poder dessedentar a sede mais profunda da nossa alma.

Extraído do livreto Cada Dia – 28/03/23

segunda-feira, 27 de março de 2023

SOLIDÃO

 


... clamou Jesus...: Eli, Eli, lamá sabâctani? O que quer 
dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46).

Era quase a hora nona. Havia trevas sobre toda a terra. 
O cenário era lúgubre, marcado pela dor. O mais esplêndido dos homens que já viveu neste mundo estava morrendo. Jesus estava pendurado numa cruz vivendo os seus últimos instantes. Estava exausto, no limite físico. É impossível descrever toda a dor e sofrimento pelo qual o mestre estava passando, principalmente o sofrimento espiritual causado como consequência de ter assumido o nosso pecado sobre si.

O teólogo norte-americano Russell Champlin comentou: “Naquele ponto, após aquelas horas de trevas, Jesus sentiu mais agudamente o seu horrendo estado de separação de Deus, porquanto suportava os pecados do mundo, e se identificou perfeitamente com o pecador, que está separado de Deus”. Pierre Barbet, médico francês, comentou: “Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde, de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Deus assumiu o papel de juiz, estava julgando, em Cristo, todo o mundo. Nossos pecados foram pagos pelo Cordeiro de Deus. Jesus ficou absolutamente sozinho, totalmente abandonado, em completa solidão.

Extraído do livreto Cada Dia – 27/03/23

domingo, 26 de março de 2023

ALTRUÍSMO

 


Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa.” (João 19.27).

João estava ao lado de Maria e também estava sofrendo, pois era um dos discípulos mais chegados de Jesus e o amava profundamente. Experimentou momentos ímpares junto com o seu mestre. Jesus vê João, sabe que ele está sofrendo. João já tinha passado por mudanças profundas em seu ser. Jesus quer consolar a João. Então pede a ele para tomar conta de sua mãe. O texto nos indica que João ouviu e atendeu as palavras de Jesus, pois a tomou e a levou para casa.

Com essa atitude Jesus demonstra a grandeza do seu amor. Estava morrendo, sentindo dores terríveis, mas foi incapaz de demonstrar qualquer sentimento de egoísmo ou de ingratidão. Mostra todo o seu altruísmo e autoriza que a sua mãe seja, a partir daquele momento, a mãe de seu amigo.

Agora, João ficaria mais consolado, teria sempre ao seu lado a mãe do seu maior amigo. Tudo isso contribuiu para o enriquecimento do caráter emocional dele, tornando-o o mais amoroso dos discípulos. No final da sua vida escreveu três cartas que destilam amor e, na conclusão da última carta, pede que os irmãos sejam saudados nome por nome. Para João as pessoas não são coisas, não são números, mas sim seres criados à imagem de Deus e devem ser amadas. Devem ser tratadas como filhinhos. Que essas palavras nos ensinem a sermos altruístas.

Extraído do livreto Cada Dia – 26/03/23

sábado, 25 de março de 2023

AFEIÇÃO

 


Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo
 amado, disse: Mulher, eis aí teu filho.” (João 19.26).

A terceira frase de Jesus na cruz foi dirigida à sua mãe. Jesus sabia o sofrimento pelo qual Maria estava passando. Sabia que era uma mulher dócil e amável, sua dor era muito intensa. Augusto Cury, escritor brasileiro, comenta: “Maria estava próxima da cruz. Ela se contorcia de dor ao vê-lo morrer minuto após minuto. Seus olhos encharcavam-se de lágrimas. Que sofrimento inconsolável! Quem poderia trazer refrigério para aquela mulher? Nada no mundo aquietava a sua alma. O filho que ela carregou nos braços, agora estava nos braços de uma cruz”.

Jesus estando em profunda agonia consolou a mãe, se curvou de cima da cruz, num esforço dolorido, e dirigiu à mãe uma mensagem de cuidado. Naquele momento Maria era apenas uma mulher, apenas uma mulher pecadora como qualquer um de nós. Precisava tanto da graça de Deus como qualquer outro que ali estava. Era tão carente do amor e do perdão de Deus como todos somos. Jesus se voltou para ela demonstrando o seu amor em forma de cuidado para com o seu futuro.

Essa demonstração de amor prova que Jesus amou as pessoas até o último momento de sua vida. Cumpriu as suas promessas cabalmente e afirmou: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. Jesus nos aliviou de verdade. Jesus é cuidadoso.

Extraído do livreto Cada Dia – 25/03/23

sexta-feira, 24 de março de 2023

SALVAÇÃO

 


Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo
 que hoje estarás comigo no paraíso.” (Lucas 23.43)..

As palavras de Jesus dirigidas ao condenado pendurado ao seu lado foram profundamente confortadoras e demonstram a grandeza do Filho de Deus. Mesmo estando em intenso sofrimento, não se importou com a sua própria dor, mas ainda teve forças para virar-se para aquele criminoso e dizer-lhe palavras tão consoladoras. Naquele momento, diante de todas as evidências, Jesus era digno de pena. Contudo, o criminoso viu o que ninguém viu. Ele enxergou um rei. Por isso pediu: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino”.

Temos aqui algumas lições profundas e preciosas. Aquele homem pediu algo para Jesus, mas esperava receber só no futuro. Jesus respondeu afirmando que ele seria atendido imediatamente: “Hoje estarás comigo no paraíso”. O que Jesus estava afirmando é que a vida não termina com a falência dos nossos órgãos físicos. A morte não coloca fim à existência humana. É exatamente isso o que Jesus está dizendo.

O ladrão condenado ao lado de Jesus disse de forma altissonante que crê que existe um reino que não é deste mundo. Jesus, conhecendo o coração daquele homem e sabendo que o seu arrependimento era sincero, assegurou: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Quando cremos em Jesus não precisamos temer a morte. O apóstolo Paulo escreveu: “Tragada foi a morte pela vitória”.

Extraído do livreto Cada Dia – 24/03/23

quinta-feira, 23 de março de 2023

PERDÃO


“Pai, perdoa-lhes, porque
 não sabem o que fazem.” (Lucas 23.34).

Quando Jesus abriu os seus lábios e pronunciou palavras, deixou todos atônitos. Ele disse de forma clara: “Pai, perdoa-lhes”. Que homem é capaz de, no ápice da dor agônica, pedir que os seus algozes sejam perdoados. Qualquer um de nós diria com todas as letras e implicações: “Pai, destrói eles, acaba com eles, pisa em cima deles. Pai me liberta daqui e extermina esses meus algozes. Aniquila esses malditos que querem acabar comigo”. Essa seria a reação natural, contudo, Jesus nunca agiu segundo a nossa natureza.

É interessante notar que ele não se dirige a Deus como Deus e sim como Pai. Jesus fez isso porque queria que nesse momento Deus não agisse como juiz e sim como um pai amoroso. Ele estava dizendo: “Pai, deixe que eles vão até o fim. Eu sei que tem todo o poder e pode me libertar dessa cruz, mas não faça isso Pai. Perdoa-lhes!” O escritor brasileiro Augusto Cury comenta: “Não é possível produzir ideias brilhantes quando o corpo é submetido à dor física, pois os instintos prevalecem sobre a capacidade de pensar”.

Jesus entregou a sua vida sobre o altar do sacrifício para nos proporcionar o seu perdão. Assumiu a nossa culpa. Fez-se maldito por nossa causa. Pagou a nossa dívida para com Deus. Cristo foi o substituto perfeito. O Pai aceitou o sacrifício. Glória a Deus! 

Extraído do livreto Cada Dia – 23/03/23


quarta-feira, 22 de março de 2023

AS PALAVRAS DA CRUZ

 


A si mesmo se humilhou, tornando-se
 obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2.8).

Os momentos da história de Jesus Cristo foram marcados por acontecimentos extraordinários. Quando estava pendurado numa cruz, depois de várias sessões de tortura, demonstrou ser especial quando disse palavras sublimes mesmo estando debaixo de profunda agonia e suportando dores terríveis. Jesus ficou pregado na cruz por aproximadamente seis horas e foram momentos de muita, de intensa dor. As dores resultantes das várias sessões de tortura pelas quais passou, a dor dos cravos em suas mãos e pés, mas, acima de tudo, a dor de ter assumido sobre si os nossos pecados.

As quatro primeiras palavras demonstram todo o cuidado de Jesus pelos outros. Ele está sofrendo horrivelmente, entretanto, é incapaz de se esquecer dos outros. Jesus pede: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Depois se volta para um ladrão na cruz, dando a ele palavras de consolo e de esperança. Logo após dirige-se à sua mãe e depois ao seu discípulo amado. Todas as palavras estão carregadas de amor.

A quinta palavra é seu grito sofrido por causa do afastamento de Deus. Depois diz que tem sede, demonstrando toda a sua humanidade. Quando todos pensavam que o Mestre estava derrotado, afirmou com veemência: “Está consumado” e depois, confiante, disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.

Extraído do livreto Cada Dia – 22/03/23

terça-feira, 21 de março de 2023

A DOXOLOGIA DA ORAÇÃO

 


[pois teu é o reino, o poder e
 a glória para sempre. Amém]!” (Mateus 6.13).

Chegamos à conclusão da oração do Pai Nosso, que termina com uma linda doxologia, expressão de louvor, honra e glória a Deus, que mesmo não constando dos textos originais é muito propícia e se encaixa perfeitamente ao espírito da oração ensinada por Jesus. William Hendriksen, teólogo holandês, entende que ela é importante e deve ser estudada, e diz: “Assim, considerando que as palavras da doxologia, em todo e qualquer caso, estão em plena harmonia com o restante da Bíblia, e que se constituem em uma conclusão eminentemente adequada para essa oração, é justo apresentar umas poucas palavras de interpretação a essa doxologia”.

A doxologia expressa a grandeza de Deus quanto à sua honra, ao seu poder e ao seu reino. Toda a ênfase está focada no ser de Deus. É justo que o suplicante, depois de ter feito essa oração e apresentado petições diante desse Pai amoroso, reconheça que a resposta não é devida a nenhum mérito pessoal, mas tão somente à interferência graciosa e poderosa de Deus, logo, somente a ele é devida a exaltação que a doxologia propõe.

A doxologia ensina que somente a Deus é devida a exaltação proposta. Deus é o Todo-Poderoso e está revestido de glória e majestade, podendo receber toda a adoração de suas criaturas. Assim, somente a Deus toda glória!

Extraído do livreto Cada Dia – 21/03/23

segunda-feira, 20 de março de 2023

LIVRES DO MAL

 


E não nos deixes cair em tentação;
 mas livra-nos do mal...” (Mateus 6.13).

Na mesma petição Jesus ensina a necessidade de pedirmos a Deus que não caiamos em tentação e também a sermos livres do mal: “Mas livra-nos do mal”. Aqui a ênfase dada por Jesus é que o mal seja afastado de nós, que não precisemos enfrentar o mal ou passar por ele. Os estudiosos bíblicos entendem que a expressão mal, aqui, se refere a Satanás e não ao mal de forma genérica, logo, a proteção solicitada é contra os ataques de Satanás e seus demônios.

Precisamos ser protegidos contra esse mal, pois não podemos enfrentar as hostes demoníacas e nem precisamos. Jesus Cristo já as venceu na cruz do Calvário, por isso o apóstolo Paulo diz: “E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”. Jesus estava ensinando aos seus discípulos que a petição tem dois motivos importantes.

Primeiro precisamos ser fortalecidos por Deus para enfrentar as tentações que nos assolam e, uma vez vencendo as tentações, em segundo lugar devemos pedir que ele nos livre de todo mal, mas, principalmente, do mal espiritual, dos ataques de Satanás e dos dardos inflamados do maligno. Assim, não cedemos ao mal moral, ao pecado que habita em nós, e ficamos livres do mal espiritual, do maligno, o mal que habita fora de nós.

Extraído do livreto Cada Dia – 20/03/23


domingo, 19 de março de 2023

CAIR NA TENTAÇÃO

 


E não nos deixes cair em tentação;
 mas livra-nos do mal...” (Mateus 6.13).

Sobre a tentação, o reformador francês João Calvino entendia que estamos pedindo ao Senhor que nos impeça de chegarmos às situações de tentação ou provação que fossem tão fortes a ponto de não podermos resistir. O teólogo galês Martyn Lloyd-Jones afirmou: “Ao fazermos essa petição, estamos pedindo que nunca sejamos conduzidos a uma situação em que nos tornemos passíveis de ser tentados por Satanás”.

Para William Hendriksen, teólogo holandês, a melhor interpretação seria: “Se é a tua vontade, não permitas, frágeis como somos por natureza e inclinados ao pecado, que entremos em situações que no curso natural dos acontecimentos nos exponham à tentação e queda, porém, seja qual for o teu caminho para nós, livra-nos do mal”. Somos propensos ao mal e somente Deus pode nos influenciar ao bem pela nova natureza que recebemos em Cristo.

Jesus ensina que devemos pedir vitória sobre as tentações e não evitar passar por elas. A ênfase de Jesus está no “cair” e não no “evitar”. Deus não vai nos livrar de enfrentarmos tentações, contudo, pode nos livrar de cair. Assim, pedir a Deus para não nos deixar cair em tentação é o mesmo que pedir que ele nos ajude a enfrentar as situações que podem nos conduzir às tentações, sem nos afastarmos dos referenciais bíblicos e nem de Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 19/03/23

sábado, 18 de março de 2023

PERDOANDO

 


E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como
 nós temos perdoado aos nossos devedores;” (Mateus 6.12).

Jesus ensina que a condição necessária para a obtenção do perdão é a disposição de perdoarmos. O teólogo inglês John Stott comentou: “Isto não significa que o perdão que concedemos aos outros garante-nos o direito de sermos perdoados. Antes, Deus perdoa somente o arrependido, e uma das principais evidências do verdadeiro arrependimento é um espírito perdoador”.

Jesus ensina que o verdadeiro arrependimento se mostra na capacidade de oferecer um coração aberto e disposto a perdoar o agressor. Douglas F. Kelly, professor de Teologia norte-americano, disse: “É claro, atitude como esta não surge naturalmente em nós. Conseguimos fazer isso tudo porque permanecemos em Cristo e ele vive em nós. Seu espírito de perdão triunfa sobre a nossa amargura e ressentimento à medida que contemplamos e ganhamos maturidade nele”.

Perdoar a dívida do outro é o reconhecimento de que a ofensa recebida é mínima em comparação àquela que cometemos contra Deus. Stott também comentou: “Quando nossos olhos são abertos para vermos a enormidade de nossa ofensa cometida contra Deus, as injúrias dos outros contra nós parecem, comparativamente, muitíssimo insignificantes”. Deus perdoou uma dívida impagável para nos dar exemplo de que devemos perdoar a dívida pagável do nosso próximo.

Extraído do livreto Cada Dia – 18/03/23

sexta-feira, 17 de março de 2023

PERDOADOS

 


E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como
 nós temos perdoado aos nossos devedores;” (Mateus 6.12).

O general inglês James Oglethorpe afirmou com arrogância e veemência ao evangelista inglês John Wesley: “Eu nunca perdoo”. Wesley lhe respondeu com profunda sabedoria: “Então, senhor, espero que nunca peque”. Uma das evidências mais claras nesta petição é o fato de que somos pecadores e carecemos desesperadamente do perdão de Deus. O perdão é tão importante que o teólogo inglês John Stott disse: “O perdão é tão indispensável à vida e à saúde da alma como o alimento para o corpo”.

Sem o perdão de Deus é impossível uma vida espiritual saudável. Jesus nos ensina a pedir perdão porque somos pecadores e sem o perdão de Deus estaremos perdidos para sempre. O perdão é indispensável no nosso relacionamento com Deus. Quando oramos pedindo que Deus perdoe as nossas dívidas estamos assumindo que somos devedores e que não temos condições de pagar. Essa dívida somente pode ser paga pelo sacrifício de Jesus.

Quando Jesus ofereceu sua vida em sacrifício na cruz do Calvário ele estava satisfazendo a justiça de Deus ao pagar a dívida que nós tínhamos com ele. Nós pecamos e nossos pecados são dívidas, mas Jesus pagou a nossa dívida, assim, aquele que aceita a Jesus tem seus pecados perdoados e, consequentemente, sua dívida paga. Em Cristo nós fomos perdoados por Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 17/03/23

quinta-feira, 16 de março de 2023

PROVISÃO FÍSICA

 


o pão nosso de cada
 dia dá-nos hoje;” (Mateus 6.11).

Israel foi sustentado por Deus no deserto todos os dias com o maná que caía do céu. As regras quanto à colheita ensinavam que ele deveria ser colhido de acordo com a necessidade diária de cada família, nem mais, nem menos. Quando algumas famílias colheram a mais e resolveram guardar para o outro dia, deu bicho e o maná apodreceu. Na sexta-feira o povo foi orientado a recolher porção dobrada, visto que no sábado o maná não seria enviado, era dia de descanso, nesse caso, não deu bicho e nem apodreceu.

Existem várias interpretações sobre essa petição. Segundo autores renomados como os teólogos John Stott, Martin Lloyd-Jones e William Hendriksen, a melhor interpretação seria: “Para este dia”. Hendriksen comenta: “Dá-nos hoje a porção que é necessária para um só dia”. Esta interpretação se encaixa perfeitamente com a questão do maná no deserto, visto que o mesmo deveria ser colhido na quantidade suficiente para aquele dia.

Ao fazermos esta petição estamos afirmando a necessidade de moderação. Nossas petições devem ser humildes em seus desejos e solicitações. Aprendemos também sobre confiar em Deus. Não significa sermos irresponsáveis e preguiçosos, e sim, viver sem ansiedade quanto às provisões futuras. Precisamos confiar que Deus é a fonte de completa provisão.

Extraído do livreto Cada Dia – 16/03/23


quarta-feira, 15 de março de 2023

A VONTADE DE DEUS

 


Venha o teu reino; faça-se a tua
 vontade, assim na terra como no céu;” (Mateus 6.10).

Jesus cumpriu de forma total e perfeita a vontade de Deus. Experimentou a cada dia o verdadeiro significado de viver de acordo com a vontade de Deus. No Getsêmani afirmou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua”. Jesus jamais faria qualquer coisa que pudesse desonrar a Deus. Ele viveu em total sintonia com a vontade do Pai. Chegou a afirmar de forma categórica aos seus discípulos: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. (Jo 4.34)

A vontade de Deus era mais importante para ele do que a própria sobrevivência física. Quando tentado a transformar pedras em pães, depois de quarenta dias em jejum, afirmou categoricamente: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Com isso deixou bem claro que a nossa sobrevivência depende muito mais em viver de acordo com a vontade de Deus, do que com o pão que comemos cada dia.

Jesus deseja que seus discípulos vivam de acordo com a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita. Viver de acordo com a vontade de Deus deve ser o nosso maior e mais importante investimento. John Stott, teólogo inglês, disse: “O que Jesus nos incita a orar é que a vida na terra se aproxime o mais possível da vida no céu”.

Extraído do livreto Cada Dia – 15/03/23

terça-feira, 14 de março de 2023

O REINO DE DEUS

 


Venha o teu reino; faça-se a tua
 vontade, assim na terra como no céu;” (Mateus 6.10).

A vinda do reino de Deus não significa uma vinda literal, no sentido de que os céus vão se abrir e veremos cavalos alados montados por anjos e arcanjos invadindo o planeta Terra. Ela não é essa invasão do nosso planeta por seres espirituais de outra dimensão, entretanto, esse domínio vai existir, pois a vinda do reino de Deus representa o governo soberano de Deus sobre todas as coisas.

John Stott, teólogo inglês, comenta: “O reino de Deus é o seu governo real. Repetimos: como ele já é santo, também é Rei, reinando em soberania absoluta sobre a natureza e sobre a História”. Ao pedirmos venha o teu reino, estamos desejando esse governo sábio, amoroso e justo de Deus. Jesus mostrou que o reino de Deus não é deste mundo, ele não implica em coisas materiais: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”.

Pedir a vinda do reino implica em pregar o evangelho, ele só virá na medida em que o evangelho for pregado e vidas forem transformadas. Stott também disse: “Orar que o seu reino venha é orar que ele cresça à medida que as pessoas se submetam a Jesus através do testemunho da Igreja, e que logo ele seja consumado com a volta de Jesus em glória para assumir o seu poder e o seu reino”. Maranata! Venha o reino de Deus sobre nós!

Extraído do livreto Cada Dia – 14/03/23

segunda-feira, 13 de março de 2023

NOME SANTO

 



Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que
 estás nos céus, santificado seja o teu nome;” (Mateus 6.9).

A oração do Pai Nosso é dividida em três partes. A primeira é a invocação “Pai nosso que estás nos céus” e as duas outras são as petições, que ao todo são seis. As três primeiras petições referem-se à pessoa de Deus; seu nome, seu reino e a sua vontade e as três últimas às necessidades humanas; o pão de cada dia, o perdão dos pecados e a proteção contra o mal.

A primeira petição evoca o santificar o nome de Deus. William Hendriksen, teólogo holandês, comenta: “Santificar o nome de Deus significa ter reverência por ele, por isso, reverenciar a Deus, honrá-lo, glorificá-lo e exaltá-lo”. O nome de Deus tem a ver com o próprio ser de Deus. Não representa apenas um título para distinguir uma pessoa. Moisés perguntou a Deus qual era o seu nome, Deus disse: “Eu Sou o Que Sou”. Santificar o nome de Deus é santificar o próprio Deus.

A santidade de Deus deve ser o nosso modelo, o nosso alvo a ser buscado. Jesus afirmou que devemos ser santos, assim como o nosso Pai celestial é santo. Santificar o nome de Deus não é fazer Deus mais santo, mas sim fazer com que a nossa vida seja santa por causa da santidade de Deus. Quando pedimos que o nome de Deus seja santificado, afirmamos que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para viver de acordo com a santidade de Deus.

Extraído do livreto Cada Dia – 13/03/23

domingo, 12 de março de 2023

NOSSO PAI

 

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que 
estás nos céus, santificado seja o teu nome;” (Mateus 6.9).

Quando nos dispomos a orar segundo o modelo ensinado por Jesus, percebemos que essa oração é bem diferente de qualquer outra. Jesus começa a oração com uma invocação: Pai nosso. Existem aqui algumas condições para que a oração seja feita segundo o modelo ensinado por Jesus. A primeira condição é ser filho de Deus. A oração é um relacionamento de intimidade entre quem ora e Deus.

Jesus ensina que Deus não é pai de todos: “Pai nosso”. Ele ensina que há uma distinção. Deus é o criador de todas as coisas, inclusive de todos os seres humanos. Nesse sentido de criador, ele é pai de todos os seres humanos, contudo, na oração Jesus frisa algo muito superior: Deus é Pai dos remidos, dos salvos, dos seus escolhidos. O teólogo galês Martyn Lloyd-Jones disse que essa oração é estritamente cristã, pois só pode ser feita corretamente por aqueles que já passaram por uma transformação em sua vida. Ela só pode ser feita pelos filhos de Deus, os que já nasceram de novo.

A oração ensina ainda que o Pai é também todo-poderoso, digno de toda a reverência e respeito, o governante supremo de todas as coisas. Deus está nos céus. Temos de chegar a ele com humildade e respeito, com o coração quebrantado e contrito. Deus verdadeiramente é nosso Pai, mas é também o Deus Todo-Poderoso.

Extraído do livreto Cada Dia – 12/03/23

sábado, 11 de março de 2023

ORAÇÃO

 


Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que
 estás nos céus, santificado seja o teu nome;” Mateus 6.9

A oração do Pai Nosso serve como modelo para nossas orações. William Hendriksen, teólogo holandês, comentou: “Ela é realmente a oração modelo, o que significa que deve servir como parâmetro para as nossas devoções. Suas características devem também marcar as nossas orações”. Surgiu da necessidade dos discípulos, que pediram que Jesus lhes ensinasse a orar como João Batista ensinou.

É modelo porque Jesus afirmou: “Vós orareis assim”. O Mestre frisa que a oração deveria ser diferente daquela dos gentios. Jesus não deixou um modelo de oração para ser repetido mecanicamente, mas para servir como estrutura. O teólogo galês Martyn Lloyd-Jones comenta que todas as orações devem seguir esse arcabouço e diz que as orações feitas por Jesus seguiram esse modelo.

O teólogo inglês John Stott disse: “Em contraposição à oração dos fariseus, que era hipócrita, e à dos pagãos, mecânica, a oração dos cristãos deve ser real; sincera em oposição à hipocrisia, refletida em oposição à mecânica”. O professor de Teologia, o norte-americano David Buttrick, comentou: “Esta oração, devido a sua franqueza, penetra na mente e é facilmente memorizada. É infantil em sua simplicidade: estadistas e homens de rua, filósofos e homens rústicos, bispos e os mais jovens catecúmenos se reúnem em volta dela”.

Extraído do livreto Cada Dia – 11/03/23